No sábado, dia 11 de outubro desse ano, eu fui ao Saia da Masmorra para mestrar uma aventura do novo RPG do Star Wars, o Edge of the Empire. Para quem não conhece ainda, esse é um dos novos RPGs (todos usando o mesmo sistema) da franquia do universo criado por George Lucas lançado pela Fantasy Flight Games no ano passado. Quem quiser conferir uma resenha completa do jogo (em três partes) é só ir nesse link.
Pois bem, no encontro tivemos 4 jogadores que escolheram forma a tripulação com 4 personagens: Gavon Nah, um Fringer sobrevivente usuário da força; Misla Nah, sua irmã caçadora de recompensas que saiu da guilda para proteger seu irmão; Kreet, um Rodian contrabandista que deve bastante dinheiro a um Hutt; e Darius Saiut, um Slicer Bothan que foi traído por um rival e quase pego pelo Império por traição.
O jogo começou com o grupo em Bespin, em um cassino chamado Dragão de Bespin, onde eles encontrariam o Devaroniano Trevon para entregar uma carga de produtos químicos proibidos e pegar o pagamento combinado. Acontece que um dos jogadores, o que controlava o Rodian Kreet, talvez não entendendo um pouco o clima do jogo, anunciou para todos que eles estavam com um carregamento de drogas e que era para todo mundo experimentar e ficar "doidão".
Obviamente, as autoridades locais não gostaram da brincadeira e forças imperiais foram chamadas. Uma confusão se instaurou no cassino. Pessoas saiam correndo apavoradas para todos os lados e parte do grupo aproveitou para se misturar à elas. Gavon tentou encontrar Trevon para conversar com ele, mas o Devaroniano esperava que seus empregados fossem muito mais discretos e falou que não havia mais negócio. O jogador insistiu, explicando que Kreet era um novato no grupo e que aquilo não se repetiria e Trevon disse que pensaria no assunto depois que a poeira baixasse.
Darius, o Slicer, aproveitando a confusão, pegou um ComLink de um dos guardas do cassino e o usou para tentar despistar as forças imperiais que se aproximavam, falando sobre uma emergência no porto norte, onde piratas estariam assaltando as instalações locais (inspirando-se no Star Wars Rebels). Mesmo assim, apenas parte das tropas foi desviada, fazendo com que um grupo de 8 Storm Troopers chegassem ao salão, ao mesmo tempo em que o Slicer fechou as portas por onde eles chegavam e o grupo fugiu em direção ao porto sul onde sua nave estava atracada.
Quando o grupo chega à nave (em tempos diferentes, pois estavam fazendo coisas distintas) e decolam, rapidamente três Tie Fighters se aproximam e ordenam que pousam para um vistoria. Obviamente o grupo nega e uma rápida batalha entre naves começa. O sistema de combate de naves é bem similar ao de combate normal, com uma carga bastante narrativa, sem muitos detalhes, mas dando opção para que quase todos do grupo participem ativamente do combate. O piloto pode aumentar a velocidade para dificultar acertos, fazer manobras evasivas ou tentar manter o rumo para facilitar os ataques. Outros personagens ocupam as torres de tiro para acertar os inimigos. Os técnicos podem fazer controle de dano, desviar escudos e outras coisas.
Como os Tie Fighters eram apenas "minions" (que são inimigos bem fracos para dar a sensação ao grupo de que são bastante heróicos como nos filmes), a batalha acabou rápido, mas um dos canhões fora danificado, assim como alguns sistemas de estabilização. O grupo, então, procurou um local próximo para aguardar a "poeira baixar" para falar com Trevon e se lembraram do Lugar do Lhuu, um espaço porto pequeno e sujo a alguns minutos dali na órbita de Bespin.
Chegando no local, Lhuu, um conhecido agente de trabalhos do grupo, recebe a tripulação, cobra sua taxa (é claro) e se informa da situação. O grupo o convence a entrar em contato com Trevon em Cloud City e ele aceita intermediar o acordo com uma pequena taxa (e o grupo começa a entender que dinheiro é algo difícil de se manter no jogo). Por sua vez, Trevon aceita terminar a sua transação mas com um valor reduzido, já que os jogadores causaram muitos problemas, mas oferece outro trabalho para eles, dando a chance deles recuperarem o dinheiro perdido. Eles deveriam ir até Tatooine, pegar um pequeno conteiner com um indivíduo chamado Boba Fett (um personagem conhecido e intimidador para dar um clima legal na aventura) e levá-lo até um Porto Escuro em Coruscant, agora Imperial Center. Lá, nas coordenadas exatas, um intermediador esperaria por eles assim que enviassem o código passado para o controle do porto. O grupo ainda arrumou uma pequena confusão na cantina do espaço porto, quando uns apostadores de Sabbac quiseram roubar o atrapalhado Kreet. Nada muito grave.
Sendo assim, eles partiram rapidamente para Tatooine. As informações eram que eles deveriam ir na cantina de Mos Eisley e perguntar pelo contato deles. Não foi difícil achar o lugar, alguns deles já o conheciam. Metade do grupo foi procurar peças para consertar a nave e a outra foram em direção à cantina. Logo que chegaram eles se idendificaram para o barman como amigos de Trevon e disseram que procuravam por Boba Fett. Ele os indicou até uma porta nos fundos da cantina, que estava cheia assistindo um show de música e dança com Twi'Leks tocando harpas elétricas. Nesse momento pedi que fizessem um teste de percepção para que notassem algo.
