domingo, 1 de fevereiro de 2015

Reporte de Campanha - Caçadores de Emoções no DCC RPG - Sessão 7

Essa semana tivemos mais uma sessão da campanha de Dungeon Crawl Classics que está rolando aqui em casa. Por pouco não acabamos jogando King of New York (derivado do board game King of Tokyo que saiu pela galápagos), mas depois de 1 hora e meia de atraso, conseguimos 4 jogadores presentes e continuamos de onde havíamos parada na última sessão.

A parte do grupo que estava no subterrâneo do abatedouro resolveu subir de volta e se juntar ao grupo que estava investigando a casa velha. Não tiveram muitos problemas na travessia, apenas um dos degraus da escada de madeira velha até o abatedouro quebrou. Enquanto isso, o pessoal na casa continuava a explorar os aposentos pelo corredor do primeiro andar.

Ouvindo uns gemidos e resmungos detrás de uma porta a sua esquerda, o grupo preparou suas armas e abriu a porta prontos para dar machadadas no que quer que estivesse ali. No entanto, eles encontraram apenas um senhor de idade muito avançada, aparentemente já senil e que os confundiu com os netos que moram ali. Ele pediu um pouco de sopa e reclamou do barulho que estavam fazendo, pois queria dormir. Eles pegaram um pouco da sopa mal cheirosa que encontraram na cozinha e o deixaram ali.

Na porta logo em frente ao quarto do velho, o grupo encontrou um quarto pequeno e amontoado, contendo dois beliches e alguns móveis. Os itens e vestimentas espalhados por ele indicavam que 4 jovens habitavam aquele local, mas nenhum deles se encontrava no momento. O grupo não quis perder muito tempo vasculhando o local e seguiram em frente.

Foi então que a parte deles que estava no subterrâneo se juntou ao resto e eles decidiram adotar uma nova maneira de explorar o local. O grupo abriria duas portas ao mesmo tempo, para acelerar a investigação (e possivelmente se meter em duas enrascadas com uma só ação!). Nas duas próximas o grupo encontrou uma dispensa, com prateleiras, farinhas, sal, ervas, batatas e outros mantimentos, e uma sala amontoada de coisas velhas que praticamente impediu o grupo de abrir a porta. Na dispensa, depois de uma olhada rápida, o grupo viu uma porta escondida (mal e porcamente) atrás de algumas prateleiras.

O grupo, antes de entrar, tentou escutar algum barulho que possivelmente viria de dentro do aposento mas estava um silêncio sepulcral no local, quebrado apensa pelo ruído dos roncos do vovô no outro aposento. Ao entrarem, encontraram uma sala usada como uma espécie de açougue. No tento haviam ganchos com grandes pedaços de carne pendurados e, agora, dava para ver claramente que se tratavam de pedaços de carne humana, talvez daqueles homens gigantes de gordos que viram antes. Haviam também várias caixas com carne moídas e peles de órgãos para fazer linguiças, assim como vasos com sangue seco. Pelo chão, sujo de sangue, o grupo encontrou um alçapão que dava para uma escada de ferro presa a uma parede de pedra mal trabalhada e úmida.

Decididos a explorar aquilo depois de olhar o resto da casa (decisão tomada depois de um rápido debate em grupo), os aventureiros colocaram uma porção de caixas sobre o alçapão para dificultar que alguém de lá de baixo saísse dali e os surpreendessem.

Sobrava, então, mais uma porta no final do corredor e a escada que os levava para o andar de cima. Abrindo a porta que faltava, o grupo encontrou uma sala de ferramentas com uma porta para os fundos da casa. Botas sujas de lamas, pás, machados para cortar lenha, lenha amontoada na parede norte, carrinho de mão e outras coisas podiam ser encontradas ali. O grupo pegou alguns machados e uns facões e foi embora para a escada que ficava na sala principal. Rangendo a cada passo que os aventureiros davam, eles se viram chegando ao segundo andar quando, de repente, ouviram passos de alguma criatura muito pesada andando pelo sótão, quase como que um hipopótamo correndo. Se fosse outro homem gordo, eles nunca viram um correndo naquele velocidade ainda.

