Ao sul das Montanhas das Névoas, Elmara, Aerandir e Pêpe começavam sua jornada até Rhosgobel, para reencontrar seus companheiros. O caminho era longe e demoraria pelo menos dois meses para que chegasse lá, isso sem contar a passagem que pretendiam ter em Edoras, a principal cidade e a sede do trono de Rohan, um reino de cavaleiros ao sul do Vale do Anduin. O povo daquele reino se auto-denominada eorlings e eram fortes, altos de pele clara e cabelos claros, parecidos com o homens de Dale.
Ao chegarem na região, depois de alguma horas cavalgando pelos campos, foram abordados por um grupo de cavaleiros armados que disseram ser uma patrulha do reino. O grupo, depois de explicar que vieram de Isengard e que estavam em uma missão orientada pelos magos, foi aceito rapidamente. Eles pediram para serem levados a Edoras, pois gostariam de conversar com o Rei assuntos importantes. E assim eles foram para lá, acompanhados dos cavaleiros de Rohan.
No caminho até a cidade, todos trocaram informações do que estava acontecendo na região. Perecia que orcs das montanhas estavam mais ativos ultimamente, depois de anos de reclusão. Elmara, Aerandir e Pêpe falaram dos ataques dos goblins das montanhas no norte e a incursão de orcs na Floresta de Mirkwood. Embora os ataques nas terras dos eorlings não tenham sido tão intensos, parecia que eles tinham começado, aproximadamente, na mesma época daqueles ao norte.
Em poucos dias eles chegaram a Edoras, uma cidade construída nos pés das Montanhas Brancas. Era uma cidade com diversas casas de madeira e um grande muro cercando todo seu entorno. No topo de uma colina, uma grande construção de pedra guardava o trono de Rohan, ocupado pelo Rei Thengel. Recentemente de volta de Gondor, o rei estava aos poucos ficando a par dos acontecimentos em seu reino.
Ao chegarem, eles foram levados até uma estalagem onde quartos foram arrumados para eles. Apenas mais tarde foram levados até a presença de Thengel, na grande construção da colina. O rei, um homem por volta dos trinta e cinco anos, de cabelos dourados e olhos cinza, vestia uma túnica marrom e uma coroa de prata em sua cabeça. Ele cumprimentou os viajantes e perguntou quem eles eram.
A partir daí, seguiu-se uma apresentação breve e um relato da viajem dele até aquelas terras. Contaram dos problemas que o norte estava tendo e se propuseram a ajudar o povo de Rohan na luta contra os orcs das Montanhas das Névoa e Montanhas Brancas. E assim fizerem, por quase um mês, Elmara, Aerandir e Pêpe, lutaram ao lado dos cavaleiros de Rohan. Os eorlings eram bravos guerreiros, fortes, ágeis e corajosos, mas tinham algumas coisas a aprender com táticas menos diretas com os três heróis. Ao poucos, os três aventureiros foram ganhando fama e a amizade dos eorlings, até que chegara a hora de partir para o norte. Antes de partir, Elmara e Pêpe pediram a ajuda de Thelgen para que seu povo tentasse convencer os habitantes da Vila de Wyne, por onde passaram, a virem viver sobre a proteção de Rohan. O rei disse que enviaria alguns homens e ofereceria abrigo a quem quisesse vir com eles, mas não forçaria ninguém a segui-los. Os dois, então, se retiraram e foram com Aerandir para o norte, rumo a Rhosgobel.
A viajem até o outro lado de Mirkwood durou doze dias. A floresta era escura, sombria e emaranhada naquele lugar, mas a derrota dos wargs pareceu deixar o lugar um pouco mais tranquilo. Os viajantes tentaram não permanecer por muito tempo em nenhum lugar, pois sempre tinham a impressão que alguém ou algo os estava observando entre a escuridão entre as árvores. Cansados, eles alcançaram a divisa leste da floresta depois de longos doze dias. Ao norte estava o Rio Corrente, Dale e a Montanha Solitária.
