segunda-feira, 6 de maio de 2013

O que o RPG fez para mim?

O meu primeiro RPG
Há alguns dias, um jornal de Vitória publicou uma matéria um tanto infeliz. Um menino de 16 anos cometeu suicídio e, aparentemente, disseram que ele tinha se envolvido com uma seita satânica ou algo assim. O jornal, então, fez uma reportagem para alertar os pais de possíveis seitas que seus filhos podiam se envolver e os perigos por trás delas. Seja lá por qual motivo (desinformação, má fé, simples burrice), o RPG foi citado como uma seita que pudesse levar uma pessoa a cometer esse tipo de ato. Não demorou muito para que centenas de pessoas se mobilizassem na internet, enviando mensagens para o jornal (uma tão infelizes quanto a matéria, infelizmente). Dias depois o jornal se retratou, desassociando o RPG do satanismo, e publicando o depoimento de algumas pessoas.

Eu não participei da movimentação, admito. Achei tão absurdo e ridículo que fiquei parado. Mas acho que deveria ter feito algo, e é sobre isso que é essa postagem. Quero fazer o inverso que o artigo, mas falando sobre minha experiência pessoal. Eu já escrevi uma postagem falando dos diversos benefícios que o RPG pode trazer a uma pessoa, mas essa será sobre os benefícios que ele trouxe à minha pessoa.

Bem, eu comecei a jogar RPG lá por 1994, quando eu tinha 10 anos. Eu sempre fui uma criança muito introvertida, tímida, e não tinha lá muitos amigos. Passava boa parte do meu tempo, mesmo no recreio, com um caderno na mão, desenhando. Eu costumava ler quadrinhos na época, mas livros, muito raramente. Daí descobri os livros-jogos com um menino que acabou virando meu amigo. Tudo bem que eles não eram literatura clássica, mas eram alguma coisa, e eu comecei a me interessar por livros.

Mais tarde, no mesmo ano, um vizinho mais velho do meu prédio veio me apresentar um tal de Tagmar, que, segundo ele, era tipo os livros-jogos, só que melhor ainda, já que você podia fazer qualquer coisa, e não só escolher as opções que o livro lhe dava. Achei um tanto estranho, como um livro só poderia fazer tudo isso, mas resolvi experimentar. Foi uma experiência fantástica e envolvente. Era como estar vivenciando um filme, só que você era o protagonista e não tinha roteiro, a liberdade era total. Meu primeiro personagem, obviamente, morreu, e a gente fez até uma cerimônia, enterrando a ficha no jardinzinho do prédio em que morava. De qualquer forma, esse novo jogo me fez ficar amigo de duas pessoas no meu prédio que eu mal conhecia e, talvez, dificilmente ficaria amigo deles de outra forma.

Outra coisa que o jogo fez, foi me dar vontade de conhecer mais sobre ele. Acabei descobrindo que existiam outros RPGs, e ouvi falar de um tal de Dungeons & Dragons, que fora o primeiro a ser criado, e, por coincidência, tinha sido lançado há pouco tempo pela Grow, em uma caixa super maneira, cheia de acessórios, mapas, e dados. Implorei para meus pais, e acabei ganhando a caixa. Em pouco tempo eu tinha lido uma boa parte dela e estava pronto para jogar. Só tinha um problema, eu não tinha lido todo o material e não entendia completamente as regras.

Mas os jogos não sofreram em nada com isso, pelo menos para nós. O importante era se divertir e se aventurar por masmorras cheias de coisas estranhas e fantásticas. Inventávamos regras na hora que precisávamos delas, e isso me fez aprender a improvisar e pensar rápido para resolver impasses. Isso só foi se aprimorando com o tempo, e garanto que tem muitas aplicações fora da mesa de jogo.

Daí em diante, fui me interessando cada vez mais pelo jogo, e fui conhecendo mais e mais pessoas por causa dele. Algumas que já jogavam, outras que iam se interessando em descobrir o que era esse tal de RPG. Sendo um jogo social, você não costuma jogar sozinho, e cooperativo, ele foi importantíssimo para aprender a viver em grupo e dividir as coisas. É como um esporte, entendem? Tive que aprender a ir perdendo minha timidez e me acostumar a falar em público, e o RPG me ajudou a fazer isso.