Andando calmamente, eles se viram em outro corredor que corria em "L" pelo andar. Acima deles havia 3 portas e, abaixo, uma outra e o corredor que fazia uma curva para esquerda. Primeiramente, eles foram para cima e abriram a porta que ficava no início do corredor. Um cheiro de incenso de ervas os bombardeou os sentidos. Um quarto grande e escuro, com cortinas bloqueando a pouca luz das estrelas, estava a sua frente. Uma cama ao lado de uma escrivaninha cheia de papeis e com alguns livros podia ser vista. Animais empalhados decoravam o local, como corvos, javalis e outros. Ao se aproximar da escrivaninha e olhar os livros, o grupo viu um dos animais que parecia ser empalhado se mexer. Um gato preto se irritou com eles, "rosnou" (qual é o nome que se dá quando o gato mostra os dentes e tal?) e saiu correndo. Só que o anão do grupo decidiu tentar dar uma machadada nele antes que fugisse e o cortou ao meio. Os livros, aparentemente, tratavam de assuntos exotéricos, como os portões da vida e da morte, galáxias distantes e coisas do tipo. Os magos do grupo se animaram e os pegaram para dar uma estudada depois.

Usando a tática de abrir duas portas ao mesmo tempo, o grupo seguiu em frente e abriu uma porta na esquerda e outra a direita ao mesmo tempo. Na primeira, eles encontraram o que parecia ser um armário, onde as pessoas guardavam casacos e sapatos. Um cheiro de coisa velha permeava o aposento, mas nada de interessante parecia ter ali. Do outro lado, em outro aposento pequeno, com decoração de animais de madeira pela parede e brinquedos pelo chão, o grupo encontrou em um berço um bebê, que mesmo acordado apenas os observava com seus grandes olhos castanhos. Eles examinaram a criança e, aparentemente, ela parecia humana e normal. Quando, então, decidiram sair do aposento ela falou "carne" e o grupo ficou espantado por um momento e fez uma experiência. Pegou metade do gato que tinham cortado ao meio e jogaram para a criança. Ela olhou por alguns segundos e depois começou a comê-lo, mostrando dentes afiados. Pra que? O grupo ficou bastante preocupado, uns queriam matar o bebê imediatamente, outros não, falando que era só um bebê e tal. No final, foram embora e deixaram para resolver isso depois (ah, eles irão se arrepender disso).

Quando voltam para o corredor, escutam novamente passos de alguma coisa pesada pelo teto, correndo, só que agora ouvem, do final do corredor a esquerda, o grito histérico de uma mulher: "Quieto! Eugênio! Eu falei para você ficar quieto!". Os jogadores ponderaram um pouco o quê aquilo significava e seguiram pelo corredor ao sul e antes da fazerem a curva, abriram, para variar, duas portas. Na direita, encontraram um quarto grande, com uma cama de casal decorada com lençóis bonitos, bordados a mão e uma escrivaninha com um espelho de prata. Sobre ela havia uma caixa de madeira talhada na forma de uma coruja onde dentro eles encontraram diversas jóias diferentes, algumas que eles tinham impressão de já terem visto pelas ruas da cidade, talvez com viajantes que desapareceram. Na porta da esquerda, encontraram um outro quarto de casal, só que menor, com outro berço, mas esse sem nenhum bebê ou decoração. Parecia que o quarto tinha sido preparado há pouco tempo.

Seguindo a curva do corredor, o grupo foi abrindo mais algumas portas sem encontrar grandes coisas (um aposento vazio, um quarto de hóspedes que não parecia receber ninguém há um bom tempo, um quarto de uma moça jovem, com alguma bonecas e decorações e um quarto de alguns meninos. Chegando nas duas últimas portas eles viram um alçapão no teto que, provavelmente, os levaria ao sótão, no entanto, novamente, algo grande se mexeu pelo sótão e, dessa vez, socou o chão bem em cima do grupo, berrando como um bebê. A voz da mulher histérica ecoou pelos corredores, vindo do aposento à esquerda do grupo, mandando a criatura se calar se não ela ficaria de castigo.