Ali, Klandrin e Balared permaneceram por alguns dias, descansando e aproveitando a luz do sol antes de retornarem para o Vale do Anduin. A volta, no entanto, não fora tão agradável. Ruídos e grunhidos pareciam perseguir os dois enquanto andavam pela floresta. O caminho que tinham aberto pela mata há poucos dias parecia ter desaparecido completamente. Insetos escuros foram os únicos animais que viram por todo o trajeto, apesar de ouvirem o barulho de seres andando pelas árvores. Ao chegarem próximo ao Vale do Sacrifício a situação melhorou um pouco. Os homens da florestas ergueram um altar em homenagem aos guerreiros mortos ali e de tempos em tempo eles retornavam lá para deixar uma chama acesa em sua homenagem. Em Rhosgobel, Dalak preparava um grande grupo de guerreiros para partir em breve para o norte. Ainda faltavam preparativos, mas até a metade do verão estariam prontos para se juntar aos beornings.
O caminho de Aerandir, Elmara e Pêpe até seus amigos era cansativo. Não haviam estradas até o norte vindas de Rohan. Depois de quase um mês subindo, alcançaram o Rio Anduin. Próximo ao sul da floresta eles avistaram um acampamento de homens estranhos, pareciam ser homens do oriente. Decididos a verificar o que eles fazia por ali, os três se aproximaram. Aqueles homens não estavam ali sozinhos. Havia orcs entre eles, mas via-se que a convivência entre os dois grupos não era tão amistosa. Aproveitando-se disso, os três tiveram a ideia de causar um confronto entre eles. Furtivamente, eles se infiltraram a noite no acampamento e mataram alguns orcs e homens do oriente plantando armas de um nos outros. No dia seguinte, aquilo causou uma grande briga, que seguiu com insultos e confronto armado entre os dois grupos. Satisfeitos, os três continuaram o caminho para Rhosgobel.
Era o início do verão quando chegaram lá. Reencontraram seus velhos companheiros e trocaram histórias de todo aquele tempo que passaram separados. Eles sabiam para onde teriam que ir agora, para os Campos de Lis, um dos lugares mais sombrios daquela terra. O grupo de guerreiros de Dalak estava praticamente pronto para partir. Assim, em breve, todos eles seguiriam para o norte, se separando quando chegassem ao Rio do Anduin.
Ao partirem, uma grande fogueira foi acesa para iluminar o caminho que teriam a frente. Apenas poucos dias separava Rhosgobel dos Campos de Lis, onde buscariam por mais um artefato de Angmar. Ao chegarem a beira do rio, viram o terreno alagado conhecido como Campos de Lis. Um cheiro doce e enjoado de matéria em decomposição invadiu os sentidos de todos que ali estavam. Naquele momento, os guerreiros dos homens da floresta se despediram do grupo e rumaram para as terras dos beornings, enquanto o grupo se preparava para adentrar aquele lugar amaldiçoado.
O que será que encontrariam ali? Que tipo de criaturas habitavam aquele local?
Essa história está sendo criada em uma mesa de The One Ring - Adventures over the Edge of the Wild. Cada sessão corresponde a uma parte da história, que se cria e modifica conforme todos os envolvidos decidem o que seus personagens fazem e como eles reagem.
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Olá. Venho aqui pra fazer uma pergunta não diretamente relacionada a essa sua postagem, mas é que não encontrei outra forma de contactá-lo - desculpe se isso for um transtorno.
ResponderExcluirHá alguns anos tomei contato com o RPG "Grimm" e pensei em montar um grupo de tradução para o mesmo, mas outros projetos na minha vida acabaram por impossibilitar a tradução. Penso em seguir com esse projeto agora, e gostaria de saber se você conhece alguma empreitada parecida ou qualquer outra coisa.
Meu nome é Marcus César, sou do blog revisandoospontos.blogspot.com (que atualmente está parado por questões "administrativas"), e gostaria de manter algum contato. Se puder e quiser, me mande um email em marcuscfoliveira (at) gmail (dot) com
=]
Oi Marcus, vou mandar um email para você. Eu coloquei agora uma aba de contato no topo do blog. Não sei como nunca tinha pensando nisso antes. Abraço.
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