Com o interesse por esse jogo crescente, era natural que eu me interessasse em conhecer mais jogos, mais livros. Na época tinha uma revista por aqui, a saudosa Dragão Brasil, que trazia matérias e informações sobre vários jogos, me apresentando o GURPS, Hero Quest, AD&D e tantos outros (sem contar que me fez sentir que havia muitas outras pessoas que gostavam das mesmas coisas que eu, fazendo parte de um grupo). Mas, como no Brasil o jogo ainda era bastante desconhecido, com pouco material na nossa língua, eu me aventurei em comprar livros em inglês. No início era uma leitura bem lenta e confusa, com dicionário do lado, mas a vontade de conhecer mais e entender mais me incentivou a estudar bem esse idioma, e não parei mais. O RPG me ajudou a aprender inglês, me incentivando, e até hoje as pessoas se surpreendem como eu sei um vocabulário bem extenso, graças a esse jogo.

Mas eu não lia só livros de RPGs. Muitos desses jogos são baseados em literatura normal, e devido a natureza do jogo, que é a de criar histórias, nada mais normal do que eu procurar conhecer essa literatura para conseguir jogar "melhor". Quanto mais histórias conhecesse, melhor entenderia o clima dos mundos imaginários, mais fácil teria ideias sobre aventuras, pessoas e outras coisas ligadas ao jogo. Conheci o J.R.R. Tolkien, Robert E. Howard, Edgar R. Burroughs, Lin Carter, H.P. Lovecraft, Clark Ashton Smith, Jack Vance, e vários outros. Me interessei por literatura de ficção, literatura histórica, de fantasia, e em livros em geral. Não consigo ir a um Shopping sem dar uma espiada em alguma livraria para ver o que tem por lá, se acho algum livro interessante, e estou sempre descobrindo novos autores.

Em falar nisso, como o jogo é basicamente um processo criativo de criar histórias, eu acabei me tornando um autor também, além de ilustrador (lembra como eu disse que ficava desenhando quando criança? Pois é, não parei até hoje). Publiquei um livro infantil em 2008, chamando Bicho-Homem, pela editora Callis, e hoje estou escrevendo meu próprio RPG, o Bruxos & Bárbaros, além, é claro, de manter esse blog, que já me deu a chance de conhecer uma porção de gente legal.

Enfim, eu não sei quanto a vocês, mas uma maneira de desmentirmos essas reportagens absurdas e desinformadas pode ser falarmos abertamente sobre o que o RPG fez por nós. Ele com certeza me ajudou a ser uma pessoa mais sociável (eu era pior do que eu já sou, me recusando a chamar professora de tia na escola e dar a mão para ela na filinha); me incentivou a aprender outras línguas; fez eu me interessar por livros, literatura; possivelmente me fez ter maior facilidade com matemática, já que várias regras desses jogos envolvem operações matemáticas e probabilidade; me ajudou a pensar rápido, improvisar, e criar soluções novas para diversos problemas; me incentivou a escrever; isso tudo me divertindo bastante e fazendo amigos.

E com vocês? Possuem alguma coisa a dizer sobre o papel desse jogo na vida de vocês? Ou ele não passou  de passa-tempo, sem nenhum impacto significativo na sua vida (além de espantar possíveis namoradas/namorados)?

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39 comentários:

  1. Conheço um casal que acabou de ter um filho LINDO, e eles se conheceram na internet, procurando pessoas para jogar RPG =) Então isso desmente a teoria de RPG espantar namoradas!!

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    1. Pois é. Não espantou você, né amor? Mas já tive namorada que se afastou por causa disso. Das pessoas falando "aí, você tá com ele? Ele joga RPG...".

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  2. Belo post Diogo.

    Eu também tive ganhos pessoais através do RPG. Perdi muito da minha timidez e introversão. Melhorei muito de uma gagueira que me incomodova há um certo tempo, e fiz bons amigos no processo.

    Sempre que alguém me pergunta ou ouço falar sobre os "malefícios" do RPG, já me prontifico a explicar sobre o que se trata na verdade.

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    1. Isso aí, poderíamos criar uma campanha de RPGístas fazendo depoimentos sobre o jogo, o que acha?

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    2. Realmente um ótimo post.

      Eu sofro de um gagueira chata também, já faz um certo tempo... o que acaba me frustrando muito, já que eu sempre quero ser mestre quando eventualmente jogo (e estou sempre cheio de ideias).

      Pode parecer até exagero, mas além dos benefícios citados no post, eu também me tornei mais tolerante. Passei a ponderar mais as opiniões diferentes e respeitar mais culturas distintas (tá, eu ainda tenho preconceito em relação aos elfos, rsrs).

      Tenho acompanhado o blog e aproveito para dar os parabéns pelo material de excelente qualidade. Que sua barba nunca fique rala Diogo!

