Eu já falei aqui sobre Encontros Aleatórios, a importância deles em um jogo e como eu gosto de utilizar eles nos meus jogos. Mas eu não cheguei a falar exatamente como eu faço isso em jogo. Não é tão simples e óbvio assim. Eu não simplesmente pego uma tabela qualquer e faço surgir do nada aquelas mesmas coisas sempre na frente do grupo. Acho um tanto chato e irreal toda hora você encontrar 2d4 goblins (sabe-se lá fazendo o quê?), ou 1d6 centopéias gigantes dando um "rolêzinho" na masmorra.
O que eu faço é criar cenas e encontros únicos e inseri-los em uma tabela de encontros aleatórios. Eu até incluo encontros normais, que podem se repetir com criaturas mais comuns, mas acho mais interessante essas entradas especiais, que não se repetem e podem até alterar a maneira como a aventura está progredindo ou mesmo criar "sidequests".
Algumas dessas cenas, às vezes, não tem relevância nenhuma com a aventura atual, mas são tão interessantes e divertidas (e claro, passíveis de ocorrer) que valem a pena serem incluídas na tabela. O mundo, afinal, é vivo e continua rodando independente do grupo de aventureiros que quer explorar ruínas e pilhar tumbas antigas, não é? Há personalidades e eventos interessantes ocorrendo por aí mesmo que os jogadores não estejam lá para ver (e nesse caso, se você rolar e sair justamente uma dessas cenas, eles podem estar lá na hora certa). Não é todo dia que se vê
Alguns encontros que eu crio tem até bastante a ver com a aventura, mas são coisas que podem ou não acontecer, e que podem ou não alterar significativamente a história ou a maneira como os jogadores lidam com os eventos. Alguém pode se perguntar se esse tipo de encontro não deveria sempre fazer parte da aventura e não de uma tabela de encontros aleatórios. Talvez, mas qual a graça disso? Como eu não gosto de fazer aventuras "Railroading" e os jogadores poderiam acabar não encontrar essas cenas de qualquer forma, com uma tabela de encontros eu não fico limitado a um local só para a cena também.
Um exemplo deste tipo de encontro é a fantasma da escreva na primeira aventura do Bruxos & Bárbaros. Ela pode ser encontrada em qualquer lugar da tumba, e inicialmente ela é hostil ao grupo, afinal, para ela, eles estão ali para libertar o espírito do Rei-Bruxo. Mas dependendo de como os personagens agirem, do que eles falarem, e de como tratarem o espírito, ela pode até ignorá-los ou mesmo ajudá-los com dicas valiosas. Esse é o tipo de coisa que eu estou falando.
Outra entrada que acho legal de colocar nessas tabelas de Encontros Aleatórios são eventos interessantes e estranhos. Nada que resulte em um encontro mesmo, que possa ter combate ou coisa assim, mas simplesmente coisas a serem narradas para passar um clima aos jogadores. Coisas como grunhidos e uivos distantes que causam uma sensação esquisita em suas entranhas, gosmas de cores estranhas e pulsantes escorrendo pelas paredes, gritos e choros que parecem vir de todos os lugares e coisas desse tipo.
Além disso, eu gosto de intercalar encontros que podem ser beneficiais ao grupo, outros neutros (que podem descambar para ambos os lados) e outros hostis mesmo. Muitas coisas ainda eu rolo possíveis reações (modificada pelas circunstâncias e pré-disposições das criaturas), mas de modo geral prefiro que haja oportunidade para coisas boas também. Nem todo encontro precisa terminar com algum lado perdendo PVs.
Aliás, quando ocorre encontros que potencialmente podem terminar em combate, eu acho de bom grado determinar a distância em que eles ocorrem. Não é só porque eu rolei que o grupo encontrou uma patrulha de Orcs escravagistas que eles estão a cinco metros deles. Os livros de regras normalmente tem uma jogada para determinar isso, mas na maioria das vezes eu faço isso de cabeça mesmo. Vejo se algum personagem estava prestando atenção e viu as criaturas e digo que percebem a presença delas a uma distância em que eles ainda tem a opção de fugir, tentar dialogar ou qualquer outra coisa.