Os jogadores, depois disso, começaram a debater entre si o que fazer e fizeram isso elevando bastante o tom de voz. Nessas situações eu interpreto que os personagens deles estão fazendo exatamente a mesma coisa e, assim, as criaturas ao redor estão ouvindo eles discutirem e se preparam. O grupo, primeiro, abriu a porta em frente ao aposento de onde escutaram a voz da mulher e encontraram um depósito de comida, com carnes cruas, baldes, e esfregões. Quando foram abrir a porta do quarto da mulher histérica, não viram nada dentro. Só que quando o primeiro entrou no local a criatura saltou de trás da porta e o atacou. Ela parecia humana nas extremamente esquelética, com garras na mão e uma grande lingua saindo de sua boca com dentes afiados. Ela gritava que ninguém iria tirar o bebê dela. O grupo era grande, então ela sozinha não deu tanto trabalho, apesar de ter matado um personagem de nível zero que, não sei porque estava indo na frente do grupo.

Depois de lidar com aquela coisa, o grupo não quis investigar o sótão e foram para o primeiro andar, descer pelo alçapão. A escada era de ferro o que deixou os personagens élficos bastante incomodados (já que eles são alérgicos a ferro em DCC). Jogando uma tocha pelo buraco que, por sorte, não se apagou na queda, parte do grupo (alguns ficaram no andar de cima para vigiar) se viram em um aposento largo, com vários sacos de sal e ervas empilhados no norte dele, ao lado de uma porta. Na parede oeste outra porta, de onde eles escutavam gemidos abafados, semelhantes ao que aqueles homens gordos emitiam. O grupo decidiu ir pela porta ao norte e depois de um pequeno corredor, chegaram a um aposento que viram antes, aquele com os moedores de carde, linguiças penduradas e pedaços de carne esperando serem moídos. Uma porta a oeste levava para algum lugar que não tinham explorado ainda e uma no nordeste levava para o aposento debaixo do abatedouro, que ainda tinha um corredor ao norte por onde eles não tinham andado. E foi para lá que eles foram.

O corredor os levou, depois de uns 5 metros a uma bifurcação. Para o norte eles viram o que parecia ser uma sala cheia de cutelos e facas, com ganchos para carnes, amoladores e outras coisas. Uma passagem para oeste levava a outro corredor, de onde eles escutaram vozes abafadas de pessoas conversando e uns gemidos estranhos, agudos, diferentes daqueles que escutaram ao sul. Um personagem mais furtivo foi a frente para ver o que estava acontecendo e viu 3 pessoas, 2 adultos e um jovem, conversando sobre algo que o avó estaria fazendo, se perguntando se já tinham terminado. Ele voltou para avisar o resto do grupo que resolveu atacar sem muita cerimônia, correndo pelos corredores, fazendo barulho e revelando suas intenções. Os três, então, se prepararam para o confronto.

Apesar de parecerem humanos, em pouco tempo (depois de alguns ferimentos), eles se revelaram monstros com uma pele escura e espinhenta, com mandíbulas largas, garras e habilidades estranhas. A criança parecia soltar jatos de acido pela boca (que acabou matando outro personagem de nível 0 e um de primeiro nível. Enquanto os outros dois lutavam com armas de corte e, depois com mordidas e garras. Acontece que, debaixo deles, havia o que pareciam ser gaiolas. O garoto-monstro resolveu soltar as criaturas que estavam ali sobre os personagens. Mas, com uma jogada de mestre e sorte nos dados, o clérigo do grupo usou a magia "palavra de comando e forçou o garoto a fechar as jaulas novamente, para o desespero das criaturas famintas que ali estavam. Isso, literalmente, salvou o grupo e condenou os três "familiares" que foram mortos em seguida.

A sessão estava acabando e, tentando manter o interesse do pessoal aceso até a sessão que vai rolar amanhã, aconteceram algumas coisinhas. Enquanto a parte do grupo que desceu enfrentava aqueles monstros, alguns personagens decidiram se livrar do velho e do bebê. Quando mataram o velho, no entanto, descobriram que ele era apenas humano, nada demais. Quando entraram no quarto do bebê, no entanto, não o encontraram mais lá, apenas seu rastro de sangue (sujo com o gato que comera), marcas de que ele engatinhou par fora do berço... só que pelas paredes e pelo teto (nessa hora um dos jogadores ficou "MENTIRA!!! Quero ver isso escrito!" (foi bem engraçado). O grupo lá embaixo resolveu dar uma olhada nas jaulas para ver o que estavam para soltar sobre eles. Eu, é claro, não disse, deixei em suspenso e falei que contaria na sessão seguinte. Cliffhangers são ótimos para terminar sessões!

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