domingo, 7 de setembro de 2014

Meu Sistema de Jogo Favorito - #RPGaDay

DCC RPG Edição Especial Limitada!
Hoje é dia de mais uma postagem do Blog Fest #RPGaDay, uma bastante difícil de fazer. O tema de hoje é o "Meu Sistema de Jogo Favorito", algo bastante difícil de escolher quando você joga uma porção de jogos diferentes, com focos diferentes. Mas tudo bem, vamos tentar ser objetivos nessa questão.

Sendo assim, tendo em vista eu ser um RPGista que, primariamente, curte mais os jogos no estilo Old School, influenciado pelas palavras de Gygax/Anerson e as histórias fantásticas do Appendix N, vou ser obrigado a escolher o meu sistema OSR favorito, embora eu não ache que ele seja perfeito. Ele apenas é o que mais se aproxima do meu "jogo ideal". Não é difícil adivinhar de qual RPG estou falando né galera? Ele é um jogo Old School com regras atuais, bastante caótico e com uma pegada pulp fantástica!

Ele é o Dungeon Crawl Classics Roleplaying Game (que surpresa, né?). Mas vamos falar um pouco desse sistema e porque eu gosto tanto dele. Primeiramente, ele é um derivado do d20 System da 3ª Edição, mas bastante simplificado e com algumas alterações que o tornam mais interessantes para mim. Apesar de ser derivado do d20 System, nesse jogo não há Feats, Skills, Classes de Prestígio, Ataques de Oportunidade, Multi-Classe e outras coisas. O sistema é reduzido a apenas o mais essencial, rola-se um d20 mais modificadores e deve-se obter um resultado igual ou maior que a dificuldade para se obter um sucesso.

Mas o jogo vai além disso. Os modificadores de atributos não são tão altos como nas edições recentes e os mesmo são gerados no modo mais tradicional possível: 3d6 em ordem. Ter atributos 18 é algo realmente especial e raro, mas isso não impede que você faça um guerreiro com força 12 ou mesmo um mago com Intelecto 10. O que o jogo fala (e que é verdade absoluta nele e em outros jogos Old School), o seu personagem é especial não pela ficha dele, mas pelo o quê você consegue fazer com sua criatividade no jogo. Mas o DCC RPG leva isso a outro nível! Quando o jogo começa os jogadores jogam com personagens de nível ZERO! Isso mesmo! Nível ZERO, pessoas comuns, não aventureiros, que acabam se envolvendo em uma situação que precisam se aventurar. A maioria, obviamente, não sobrevive (cada jogador joga com uns 3 ou 4 desses coitados), mas aqueles que superam os desafios se tornam personagens de 1º nível. É impressionante o que você consegue fazer com esses "commoners".

Outra coisa fantástica é o sistema de magias do jogo. Apesar de inspirado em D&D e se basear no d20 System, o jeito da magia funcionar no jogo é bem diferente. A magia é caótica, imprevisível, poderosa e perigosa. Não existe aquele jeito científico de decorar uma magia, lançar e esquecê-la com segurança. Os conjuradores conhecem um certo número de magias e podem tentar conjurá-las quantas vezes forem capazes. A tentativa funciona como outros testes: rola-seum d20 (normalmente) e somam-se modificadores para bater uma dificuldade que depende do nível da magia. Um resultado razoável permite que a magia entre em jogo com seu efeito normal. Um resultado melhor faz com que a magia funcione de forma mais poderosa, quanto maior o resultado, maior o efeito (assim, mesmo as magias de 1º nível se mantêm úteis até o final da carreira do personagem). Uma falha normal, no entanto, impede que o mago continue a conjurar aquele feitiço no dia. Já uma falha crítica traz consequências bem mais graves que podem variar bastante, desde apenas ficar impedido de conjurar a magia por mais tempo, até invocar um demônio das profundezas.

A magia clerical tem similaridades, mas tem coisas únicas também. O clérigo nunca perde a capacidade de lançar suas magias (a não ser que se Deus se irrite, o que não é raro), mas deve se acostumar com Deuses caprichosos e exigentes. A cada vez que ele invoca o poder dos Deuses ele pode atrair desaprovação deles (ora, incomodar imortais poderosos a todo momento não é algo sábio, eles tem mais coisas para fazer).

Uma coisa que eu particularmente adoro nesse jogo também é a chamada "Dice Chain". O jogo utiliza 12 tipos de dados diferentes. Além dos 6 que todos conhecem bem (d4, d6, d8, d10, d12 e d20), DCC RPG utiliza o d3, d5, d7, d14, d16, d24 e d30, e foca em usar dados diferentes ao invés e modificadores quando possível. Assim, se o jogar estiver em vantagem para um teste ele rolaria um d24 ao invés de um d20. O contrário também é valido, rolando um d16 se estiver em desvantagem.

As classes dos personagens também são outra razão por eu adorar tanto esse jogo. Cada uma tem seu charme e habilidades únicas que as tornam muito atrativas. Guerreiros com o Mighty Deed of Arms são um dos personagens mais legais de se jogar, podendo realizar feitos fantásticos desde o começo do jogo. Falando nisso, Dungeon Crawl Classics faz a abordagem de Raça como Classe clássica do D&D Classics. Mas não torça a cara para isso. Elfos, Anões e Halflings são muito diferentes e com habilidades únicas que os tornam totalmente diferente do esperado, valendo a pena essa peculiaridade!

Enfim, o Dungeon Crawl Classics RPG é, talvez, o meu jogo favorito de todos os tempos. Suas regras e conceitos ajudam muito a contar o tipo de história que eu me empolgo em jogar. Além disso, suas aventuras, tanto as oficiais quanto as produzidas por 3rd Parties tem sido excelentes. Isso sem falar nos vários Zines produzidos por fãs com material inspirador! Esse jogo é fantástico e com uma comunidade inigualável!

Mas e vocês? Qual o Sistema de Jogo Favorito de cada um e por que?

Esta postagem foi a nº 18 do #RPGaDay! Daqui há alguns dias eu volto falando da minha aventura publicada favorita!



Se você gostou da postagem, visite a página do Pontos de Experiência no Facebook e clique em curtir. Você pode seguir o blog no Twitter também no @diogoxp.

Nenhum comentário:

Postar um comentário