Enfim, eu encaro os Encontros Aleatórios de uma maneira bem aberta e divertida de se criar aventuras também. Você fica possibilitado de ter uma história mais orgânica e diferente a cada vez que jogo, não se limitando a encontros baseados em locação ou tempo.
Se você gostou da postagem, visite a página do Pontos de Experiência no Facebook e clique em curtir. Você pode seguir o blog no Twitter também no @diogoxp.
O que eu faço é criar cenas e encontros únicos e inseri-los em uma tabela de encontros aleatórios. Eu até incluo encontros normais, que podem se repetir com criaturas mais comuns, mas acho mais interessante essas entradas especiais, que não se repetem e podem até alterar a maneira como a aventura está progredindo ou mesmo criar "sidequests".
Algumas dessas cenas, às vezes, não tem relevância nenhuma com a aventura atual, mas são tão interessantes e divertidas (e claro, passíveis de ocorrer) que valem a pena serem incluídas na tabela. O mundo, afinal, é vivo e continua rodando independente do grupo de aventureiros que quer explorar ruínas e pilhar tumbas antigas, não é? Há personalidades e eventos interessantes ocorrendo por aí mesmo que os jogadores não estejam lá para ver (e nesse caso, se você rolar e sair justamente uma dessas cenas, eles podem estar lá na hora certa). Não é todo dia que se vê
Alguns encontros que eu crio tem até bastante a ver com a aventura, mas são coisas que podem ou não acontecer, e que podem ou não alterar significativamente a história ou a maneira como os jogadores lidam com os eventos. Alguém pode se perguntar se esse tipo de encontro não deveria sempre fazer parte da aventura e não de uma tabela de encontros aleatórios. Talvez, mas qual a graça disso? Como eu não gosto de fazer aventuras "Railroading" e os jogadores poderiam acabar não encontrar essas cenas de qualquer forma, com uma tabela de encontros eu não fico limitado a um local só para a cena também.
Um exemplo deste tipo de encontro é a fantasma da escreva na primeira aventura do Bruxos & Bárbaros. Ela pode ser encontrada em qualquer lugar da tumba, e inicialmente ela é hostil ao grupo, afinal, para ela, eles estão ali para libertar o espírito do Rei-Bruxo. Mas dependendo de como os personagens agirem, do que eles falarem, e de como tratarem o espírito, ela pode até ignorá-los ou mesmo ajudá-los com dicas valiosas. Esse é o tipo de coisa que eu estou falando.
Outra entrada que acho legal de colocar nessas tabelas de Encontros Aleatórios são eventos interessantes e estranhos. Nada que resulte em um encontro mesmo, que possa ter combate ou coisa assim, mas simplesmente coisas a serem narradas para passar um clima aos jogadores. Coisas como grunhidos e uivos distantes que causam uma sensação esquisita em suas entranhas, gosmas de cores estranhas e pulsantes escorrendo pelas paredes, gritos e choros que parecem vir de todos os lugares e coisas desse tipo.
Além disso, eu gosto de intercalar encontros que podem ser beneficiais ao grupo, outros neutros (que podem descambar para ambos os lados) e outros hostis mesmo. Muitas coisas ainda eu rolo possíveis reações (modificada pelas circunstâncias e pré-disposições das criaturas), mas de modo geral prefiro que haja oportunidade para coisas boas também. Nem todo encontro precisa terminar com algum lado perdendo PVs.
Aliás, quando ocorre encontros que potencialmente podem terminar em combate, eu acho de bom grado determinar a distância em que eles ocorrem. Não é só porque eu rolei que o grupo encontrou uma patrulha de Orcs escravagistas que eles estão a cinco metros deles. Os livros de regras normalmente tem uma jogada para determinar isso, mas na maioria das vezes eu faço isso de cabeça mesmo. Vejo se algum personagem estava prestando atenção e viu as criaturas e digo que percebem a presença delas a uma distância em que eles ainda tem a opção de fugir, tentar dialogar ou qualquer outra coisa.
Enfim, eu encaro os Encontros Aleatórios de uma maneira bem aberta e divertida de se criar aventuras também. Você fica possibilitado de ter uma história mais orgânica e diferente a cada vez que jogo, não se limitando a encontros baseados em locação ou tempo.
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