Eu adoro jogar RPG, mas gosto de jogar muitos outros jogos também. Gosto demais quando uma aventura apresenta diversos tipos de desafios que nos fazem reagir de maneiras diversas (combates, enigmas, desafios em que precisamos olhar para longe da ficha de personagem para poder superar). Mas mesmo assim, muitas vezes ainda temos que ficar restritos à algumas mecânicas do jogo que estamos utilizando.
Mas e se conseguíssemos colocar outros jogos dentro dos nossos RPGs? E se pudêssemos, no meio do jogo, deixar as regras do livro básico de lado, sacar um Board Game e ainda continuar interpretando nossos personagens? Bem, isso é possível se formos um pouco criativos e criarmos oportunidades interessantes nas nossas mesas de jogo. A postagem de hoje apresenta, justamente, algumas ideias de como fazer isso e ajudar a inserir coisas diferentes no seu RPG, inclusive outros jogos.
Cassinos e Apostas: Em muitas aventuras, volta e meia, os personagens se veem de frente de mesas de apostas e jogos em que podem apostar seu dinheiro ou até outras coisas mais estranhas (quem sabe apostar com uma entidade de outros planos o favor dos Deuses e a própria alma). Mas que tal se, ao invés de rolarmos testes de blefe, jogo ou algo assim, não puxássemos um jogo para jogar e apostar? Não precisa ser poker ou outro jogo comum. Hoje há vários jogos com elementos de blefe e estratégia diferentes que poderiam se encaixar muito bem em um mundo fictício. Quem sabe as pessoas no Cassino da Cidade-Estado de Esperas não jogam Coup? Ou Love Letter, ou Citadels, ou Muchkin (perfeito para um mundo de fantasia medieval, ou mesmo um jogo de tabuleiro rápido? Piratas e outros viajantes pelos mares podem fazer apostas ao redor de uma mesa com Tsuro of the Seas!
Desafios: E se ao invés de lutar com o guardião do túmulo do Rei-Bruxo (preso ali por mais de mil anos) a criatura desafiasse os personagens para uma partida de... Lords of Waterdeep? Ou algum outro jogo de estratégia? Game of Thrones Board Game? Ou outro que ela considerasse "evoluído" e "avançado" o suficiente para provar o valor dos aventureiros? Isso dará uma variedade ao jogo e proporcionará algumas horas de diversão ainda em personagem! Quem sabe a criatura não fica irritada quando perde e coisas do tipo?
Simulações: E que tal se, ao invés de decorar todas aquelas regras de combate em massa e tudo mais, ou resolver como uma grande batalha de naves se desenrola a gente não pegasse um jogo que faz isso e jogasse. Por exemplo, uma batalha de naves no jogo do Fronteiras do Império poderia ser resolvido se jogando uma partida de X-Wing. Ou um confronto entre exércitos de um mundo de fantasia sobre o comando dos jogadores poderia ser jogado com um jogo de guerra, com miniaturas e tal. É claro que isso pode demorar mais do que, simplesmente, fazer um rolamento de liderança e tal, mas pode inserir uma diversão que você não teria de outra forma e introduzir outros jogos aos seus jogadores.
Outras realidades: Por fim, aproveitando que em muitos jogos de fantasia e ficção existem outras dimensões e realidades que funcionam de maneira diferente da do mundo em que se passa a campanha, esses jogos podem ser usados como uma outra realidade, assim você pode aproveitar jogos com temáticas distintas nos cenário que você joga sem muitos problemas.
No final das contas, trata-se, novamente, de inserir mais variabilidade nos jogos, evitar repetições e soluções monótonas para coisas que deveriam ser mais divertidas e emocionantes nos nossos jogos. Isso sem falar em tirar a poeira dos jogos na sua estante, claro. Ademais, jogar um Board Game interpretando um personagem pode ser bem divertido.
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