quarta-feira, 1 de abril de 2015

Precisamos mesmo falar de regras quando encontramos outro RPGista?

Olá, eu sou o Jrol Lima! Quando fiz meu primeiro artigo para o Pontos de Experiência eu queria fazer algo como dar dicas para jogadores e mestre, mas ultimamente a vida de superstar desenhador de tirinhas (por favor não me agarrem) tem me deixado muito ocupado e distante da parte jogável do RPG e isso me fez sentir que os textos de dicas soariam falso. Então, como o personagem do jogador chato que é atingido pelo misterioso raio em um dia claro e sem nuvens, eu fui atingido pela lembrança do porquê que pedi ao Diogo Nogueira uma oportunidade de publicar textos aqui no site dele: Eu sentia falta de escrever!

Escrever sobre RPG sem estar mais tão ligado no assunto é quase como escrever um diário de memórias. O fato de não jogar e quase não ler livros do assunto me fazem um RPGistas mais de “antigamente”, um de lembranças, porém isso não faz com que eu deixe de ser um jogador, mestre e apreciador.

Por conta desse meu afastamento não sou grande conhecedor de sistemas. Basicamente eu domino naturalmente apenas dois: o finado AD&D (nunca consegui abandonar ele pros D&Ds mais novos) que joguei por mais de uma década e o Daemon (que sempre me fazia cair na página daquele emulador de disco quando procurava por algo sobre ele na internet). Outros como Storyteller, D20 System e GURPS conheço apenas o fundamental, entretanto isso não me faz sentir menos ou mais RPGista que ninguém. Por anos fique limitado financeiramente a esses dois, mas nunca me senti limitado, sabem? Eles eram suficientes para contar todas as histórias que eu queria.

Porém o que acontecia quando eu encontrava um jogador de outro sistema? Obviamente a gente conversava (dã!), mas eu sempre ficava deslocado. Por que? Porque quando RPGistas se encontram eles falam de regras. Talvez não sempre, mas é natural sim e nem precisa ser chato pra fazer isso, pois na maioria das vezes acontece inconscientemente pela euforia de encontrar outro que compartilha o mesmo gosto (tipo quando você encontra outra pessoa que também gosta de sanduíche de requeijão e geleia de amora e vocês compartilham receitas incríveis de sanduíches parecidos).

Gosto de pensar no RPG como o estilo de música “metal”. Por mais que diversas pessoas ouçam metal, há inúmeras vertentes e achar que todos os fãs conhecem todas as bandas de cada uma dessas vertentes é ser inocente.

Com o RPG acontece a mesma coisa. Por mais que eu goste de RPG, é entendiante quando alguém vem falar comigo sobre o desenrolar de suas aventuras e começa a me sobrecarregar de regras e termologias que eu não faço ideia e já deixei explícito na conversa que não as conheço (e talvez nem queira conhecer). Eu quero ouvir histórias; momentos engraçados; vilões incríveis; interpretações memoráveis... E até quero que me explique sobre o jogo como se eu fosse um novato, mas por favor, não chegue conversando achando que eu sou o Sheldon Cooper do RPG.

Façam o favor a vocês mesmos: evitem conversar sobre regras com gente que conheceu a pouco tempo ou com aquele amigo que também joga, mas não joga o mesmo sistema que vocês. Às vezes isso o afasta mais do que imaginam. Deem preferência a compartilhar conteúdo e se a pessoa mostrar que domina bem a parte física do jogo... Aí sim dá pra partir para os finalmente dos jargões sem culpa.

Se você gostou da postagem, visite a página do Pontos de Experiência no Facebook e clique em curtir. Você pode seguir o blog no Twitter também no @diogoxp.

Nenhum comentário:

Postar um comentário