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    3. Mas é a mais pura verdade, Leonardo. Sendo um jogo social, nos acabamos entrando em contato com diferentes pessoas, pessoas que, as vezes, jamais teríamos contato fora do jogo. Aprendemos a conviver com diversos tipos e respeitar mais o próximo.

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  3. Ótimo texto. O RPG, além da diversão e dos amigos para toda a vida me proporcionou estímulo e material para meu mestrado em psicologia. Inclusive eu penso minha dissertação como uma espécie de "agradecimento" ao rpg, por tudo que ele me deu e ainda me dá, sem pedir nada em troca. Sou da região da Grande Vitória e pude acompanhar a bobagem do jornal e a devida reação dos rpgistas e simpatizantes. Não acho que esse tipo de coisa irá acabar tão cedo. O próprio jornal que publicou a matéria me entrevistou há alguns anos atráse eu falei bastante coisa sobre RPG, ou seja, eles não observam nem o próprio banco de dados. Triste.

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    1. É uma pena. A irresponsabilidade e falta de profissionalismo é algo que se prolifera nas mídias. Mas acho que se cada um de nós se der ao trabalho de falar a verdade sobre o jogo, sem ofender ninguém, falando dos benefícios que esses jogos trazem, quem sabe mais gente acaba se informando.

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  4. Ótimo post.

    Não conheci o RPG tão jovem quanto você, mas sofria de problemas semelhantes, como a timidez e a preguiça de ler. Também aprendi inglês com muita ajuda do RPG, e até me formei professor de inglês recentemente, e mais defendendo meu TCC que tratava do uso do RPG para o ensino de inglês.

    É triste ver por aí o que as pessoas inventam para prejudicar o nosso hobby, que diferente do que pensam, trás muitos benefícios para o indivíduo e para a sociedade também. Jovens e adultos que jogam RPG não estão por aí se drogando ou causando o mal, estão se reunindo com os amigos e contando histórias. É muito lindo isso. :D

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    1. Pois é. É uma pena que muita gente não se dê ao trabalho de conhecer o hobby antes de falar mal dele. O diferente assusta né? Lembro da postagem que fiz sobre a carta do filho à falecida mãe que comprou os livros de AD&D para ele, mesmo com toda a vizinhança falando que era um jogo do demônio. A mãe comprou o livro e leu ele todo antes de dar ao filho. Entregou com um bilhete: "Leia bem, este livro vai fazer bem a você."

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  5. Algo bem semelhante aconteceu comigo também, sua história no RPG parece com a minha.

    O primeiro livro-jogo na infância, o RPG "complexo" e as regras simplificadas, os novos "amiguinhos", a leitura e interesse por literatura, o improvement do inglês...

    Eu ri do enterro do personagem! :D

    Acho que se não tivesse conhecido o RPG, hj eu seria uma pessoa bem diferente do que sou e tenho a impressão que vc também seria.

    Bendito seja o RPG!

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    1. Acho que todos nós né? Mas gosto de pensar que mudamos para melhor.

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  6. Essencailmente: amigos, facilitou a minha vida social (eu era muito tímido), e aprendi inglês lendo livros de RPG importados. Hoje leio qualquer coisa em inglês com muita fluência.

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    1. Eu também, hoje em dia prefiro ler os livros até no idioma original do que um traduzido. Muitas vezes ocorre perda de significados.

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  7. Primeiro quero parabenizar o Diogo sobre esse artigo super bacana!!!
    Lê-lo, foi como ler cenas de minha infância.

    Bem, eu acho que o RPG, como qualquer outra coisa, pode ser benéfico ou maléfico. Bem, não digo realmente o jogo, mas como as pessoas que jogam o vêem.

    Tenho vários amigos que jogavam/jogam e são pessoas normais, aprenderam muito, conheceram o gosto pela leitura e desenvolveram aptidões não possuidas, como improvisos e raciocínio rápido.

    Por outro lado, conheço pessoas que não possuem nenhum perfil para o jogo, pois são pessoas que já possuiam um histórico meio duvidoso, ou algum tipo de desequilíbrio. Nestes casos sim, vai acontecer alguma coisa errada.

    A experiência narrada pelo nosso amigo Diogo é familiar para várias pessoas que eu conheço, principalmente pra mim que passei por todas as fases de curiosidade, aprendi a ler um livro de forma prazerosa, entre outras várias vontades.

    Aproveitando, gostei muito do blog. Não o conhecia e bem nesse artigo vim a conhecê-lo. Parabéns pelo belo trabalho.

