Aventureiros não pagam INSS, mas sem dúvida, um dia, vão querer se aposentar. Pelo menos os aventureiros das clássicas edições dos jogos de fantasia, que buscam por fama, fortuna, glória, e prazeres. Chega uma certa época em que não vale mais a pena arriscar seu pescoço em masmorras imundas infestadas de mortos-vivos quando se alcançou tudo aquilo que desejava, e até um pouco mais. As vezes pode rolar até aquela frase clássica: Estou velho demais pra isso.
Em jogos em que os personagens forjam seus próprios objetivos e as ambições e desejos deles guiam mais as aventuras do que a necessidade de se salvar a princesa do dragão, e a vila dos malvados goblinoides, existe uma certe dificuldade em se determinar quando a campanha chegou ao fim para certos personagens (nas campanhas mais heroicas onde o objetivo do jogo desde os primeiros níveis era acabar com o terrível Imperador do Mal, a vitória do grupo contra ele determina esse fim). No entanto, é necessário pararmos para pensar em quando é recomendável que o personagem se aposente.
Personagens de RPG são, normalmente, pessoas ambiciosas, que desejam muito mais do que a "vida normal" pode oferecer-lhes. Eles querem riquezas, farturas, glória, fama, fortuna, poder, e qualquer outra cosia capaz de impulsionar o espírito humano. E geralmente são ambições que não são facilmente saciadas. Não basta uma sacola cheia de moedas de ouro, até porque esses aventureiros costuma gastar isso, se bobear, em uma noite. A fortuna deve ser tão vasta que ele possa desfrutar dela sem se preocupar, e por isso a constante vida de aventureiro.
Isso, de maneira geral, nas edições clássicas acontecia por volta do 10º ao 12º nível, na maioria das vezes, quando o jogo mudava de perspectiva, saindo da exploração de lugares e masmorras antigas em busca de tesouros para a administração de domínios e coisas do tipo. Para muitas pessoas esse não é o tipo de jogo que as agrada, e elas preferem continuar a velha vida de "murder hobbos" com seus Lordes, Arqui-Magos, e outras coisas (mas também não vão poder reclamar se seus queridinhos morrerem). Mas chega uma hora que esses personagens já não possuem mais tantas razões para continuar se aventurando, e existe um certo charme em explorar buracos sujos cheios de armadilhas mortais com personagens com 5 PVs.
Então que tal incentivarmos um pouco essa aposentadoria aventureira? É claro que vez ou outra esses personagens podem voltar a ativa para alguma atividade especial, mas de maneira geral eles deixariam de ser o foco do jogo, permitindo uma nova ordem de "ladrões de tumba" aparecer e explorar o mundo modificado pelos atuais figurões.
Ficando Famosos: Os personagens que se aposentarem se tornam famosos no cenário de campanha (pelo menos por onde ele passou) e muitos aventureiros o tomam como exemplo do que podem alcançar. O mestre do jogo guarda a ficha do personagem em uma pasta especial, prometendo não transformar ela em bolinha de papel para o seu gato brincar (eu faço isso com os personagens que morrem). Agora o personagem se torna parte do jogo definitivamente, tendo impactado o mundo e deixado sua marca.
Convidados Especiais: Além disso, ele pode se tornar um NPC participativo na história, e o mestre promete não matar eles sem qualquer motivo, tendo-lhes assegurado uma vida relativamente boa e tranquila. Eles podem fazer o que quer que eles quiserem de acordo com a personalidade de cada um (abrir uma taverna, ficar vagando pelo mundo, construindo uma torre para devorar livros). O mais interessante é que algumas aventuras pode contar com a participação deles, como mentores ou mesmo patronos do grupo, contratando-os para fazer alguns serviços que ele não acha que está disposto a perder tempo ou se arriscar fazendo.
Herança: Os personagens que se aposentarem podem ter herdeiros, filhos, aprendizes, e outras pessoas que podem aprender com ele e receber presentes. O mestre do jogo pode permitir que até 10% do XP e dos Tesouros acumulados pelo personagem aposentado sejam "doados" para novo aventureiro. É importante, no entanto, se manter consistente e atento que o "vovô" ainda está vivo e não se desfará de seus melhores itens sem um bom motivo.
Invocar Aliado: Para cada dois ou três níveis que o personagem aposentado alcançou o jogador que o controlava ganha uma invocação dele para interferir nas aventuras do novo jogador de uma forma que faça sentido (limitado a uma vez por aventura). Esta é uma forma de ainda deixar o personagem antigo vivo e participativo, sem tirar o foco do novo grupo de aventureiros.
Legado: Uma outra forma de incentivar ainda mais a opções pode se aposentar é criar um benefício maior para os personagens vindouros. Quem sabe para cada 3 níveis alcançados pelo antigo personagem o jogador tem direito a uma rerrolagem de atributo, ou jogar 4d6 tirando o menor ao invés de 3d6, ou mesmo a troca de um valor de atributo por outro.
Enfim, em uma campanha mais voltada para o estilo "Sandbox" onde os personagens e os jogadores definem o que querem fazer, e quando fazer (sem um arco centrar que move a história em uma direção e objetivo específicos), a possibilidade e oportunidade de um aventureiro se aposentar depois de conquistar o que desejavam é uma grande vitória. O personagem tem um final digno e merecido, ainda se mantendo no cenário de campanha com o destaque merecido. Na mesa de vocês isso aconteceu alguma vez? Qual participação esses personagens aposentados tiveram no jogo depois?
