domingo, 11 de janeiro de 2015

Reporte de Campanha - Caçadores de Emoções no DCC RPG - Sessão 4

Nessa última segunde-feira rolou mais uma sessão da campanha de +Dungeon Crawl Classics Role Playing Game aqui em casa, mas a presença não foi tão maciça como na anterior. Alguns jogadores faltaram, o que não impediu de continuarmos o jogo já que o grupo era bem grande agora. Recomeçamos logo depois que eles tinham botado fogo no aposento com as sedutoras mulheres aracnídeas.

Disse para eles que a porta já não estava mais tão quente e que eles não sentiam nenhuma força tentando abri-la. Nenhum som era ouvido, um silêncio sepulcral se não fosse pela respiração ofegante de seus companheiros. Eles decidiram abrir a porta e uma fumaça densa e um bafo quente veio na direção deles, deixando-os atordoados por um momento. O cheiro de carne humana queimada (seus companheiros deixados para trás) os deixou enjoados.

Todos tinham receio de entrar naquela sala novamente, então a solução deles foi mandar um personagem de uma das pessoas ausentes na frente (quem mandou faltar, né?). O resto do grupo o viu sumir pela fumaça do aposento, apenas ouvindo seus passos. O grupo, esperto, achou que poderia fazer isso e eu contar para eles o que tinha lá, mas eu só descrevi o que viam na visão de seus próprios personagens, o outro companheiro entrando e sumindo. Depois de um tempo, ele chamou o resto do grupo, para que dessem uma olhada no aposento.

Em nenhum lugar podiam encontrar os corpos das mulheres, era como se elas nunca estivessem ali. O grupo ficou um pouco desconfiado. Talvez elas tivessem fugido por alguma das outras 3 portas do local.

A aposento estava praticamente destruído. Os móveis foram queimados, todos os tapetes caros estavam destruídos, assim como as tapeçarias e as almofadas de ceda. Vasculhando o local para ver se algo de valor se salvara (e para pilhar os corpos dos amigos que pereceram ali), o grupo conseguiu achar algumas coisas interessantes. Alguns castiçais decorados com faces amedontradoras e de chifres feitos de bronze, umas barras de prata que mantinham as tapeçarias esticadas na parede e, um dos personagens achou uma jóia estranha de ouro, no formato de uma grande aranha, com uma gema verde no centro, onde ele viu, de relance, vários olhos o observando, antes de desaparecer.

O grupo, então, voltou sua atenção para as portas da sala. Agora, com mais tempo, eles repararam que uma delas tinha entalhado sobre sua superfície a imagem de uma grande árvore com uma bocarra em seu centro, cheio de dentes e suas raízes envolviam um grande globo, que o aprendiz de feiticeiro identificou como um planeta (mesmo o resto do grupo não entendo bem o que seria isso). As outras duas portas (outra para o norte e uma em direção ao leste) eram portas de madeira simples e rústicas.

O aprendiz de mago aproveitou para olhar também as poucas páginas de livros que conseguiu salvar e viu desenhos similares ao da porta. Ao que parecia, a árvore é a representação de uma entidade caótica chamada de Malloc que aceitava sacrifícios (riquezas e vidas) em troca de bençãos e outras benefícios. Logo, o último lugar que o grupo queria ir era o local para onde a porta com o desenho levava (embora eles deduziram que lá, possivelmente, houvesse tesouros).

De qualquer forma, eles resolveram abrir a porta com a imagem de Malloc e viram um corredor com vários mosaicos na parede com imagens de pessoas levando oferendas em direção ao fundo do corredor (jóias, vasos, corações, crianças, pessoas amordaçadas). Vendo isso, fecharam a porta e foram olhar as outras duas.

A outra em direção ao norte dava para um corredor bastante úmido, com lama pelo chão, de onde vinha uma brisa gelada. Seguindo por ele um pouco, o grupo se viu de frente para uma escadaria rústica toda suja de lama e com vegetação que levava para o lado de fora, ao norte da arena. Parte do grupo achou que seria uma boa ideia ir embora, mas a maioria decidiu que ainda queria explorar mais.

Tentando abrir a porta que ia na direção leste, o grupo notou que ela estava emperrada. Examinando-a, eles acharam uma pedra que tinha entrado por baixo dela, bloqueando sua abertura. Sem muita dificuldade, o grupo pegou uma lança e cutucou a pedra até ela sair do lugar e abriu a porta. Viram um outro corredor de pedra, sem muita húmidade mas todo em ruínas. Um grande desabamento bloqueava a passagem a frente. No entanto, algo chamou a atenção deles. Debaixo das pedras eles podiam ver os restos de um esqueleto usando uma armadura e um amuleto de ouro, só que ainda preso pelas pedras.

Alguns personagens deram uma olhada no local e viram que havia uma chance daquilo tudo desabar, mas decidiram tentar soltar o esqueleto mesmo assim. Eles tiraram algumas pedras até, pelo menos, metade do tronco dele estar a vista. Nesse momento eles amarraram uma corda em volta da armadura do esqueleto, foram para fora do corredor e puxaram com o máximo de força que conseguiram, eles soltaram o tronco dele mas causaram um desmoronamento. Pedi um teste de sorte para ver se eles conseguiam puxar rápido e conseguir tirar o tronco dele dali antes que as pedras o prendessem de novo, mas falharam miseravelmente.

