Lembra da primeira vez que você jogou RPG? Quando o mestre do jogo descreveu uma criatura estranha, um monstro, algo que nunca vimos e disse que aquilo era um Orc? Não tínhamos ideias pré-concebidas de como aparenta cada uma das criaturas bizarras que nossos aventureiros podiam encontrar. Eramos como eles próprios, novatos, inexperientes, explorando um mundo misterioso, cheio de monstros terríveis e tesouros perdidos. Era uma sensação muito legal, não era? De algo novo, misterioso e desafiador.
Uma maneira de resgatar esse sentimento é tornar os monstros diferentes, misteriosos, estranhos novamente. Quando menos os jogadores souberem sobre essas criaturas, mais fantásticas, terríveis e desafiadoras elas vão ser, mesmo que a ficha de estatísticas dela seja a mesma de um goblin. Se pararmos para pensar, nos mundos em que geralmente jogamos, não há maneiras de difundir conhecimento como temos nos dias atuais. Aqueles sábios que detém o conhecimento sobre os mistérios do mundo são raríssimos e não compartilham o que sabem tão facilmente. Não há bibliotecas cheias de tomos que descrevem como é a geografia, a sociedade e os habitantes de uma região próxima. Aliás, a imensa maioria da população é analfabeta e os livros, que são raros, demoram anos para serem escritos, afinal, não há imprensa.