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    1. Isso é verdade, pessoas problemáticas serão problemáticas em qualquer meio. Mas se tiverem um grupo coeso, centrado, ele é bem capaz de ajudar ela a superar esses problemas, fazendo-a sentir-se parte de uma coisa maior, não acha?

      Mas se o grupo for todo problemático, aí não tem jeito. Mesmo se jogassem futebol teríamos problemas.

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  8. Nossa! B em parecida com a minha história com o RPG. Eu tbm era mt tímida e o rpg ajudou a me soltar mais e falar em público. Comecei a ler beeeeem mais, meu interesse por História e Geográfia dobrou. Da criatividade e imaginação nem se fala, nee.
    Creio piamente que o RPG me fez alguem melhor.

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    1. Que legal! A história de muitos nós, principalmente aqueles que começaram a jogar nos anos 90 é bem parecida né?

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  9. Com o RPG de D&D eu aprendi a ter menos medo de qualquer bobagem. Sempre me senti uma pessoa fraca perto de todas as outras, mas no D&D eu era uma guerreira lutando com uma espada larga e destruindo Orcs e outras criaturas. D&D me deu mais coragem para enfrentar coisas que antes eu simplesmente tinha medo. Com Storyteller, pude ter a experiência de observar a sociedade de uma forma diferente, analisar as pessoas além daquilo que elas mostram em seu exterior, e aprender a "interpretar", ou mesmo agir de acordo com o que a situação exige. Isso sem contar nas diversas pesquisas e leituras que ambos os estilos de RPG me "incentivaram". Comecei a ler coisas simplesmente para aprender mais sobre a época medieval, ou sobre os períodos históricos da humanidade, que além de aumentar meu conhecimento, também me ajudaram muito em época de provas na escola. Tomo o RPG por diversão e, para aqueles que realmente se interessam, por aprendizado.

    PS: Comecei a jogar com 13 anos, em 2009.

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    1. Fantástico Josie. É verdade, cada jogo ensina algo para gente, nos apresenta uma outra visão, de um outro ângulo. É enriquecedor.

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  10. Parabéns pelo artigo, muito bem escrito, e tirando o fato de que nunca fui tímida, me senti revisitando a minha trajetória como jogadora de RPG, pois me identifiquei com todas as vantagens que você adquiriu com o RPG, e hoje, após 21 anos jogando, acrescento a que talvez hoje, para mim, seja a maior vantagem do RPG, eu tenho um filho de 15 anos, que joga RPG desde os 10 anos, e sempre compartilhamos algumas mesas, e poder dividir um universo com um filho adolescente, é mágico, e muito benéfico para nós dois, além de render material para horas de interação entre nós, que talvez de outra forma, não ocorresse tão facilmente, devido à diversidade dos interesses. Li várias postagens do Blog, e gostei de todas, estarei sempre divulgando, Parabéns!

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    1. Pollyanny, antes de mais nada, valeu pela visita. Nossa, mal espero para ter meu filho/filha e poder dividir esses momentos com ele também.

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  11. Eu gostaria de escrever um texto tão grande quanto o do Daniel, pois com certeza eu tive muitos benefícios como o amor pela leitura, escrita e exercer a minha criatividade. Mas o que eu gostaria de relatar é que como ilustrador o RPG me fez retornar ao desenho.
    Eu sempre desenhei, desde criança. Só que sei lá, eu desenhava pra mim. Quando conheci o RPG eu comecei a desenhar pros outros. Saí da minha zona de conforto e comecei a mostrar meus desenhos pras pessoas e essas pediam desenhos dos seus personagens.
    Isso foi só o começo.
    Hoje eu ganho a vida como ilustrador (sim, pago meu aluguel, comida, luz, agua e minhas miniaturas). E olha só, tenho uma editora de... RPG!!!! (Unza)

    Vivendo o sonho, baby!

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    1. Fantástico Madia! Trabalhar com isso é um sonho. Eu ainda não consigo, mas estou caminhando. Já fiz alguns trabalhos e estou escrevendo o meu jogo. Vamos ver onde isso vai.

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  12. Eu conheci o RPG já tinha uns 16 ou 17 e me apaixonei já gostava muito do mundo de fantasia por causa dos livros só não jogo muito por que não tenho um grupo e aqui na minha cidade não tem muita gente que joga, espantar possíveis namorados é boa e pura verdade principalmente para as meninas por que os carinhas não gostam muito quando uma garota joga mais que eles ficam perplexos rsrs, amei o post parabéns

    bjos

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    1. É uma pena Taty. Eu já perdi "namoradas" assim também. Mas quanto a um grupo, já tentou jogar na internet?

