quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Encontros Estranhos - A Árvore dos Presentes

Galera, eu não sei quanto a vocês mas eu gosto de surpreender ou mesmo confundir os jogadores dos meus jogos com acontecimentos estranhos e aleatórios que acontecem com eles ou na proximidade deles sem terem, necessariamente, ligação com a atual "aventura" que eles estiverem perseguindo. Afinal, o mundo de jogo é vivo e está em constante movimento e mudança.

Uma das maneira com que faço isso é botando em seus caminhos locações interessantes, como as que vou postar aqui na coluna Locações Instantâneas, e encontros com indivíduos ou coisas estranhas pelo mundo. São situações que deixam os jogadores instigados, surpresos ou curiosos com o que está realmente acontecendo, o que aquilo significa ou o que eu estou pretendendo apresentando isso para eles. A ideia é apresentar curiosidades interessantes sobre o cenário de campanha, histórias paralelas, rumores e indivíduos que existam no mundo. Eles podem até instigar os jogadores a seguir outro caminho, buscar outra "aventura" ou ter ligação com algo que acontecerá num futuro próximo ou distante. O encontro que apresentarei hoje eu chamo de "A Árvore dos Presentes" (em homenagem ao Natal).

A Árvore dos Presentes

Esse encontro pode ser utilizado a qualquer momento que o grupo ou alguns personagens do mesmo estejam nas proximidades de uma floresta ou região com uma boa quantidade de vegetação, em qualquer época do ano e em qualquer horário.

Durante a travessia os personagens verão claramente uma grande árvore antiga (maior do que qualquer árvore a vista), sem folhas, com o tronco retorcido e com muitos galhos toda decorada com pequenos presentes presos por cordas pelos galhos das árvores. Um exame mais detalhado desses presentes (sem tocá-los) revela que são objetos de vários tipos, algumas armas, algumas jóias, sacos de moedas e outros objetos. Todos, aparentemente, de algum valore de origens diversas.

Caso queira facilitar o encontro, o mestre pode ir inserindo rumores sobre uma entidade que cobra pedágio na floresta, algo que cobra passagem de todos aqueles que cruzam suas matas. Mas, de preferência, nunca explique exatamente que é uma árvore e que as pessoas penduram presentes nela para terem uma passagem segura pelo caminho.

Como o parágrafo de cima deu a entender, a árvore é na verdade uma manifestação física de um velho espírito da floresta que cobra tributo e oferendas para quem quer ter passagem segura pelas suas matas. A questão não é nem valor monetário do objeto oferecido, mas o quão importante ele é para a pessoa que o deixa ali (ficando, é claro, a critério do mestre de jogo). Assim, os jogadores possuem algumas escolhas e possibilidades de ação.

Ignorar a árvore e seguir em frente: Os jogadores podem não entender bem o que é aquilo e seguir em frente sem oferecer nenhum presente, nem pegar nada da árvore. Nesse caso o espírito não ficará contente com os jogadores mas também não os odiará. A viajem pela mata será mais longa e demorada, já que as trilhas parecerão ter mudado, alguns caminhos estarão fechados pela mata e outros contratempos surgirão, como árvores caídas e outras coisas. Além disso, encontros aleatórios hostis serão mais comuns (dobrando as chances de ocorrerem) e os personagens se sentirão observados enquanto permanecerem na floresta. Esse resultado também é obtido se os personagens oferecerem presentes que não são significativos à Árvore.

Oferecer presentes significativos e seguir em frente: Caso os jogadores entendam o que está ocorrendo e façam oferendas significativas para o espírito antes de seguir viajem, esta será bastante facilitada. A travessia dos personagens toma apenas metade do tempo que eles esperavam tomar. Caminhos parecem mais curtos e o tempo é bastante agradável, diminuindo o cansaço e as paradas. Encontros aleatórios hostis devem ser confirmados uma segunda vez para realmente acontecerem e os personagens sentiram uma presença amistosa os guiando por atalhos e outros obstáculos.

Roubar os objetos valiosos da árvore e seguir em frente: Caos os jogadores decidam roubar os presentes da Árvore antes de seguir viajem, o espírito antigo se enfurecerá e fará de tudo para que o grupo pague o preço de sua ousadia. O tempo de viajem pela floresta ficará 3 vezes mais longo e a cada dia o grupo deverá fazer um teste para ver se eles se perderam ou não, já que os caminhos parecem mudar a cada minuto e eles não conseguem sabe exatamente para onde estão indo. Encontros aleatórios hostis acontecem com uma frequência maior e a todo momento os personagens veem coisas se movimentando pela mata como se estivessem sendo seguidos. Em uma noite a cada 3 dias, enquanto estiverem descansando, raízes sairão do solo para tentar asfixiar os personagens. As raízes se movimentam devagar e silenciosamente, tentando imobilizar os personagens e enforca-los. Personagens que estiverem dormindo não tem como ouvi-las ou detectá-las até que ataquem, mas personagens de vigia podem fazer testes bem difíceis para enxergá-las no escuro. Quando atacam elas enforcam os personagens que vão perdendo 1d4 pontos de constituição por rodada, até chegarem a zero o morrerem. As raízes tem força 16 e os personagens devem conseguir superar essa força em um teste para se soltarem.

Dar a volta: Sempre há a opção de dar a volta pela floresta ao invés de passar por ela, a não ser que o objetivo do grupo esteja dentro da mata. Para essa opção funcionar, o caminho pela floresta deve ser o mais rápido e prático. Assim, a escolha de dar a volta por ela não será tão óbvia.

Bem, esse foi mais um dos Encontros Estranhos que eu fico pensando para meus jogos. Quem quiser conferir outros, é só clicar ness link e ver as últimas postagens da coluna.

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