Com um sucesso apenas marginal, um dos personagens percebeu que uma mulher usando máscara parecia estar de olho neles e acompanhando seus movimentos. Sendo assim, ele ficou para trás para dar cobertura enquanto seu amigo foi pela porta encontrar o caçador de recompensas. Um corredor escuro, sujo e úmido o levou até um armazém abandonado onde Boba Fett aguardava o grupo acompanhado de 4 Gamorreanos portando Blaster Rifles e uma grande caixa no chão.
O caçador de recompensas, sem querer perder muito tempo, entregou a caixa e pediu pressa para o grupo, informando para não abrirem a caixa, já que o material pode perecer se manipulado de forma inadequada, e o empregador deles não iria gostar nem um pouco disso. Os jogadores, é claro, obedecem mas ficam querendo arrumar desculpas para abrir a caixa (não é sempre assim?).
A parte do grupo que saiu para fazer os reparos está terminando quando o resto do grupo vem chegando com a carga, acompanhados dos 4 Gamorreanos quando eles veem que a mulher que os observava na cantina está ali, acompanhada de mais 10 indivíduos. REBELDES! Uma emboscada os esperava na porto e agora rajadas de blasters voam pelos ares. Um contingente de Storm Troopers aparece também e os jogadores se ficam sem saber o que fazer por algum tempo.
Alguns tiros trocados, eles ouvem a mulher, que aparentemente é a líder do grupo, falar que a prioridade é recuperar a caixa, que provavelmente Faun Has estaria dentro dela. Um dos personagens, com um teste de Conhecimento, lembra que Has era o nome de uma família com tradição de Jedis na antiga república e o grupo resolve verificar a caixa no meio do tiroteio. Para a surpresa de todos, um jovem congelado em criogenia está dentro dela.
Mudando de planos, o grupo entra em contato com a mulher e se esconde em um cais para entregar o "jedi" para eles e fingir que vão embora com a caixa que deveriam transportar. Alguém resolve colocar explosivos nela e antes de embarcarem de volta na nave deles e ir embora, deixam a caixa lá para explodir e levam alguns Storm Troopers com isso.
Já em orbita eles tentam entrar em contato com a nave dos Rebeldes (que eles viram quando eles levaram Faun para dentro) e os rebeldes aceitam encontrá-los em uma lua do outro lado do sistema. Chegando lá, os rebeldes ainda armados, desconfiando do grupo, os encontram e uma conversa começa. O grupo explica que não sabia do conteúdo da caixa e os ânimos se acalmam. Ao que parecia o jovem era um padawan e fora capturdado depois que seu mestre foi pego há algumas semanas. Eles, agora, querem tentar resgatar o mestre.
O grupo informa que eles estavam indo a Coruscant para entregar a carga e todos acham que o primeiro lugar para procurar, então, seria no porto escuro onde fariam a entrega. Um novo plano se formou. O grupo esconderia alguns rebeldes na caixa enquanto outros se disfarçariam como parte da tripulação para fazer a entrega. Lá, eles iriam se infiltrar e procurar pelo mestre jedi. Espiões dos rebeldes em Tatooine se certificariam de passar a informação que o grupo saíra de lá com a carga intacta e estavam indo para Coruscant. Aliás, nesse momento o grupo descobre que a líder dos rebeldes não é ninguém senão Leia Organa (por que não, né?).
Todos se preparam a partem para Coruscant. Os documentos do grupo, ainda válidos, são aceitos e eles se dirigem para o Porto Escuro, distante do centro do governo do planeta. Lá, eles são recebidos por homens de túnica escura com tatuagens e cicatrizes estranhas e levados, junto com a carga até um galpão. Lá, acompanhado de um dúzia de Storm Troopers com armaduras vermelhas, um homem estranho de pele roxa e olhos vermelhos os espera.
Pressentindo algo estranho (o homem é um usuário do lado negro da força), ele resolve abrir a caixa e o grupo devido atacá-lo. E aí o caos se instaura. As coisas seriam bem complicadas para o grupo, se não fosse os 2 críticos de primeira que o grupo conseguiu contra o inquisidor. Ele estava impossibilitado de usar o seu sabre de luz. Mesmo assim, um dos membros do grupo foi fuzilado e caiu no chão. Leia e os rebeldes deram cobertura para o grupo e Darius acessou o sistema do porto para procurar possíveis naves atracadas e identificou uma recentemente atracada, voltada para voos rápidos e escolta e resolver ir lá investigar. Quando chegou, encontrou outra caixa similar àquela e avisou o grupo.
Acontece que o inquisidor foi atrás. Quando a coisa ia ficar feia, outro crítico contra ele (os jogadores estavam muito cagados mesmo). O resto do grupo chega correndo dos Storm Troopers e entra na nave. O usuário da força caia da rampa ferido, a nave decola e os Storm Troopers ficam atirando em vão. Leia e os rebeldes sobreviventes fogem com a nave do grupo e a aventura termina (já tava passando do horário do evento).
No final, o jogo fluiu muito bem e bem rápido. Eu dei alguns moles de esquecer alguma habilidades do vilão, o inquisidor, que o tornariam mais desafiador e possivelmente evitariam alguns críticos (mas é assim que se aprende). Agora, essa aventura serviu como introdução à campanha que estou começando aqui em casa. Parte do grupo é o mesmo mas temos novos tripulantes. Em outra oportunidade faço o reporte da sessão que rolou a pouco lá em casa.
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