Há alguns dias eu postei aqui um artigo sobre perícias e habilidades em jogos como D&D, d20, Old Dragon e similares. Um jeito diferente de lidar com perícias e características de personagens sem modificar muito o sistema, apenas permitindo re-rolagens e sucessos automáticos.
Hoje, no entanto, vou apresentar um outro método de fazer os famosos testes de atributos. De maneira geral, principalmente nos jogos influenciados pelo OSR (Old School Revival), quando alguém tenta realizar uma ação passível de falha, é feito um teste de atributo (pois geralmente não há perícias específicas). Geralmente, esse teste de atributo consiste em rolar 1d20 ou 2d10 e verificar se o resultado é igual ou menor que o valor do atributo em questão. Nas versões mais recentes do D&D, as perícias é que são testadas, mas elas são baseadas nos atributos (seu bônus e penalidades) e outros modificadores. Rola-se um d20 e soma-se, ou subtraem-se, números para atingir ou superar um valor alvo de dificuldade. Acaba, que no final das contas, rola-se o d20 para praticamente tudo, o que para muitas pessoas é uma vantagem, porque simplifica o sistema e o uniformiza em relação a resolução de ações. Entretanto, para mim, que gosta de usar todos os meus dados, acho que caberia uma abordagem diferente para os testes de atributo.
Método D6 de Testes de Atributos: Os atributos dos personagens são, normalmente, gerados rolando-se 3d6 e somando os resultados. Isso gera números entre 3 a 18, tendendo, pela curva estatística, a resultados entre 9 a 11. Assim, nada mais natural que os testes utilizem os mesmos 3d6, tendo que, para ser bem sucedido em uma ação, o resultado deve ficar abaixo do valor do atributo. Isso, novamente, vai gerar resultados que tendem a 9, 10 e 11, que caracteriza uma performance relativamente regular, com possibilidade de se atuar acima ou abaixo do padrão (que é o normal, certo?). Um resultado igual a 3 (três 1s) seria sempre um sucesso e um resultado igual a 18 (três 6s) seria sempre um falha.
Dificuldades Variadas: Uma coisa que sempre achei que faltava no sistema normal de testes de atributos (os de rolar 1d20 para ver se fica abaixo do atributo) era a não diferenciação de dificuldades das tarefas. É claro que cada narrador pode colocar alguns redutores para os testes que acharem mais difíceis ou mais fáceis. Não vou negar que isso funciona, mas como eu disse, gosto de usar dados diferentes para coisas diferentes. Sem contar que quanto rolamos os 3d6, geramos resultados que tendem para um média, que caracteriza uma performance mais regular, como disse anteriormente. Assim, para regular os níveis de dificuldade, podemos adotar as quantidades de d6s rolados. Para testes de dificuldade moderada (padrão), rolam-se 3d6. Assim, aqueles personagens com um atributo extremamente altos (17 e 18) quase sempre serão bem sucedidos, já que eles estão entre aqueles em que são os melhores naquela categoria. Já para testes de com um dificuldade maior, rolariam-se 4d6, tornando a tarefa um pouco mais complicada para esses personagens com atributos muito altos e mais difícil para aqueles com valores médios. Para tarafes ainda mais desafiadoras rolariam-se 5d6 ou até mesmo 6d6 (tarefas extremamente difíceis). Da mesma forma, tarefas fáceis poderiam ser rolados 2d6, mas como elas não apresentam muitos desafios só seria necessário testá-las em situações muito tensas, em meio a combates e outras coisas.
Especializações e Características: Para aproveitar aquele artigo que escrevi sobre um sistema alternativo de perícias, pode-se especificar que os personagens que conseguirem invocar uma dessas características para o testes podem diminuir um dado do teste. Assim, para um chaveiro, um teste para consertar a fechadura de uma porta que seria difícil, é considerado moderado, por exemplo. Ainda vale a alternativa de "gastar" a característica pela aventura para obter um sucesso automático (mesmo em um teste de dificuldade extremamente alta).
Bem, acho que é isso. Algumas pessoas podem estar pensando que sou meio maluco de ficar propondo maneiras diferentes de fazer a mesma coisa. Mas acho que é um exercício legal para quem quem gosta de brincar com sistemas de regras e, quem sabe um dia, fazer o seu próprio. Aliás, esse é um plano meu, para o futuro.
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Eu estava precisando exatamente disso.
ResponderExcluirEstava até desenvolvendo algo relacionado ao d6.
Não sei, achei interessante, refletirei a respeito, mas gosto da sistemática do OD de rolar atributo com d20 '-'
ResponderExcluirÉ uma alternativa. Não estou dizendo que o método normal é errado, mas apresentando algo diferente que tem uma fundamentação legal e deixa você rolar outros dados em situações que não sejam só quando acerta com uma espada curta. :D
ExcluirJá vi alternativas que usam dados diferentes, como o 2d10, e até mesmo os outros decaedros, algo como 10+1d8, criando assim uma barreira para a "pescada" da tentativa do pior atributo. Gostei do post aliás.
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