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    2. Então uma vez eu tentei mas não gostei muito por que tudo era meio pre programado, eu gosto mesmo de sentar em grupo jogar os dados e curtir a estoria as vezes jogo com minhas amigas mas elas estão perdendo o interesse infelizmente

      bjos

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    3. Então, não estou falando de Games não, como World of Warcraft e tal, mas tipo jogar com Skype ou Google Hangouts, conversando com as pessoas, rolando dados virtuais, com fichas e tudo mais. Como se fosse uma video-conferencia mas com ferramentas para jogo.

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    4. Então nunca procurei um grupo assim na net até ouvi falar que tinha mas acabei me desinteressando de procurar, hum mas deve ser maneiro jogar desse jeito tem vídeo e tudo ai deve ficar legal você joga assim?

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    5. Já joguei algumas vezes, mas se reunir em uma mesa de verdade ainda é melhor, realmente. No mês passado tem uma postagem do Bate-Papo RPG que começamos a jogar Este Corpo Mortal. Dá para ter uma ideia de como é. Tem outra falando do roll20, que é um aplicativo do Google Hangouts para jogar.

      O lance de jogar na internet é que o pessoal tem que estar comprometido, e focado (porque é muito fácil se desconcentrar na internet).

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  13. São inúmeras as vantagens de ter jogado rpg a vida inteira. Acredito que você cobriu bem a maioria delas. Lembro como se fosse hoje da época que começaram a explodir as matérias preconceituosas com o RPG, e meu pai começou a mandar voltar pra casa quando eu ia jogar. Passei muuuuuuuito tempo explicando pra ele que era tudo besteira e mentira, coisa de revista veja. Parabéns pelo texto.

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    1. Ah bem lembrado eu tive uma época assim sentei com minha mãe e expliquei que não ia matar ninguém e nem iria cometer suicídio rsrs, ai acabou que minha casa virou o centro dos jogos por que minha mãe deixava a gente jogar até de madrugada hehe

      bjos

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    2. Lembro quando minha mãe viu meu Livro de Nod e pirou na batatinha! hahahahahaha

      Demorou para eu explicar que era tudo brincadeira.

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  14. Véi legal demais sua matéria. Comecei RPG tarde com 23 anos, hoje estou com 39, casada com um rpgista, com irmão rpgista, 2 filhos que acho devem se tornar rpgistas e com duas mesas fixas de RPG com uma galera que joga junta em sua maioria há pelo menos 10 anos. Mesmo contra todas as críticas que recebi durante este percurso, RPG fez um bem danado pra mim, como forma de espantar o stress do dia a dia, de incentivo para socialização e desenvolvimento criativo.

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    1. Sem dúvida, nada melhor do que uma atividade para livrar-se do estresse do dia-a-dia. Se ela te ajuda a crescer como pessoa então, melhor ainda, né?

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  15. Eu particularmente adoro jogar. Eu até conheci minha namorada em uma mesa de RPG!

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  16. Por causa do RPG eu aprendi inglês!
    Por causa do RPG eu aprendi a gostar de ler e posteriormente me viciei no hábito da leitura!
    Por causa do RPG eu conheci pessoas fantásticas! Pessoas que hoje tenho como verdadeiros irmãos!
    Por causa do RPG desde 1999 eu mato meu ócio!
    Por causa do RPG eu desenvolvi muito o meu lado criativo!
    Por causa do RPG eu aprendi a falar em público!
    Por causa do RPG hoje eu sou uma pessoa muito mais inteligente e com uma visão de mundo muito melhor!
    O RPG com certeza mudou minha vida em vários aspectos e sou grato por isso.
    O RPG apresenta a quem o procura um mundo de possibilidades que excede às sessões de jogo, que excede inclusive os conceitos básicos do RPG.
    P.S. Diogo, você sempre com as suas campanhas!
    A próxima será política?
    rsrsrsrss. Brincadeira, mas parabéns pela matéria e por estar sempre movimentando a comunidade dos blogs de rpg. Você tem meu total apoio em mais esta empreitada!

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  17. Também comecei com o Tagmar, que tempo bom era aquele. Tb foi graças ao RPG que me interessei pela leitura, além é claro das amizades que permanecem desde aquele tempo. Muito melhor do que qq video game.

    abs

    JJ

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  18. O que o RPG fez por mim? Me deu mais amigos do que posso agradecer. E isso já basta.

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