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Em jogos em que os personagens forjam seus próprios objetivos e as ambições e desejos deles guiam mais as aventuras do que a necessidade de se salvar a princesa do dragão, e a vila dos malvados goblinoides, existe uma certe dificuldade em se determinar quando a campanha chegou ao fim para certos personagens (nas campanhas mais heroicas onde o objetivo do jogo desde os primeiros níveis era acabar com o terrível Imperador do Mal, a vitória do grupo contra ele determina esse fim). No entanto, é necessário pararmos para pensar em quando é recomendável que o personagem se aposente.
Personagens de RPG são, normalmente, pessoas ambiciosas, que desejam muito mais do que a "vida normal" pode oferecer-lhes. Eles querem riquezas, farturas, glória, fama, fortuna, poder, e qualquer outra cosia capaz de impulsionar o espírito humano. E geralmente são ambições que não são facilmente saciadas. Não basta uma sacola cheia de moedas de ouro, até porque esses aventureiros costuma gastar isso, se bobear, em uma noite. A fortuna deve ser tão vasta que ele possa desfrutar dela sem se preocupar, e por isso a constante vida de aventureiro.
Isso, de maneira geral, nas edições clássicas acontecia por volta do 10º ao 12º nível, na maioria das vezes, quando o jogo mudava de perspectiva, saindo da exploração de lugares e masmorras antigas em busca de tesouros para a administração de domínios e coisas do tipo. Para muitas pessoas esse não é o tipo de jogo que as agrada, e elas preferem continuar a velha vida de "murder hobbos" com seus Lordes, Arqui-Magos, e outras coisas (mas também não vão poder reclamar se seus queridinhos morrerem). Mas chega uma hora que esses personagens já não possuem mais tantas razões para continuar se aventurando, e existe um certo charme em explorar buracos sujos cheios de armadilhas mortais com personagens com 5 PVs.
Então que tal incentivarmos um pouco essa aposentadoria aventureira? É claro que vez ou outra esses personagens podem voltar a ativa para alguma atividade especial, mas de maneira geral eles deixariam de ser o foco do jogo, permitindo uma nova ordem de "ladrões de tumba" aparecer e explorar o mundo modificado pelos atuais figurões.
Ficando Famosos: Os personagens que se aposentarem se tornam famosos no cenário de campanha (pelo menos por onde ele passou) e muitos aventureiros o tomam como exemplo do que podem alcançar. O mestre do jogo guarda a ficha do personagem em uma pasta especial, prometendo não transformar ela em bolinha de papel para o seu gato brincar (eu faço isso com os personagens que morrem). Agora o personagem se torna parte do jogo definitivamente, tendo impactado o mundo e deixado sua marca.
Convidados Especiais: Além disso, ele pode se tornar um NPC participativo na história, e o mestre promete não matar eles sem qualquer motivo, tendo-lhes assegurado uma vida relativamente boa e tranquila. Eles podem fazer o que quer que eles quiserem de acordo com a personalidade de cada um (abrir uma taverna, ficar vagando pelo mundo, construindo uma torre para devorar livros). O mais interessante é que algumas aventuras pode contar com a participação deles, como mentores ou mesmo patronos do grupo, contratando-os para fazer alguns serviços que ele não acha que está disposto a perder tempo ou se arriscar fazendo.
Herança: Os personagens que se aposentarem podem ter herdeiros, filhos, aprendizes, e outras pessoas que podem aprender com ele e receber presentes. O mestre do jogo pode permitir que até 10% do XP e dos Tesouros acumulados pelo personagem aposentado sejam "doados" para novo aventureiro. É importante, no entanto, se manter consistente e atento que o "vovô" ainda está vivo e não se desfará de seus melhores itens sem um bom motivo.
Invocar Aliado: Para cada dois ou três níveis que o personagem aposentado alcançou o jogador que o controlava ganha uma invocação dele para interferir nas aventuras do novo jogador de uma forma que faça sentido (limitado a uma vez por aventura). Esta é uma forma de ainda deixar o personagem antigo vivo e participativo, sem tirar o foco do novo grupo de aventureiros.
Legado: Uma outra forma de incentivar ainda mais a opções pode se aposentar é criar um benefício maior para os personagens vindouros. Quem sabe para cada 3 níveis alcançados pelo antigo personagem o jogador tem direito a uma rerrolagem de atributo, ou jogar 4d6 tirando o menor ao invés de 3d6, ou mesmo a troca de um valor de atributo por outro.
Enfim, em uma campanha mais voltada para o estilo "Sandbox" onde os personagens e os jogadores definem o que querem fazer, e quando fazer (sem um arco centrar que move a história em uma direção e objetivo específicos), a possibilidade e oportunidade de um aventureiro se aposentar depois de conquistar o que desejavam é uma grande vitória. O personagem tem um final digno e merecido, ainda se mantendo no cenário de campanha com o destaque merecido. Na mesa de vocês isso aconteceu alguma vez? Qual participação esses personagens aposentados tiveram no jogo depois?
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