Pelo menos agora parecia que não havia o risco de outro desabamento, pensou o grupo e resolveram começar tudo de novo. Algumas horas de trabalho em que eles fariam revezamento. Metade do grupo dormiria e metade trabalharia. Hora de rolar por encontros aleatórios, eu pensei e comecei a rolar o dado quando acabou gerando um.

Foi então que o grupo resolveu falar que tinha bloqueado as portas. Foi mal, mas se tivessem falado isso antes era uma coisa, depois de verem que eu rolei o encontro não ia rolar. Um grupo de oito humanóides com aparência de gambás fedorentos, usando trapos e armas improvisadas pegou o grupo de surpresa e acabou matando um dos companheiros dormindo. Apesar disso, em pouco tempo o grupo de sobreviventes derrotou as criaturas (dei muito azar e tive algumas falhas críticas com elas), que até tentaram fugir, sem sucesso.

Depois disso, aí sim, o grupo fechou as portas, travando-as com pedras do desmoronamento e terminaram de escavar o corredor até encontrar o tronco do esqueleto com a armadura. O amuleto, no entanto, não tinha sido encontrado (e seria bem difícil de achar).

Nesse ponto, parte do grupo cogitou ir embora mas outros ainda queria ver para onde iria a porta de Malloc. Lembrei-os dos outros aposentos que não exploraram no local, mas ninguém queria ir para as partes mais úmidas da masmorra. Depois de alguns minutos de debate, o grupo decidiu que pegaria os corpos dos monstros que os atacaram, desovariam no pântano pela saída que encontraram e voltariam para olhar o corredor com os mosaicos.

Entrando pela porta entalhada, o grupo se viu em um corredor largo que, depois de uma curva leve para o noroeste, dava em um grande aposento circular com, ao que parecia, uma gigantesca árvore de pedra no seu centro. Está árvore, no entanto, tinha uma grande bocarra, cheia de dentes afiados e tentáculos. Dentro dela, metade para dentro, metade para fora, havia o esqueleto de uma pessoa usando jóias e segurando um cálice dourado, todo cravejado de gemas, algo que, é claro, chamou a atenção de todos. Pelas paredes do aposento o grupo via diversos pequenos altares onde tinham pintadas várias cenas estranhas, simbolizando vários pecados e defeitos, como a raiva, a luxúria, a inveja, a cobiça e outras coisas. Ainda, no chão, ao redor da grande árvore, haviam oito buracos e sobre eles lâmpadas de um fogo esverdeado que pareciam deixar o lugar com uma luminosidade estranha.

Um dos personagens do grupo, então, resolveu pegar sua vara de 3 metros e cutucar um dos buracos, quando de dentro de todos eles saíram umas raízes que, assim como a árvore, pareciam feitas de pedra e tentaram agarrar os personagens dos jogadores. Todos ouviram uma vós vindo da bocarra dizendo "Quem vem perturbar o sono de Malloc? Eu exijo sacrifícios! Eu quero Sangue!". O grupo não pensou duas vezes e saiu correndo. Não consegui rolar bem para agarra ninguém com os tentáculos e eles voltaram para a sala incendiada.

Lá, o grupo bolou um plano. Eles pegariam um dos odres que carregavam e coletariam sangue de todos que ainda tivessem condição de "doar" um pouco. Vários personagens perderam 1 PV e chegou a juntar uns 8 PVs no odre, quase enchendo-o. Agora alguém tinha que levar a oferenda até lá. Um dos jogadores, que ainda tinha 3 personagens, escolheu um deles e o mandou para lá, sozinho. Quando ele se aproximou da bocarra, os tentáculos o envolveram e ele tentou, em seu último suspiro derrubar o cálice do esqueleto que estava preso lá e teve um crítico, derrubando ele bem longe, a uma distância segura para o resto do grupo pegar. Malloc o engoliu vivo e saciou sua fome, por enquanto. O grupo todo viu aquilo de longe.

Nesse momento ele perguntou quem deles queria ser abençoado por ele, recebendo uma dádiva mas deixando uma marca do seu favor. Quem aceitasse receberia 1 ponto em qualquer atributo, mas receberia uma "mutação" relacionada àquela entidade, como fazer nascer galhos na cabeça, ter pernas como troncos de árvore (ficando mais resistente a ser derrubado, mas deixando o personagem mais devagar) e outras coisas assim. Alguns do grupo aceitaram, outros não, principalmente os personagens ordeiros, que perderia pontos de sorte ao aceitarem isso.

A aventura terminou ali, com todo o grupo já com pontos de experiência para ir ao primeiro nível, mas eles ainda tinham que voltar para Punjar. Uma travessia pelo pântano até a Pedra de Envio os aguardava. Será que alguma coisa ainda pode acontecer? Claro que sim!

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