sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Bruxos & Bárbaros - Culturas - Parte IV

Chegamos à penúltima postagem sobre as culturas disponíveis para os personagens dos jogadores em Bruxos & Bárbaros. Lembrando que as culturas funcionarão de forma similar às raças dos jogos de fantasia tradicionais, mas como todos os personagens serão humanos, elas não trarão modificadores de atributos ou poderes raciais. Por outro lado, cada uma delas tem uma origem, uma história, características físicas, culturais e costumes, assim como uma habilidade cultural comum às pessoas daquele povo, que torna os personagens mais iconicamente ligados às suas origens.

Nas últimas três postagens, apresentei seis das dez culturas que traremos inicialmente com o livro de regras: os Sartarians, os Ravinai, os Ungawa, os Solsonnir, os Eleanos e os Rumânicos. Hoje falarei sobre duas culturas nativas da região central de Arthasia que não possuem um lar para chamar de seu, um reino próprio. Os Arthasianos são os homens comuns, originários da miscigenação de todas as outras culturas, geralmente renegados a cidadãos de segunda classe nas cidades dominadas pelos outros povos. Já os Athiggnus são uma cultura nômade por natureza. Um povo festivo, supersticioso e que conhece muito do mundo. São conhecidos por suas especiarias, mercadorias ilícitas, jogos de azar e charlatanices, mas também por possuírem exatamente o que se quer, pelo preço certo.

Arthasianos, os Filhos da Arthasia

Há milhares de anos os povos de Arthasia se encontram em diversos lugares, muitas vezes gerando conflito, guerras, choque de culturas e outras situações pouco pacíficas. Mas, às vezes, uma união surge entre indivíduos desses diversos povos, e vida nova é gerada. Os Arthasianos são, justamente, essa nova vida, fruto da mistura dos diversos povos de Arthasia, com a capacidade de seguir qualquer caminho que surja na frente deles, e o potencial de ser tão bom quanto qualquer um de seus ancestrais. No entanto, infelizmente, os outros povos os veem como bastardos, um povo sem identidade.

Se os Arthasianos possuem uma característica física em comum é o fato de que todos eles são bastantes variados e com traços misturados de vários povos de Arthasia, inclusive alguns recém chegados ao continente. Geralmente esses homens e mulheres vivem como homens comuns, plebeus, e servos nas cidades e comunidades dominadas por outras culturas. Em alguns lugares eles são mais bem aceitos, recebem direitos, são respeitados e possuem um lugar na sociedade. Entretanto, em outros, eles são considerados ralé, cidadãos de segunda classe, ou mesmo objetos que podem ser comprados, vendidos e dispensados como seus senhores quiserem. Mesmo assim, muitos preferem viver na segurança das poucas cidades e comunidades opressoras a se aventurar em uma vida perigosa e cruel fora das muralhas.

Apenas recentemente, um grupo de marinheiros Arthasianos, que trabalhavam nas Cidades-Estados Eleanas, liderados por Komencan, fundou a Cidade-Estado de Esperas, na Baia do Dragão. Lá um senado composto pelos patriarcas das 20 famílias fundadores governa a cidade, fazendo com que a vontade da maioria prevaleça, e o poder não fique na mão de poucos. Entretanto, nos últimos 50 anos, esse senado passou a ser palco de disputas internas, intrigas e guerras de influência. Corrupção e favorecimentos começaram a ficar nítidos, e a população começa a pedir por uma mão mais forte que controle o senado e o coloque nos eixos, e há aqueles que pretendem se tornar essa mão dominadora.

Por ser um povo sofrido, batalhador e que superou muitas diversidades em sua história, os personagens Arthasianos começam com a habilidade "Determinação Arthasiana", que faz com que, uma vez por sessão, caso o jogador realize um sacrifício de sorte, considera-se que ele tenha sacrificado um ponto a mais. Assim, ele ganha bônus maiores pelo sacrifício, o que é creditado a enorme força de vontade desse povo, ou o favorecimento dos Deuses para com eles.

Athiggnus, os Andarilhos da Noite

Um povo que se autodenominou "Filhos de Athigg" (que significa brisa da noite) a filha da Deusa Luna Faris, a lua cheia. São homens e mulheres que vivem uma vida nômade, indo de cidade em cidade, comunidade em comunidade, vivendo em tendas e debaixo das estrelas. Eles não são bem vistos por nenhuma outra cultura, julgados como vigaristas, trapaceiros e ladrões, mas nenhuma cidade os nega entrada, com medo de suas maldições, armações e atos nefastos que podem cometer. Eles vivem às sombras das grandes cidades, com conexões com todo o submundo de Arthasia. Se você procura algo ilegal ou difícil de encontrar, é bom possível que um Athiggne tenha um para vender, ou saiba onde encontrar.

A origem desse povo se perdeu na história do Império de Sartar. Os estudiosos acreditam que os primeiros Athiggnus eram escravos fugidos e filhos bastardos de Sartarians com seus servos. Com o tempo, esses grupos de fugitivos foram se tornando grandes e comunidades foram surgindo ao redor das grandes cidades de outrora. Os Athiggnus acreditam que eles foram libertados da escravidão pela deusa Athigg, a Brisa da Noite, e por isso se mantêm fiel a ela, sempre viajando para onde o vento soprar e adorando a escuridão e o brilho das estrelas e da lua.

Devido aos anos de opressão que sofreram nas mãos dos Feiticeiros de Sartar, os Athiggnus são bastante supersticiosos em sua maioria, e apenas poucos, os mais velhos e sábios, se aventuram com feitiçaria, se focando na arte de adivinhação e maldição, para proteger o povo de quem quiser os amarrar. Além disso, esse povo, assim como a noite e a lua, se espalha por toda Arthasia, tendo populações locais perto de todas as grandes cidades, sempre mantendo os olhos atentos para conseguir uma boa vantagem para eles, com informações, objetos e outras coisas (como drogas, venenos, e artigos ilegais).

Todo personagem Athiggne começam o jogo com a habilidade "Conexões", que permite que uma vez por sessão, por meio do gasto de 1 ponto de Sorte, o aventureiro encontrar alguém que possar lhe ajudar com informações, recursos, e outras coisas. No entanto, o talento só permite que ele encontre a pessoa, para ter acesso ao que quer ele provavelmente terá que negociar com a pessoa.

E aí? O que acharam das duas novas culturas. Eu, particularmente, gosto muito dos Athiggnus. Eles foram baseados na estereótipo de ciganos e trapaceiros, e dão uma ótima cultura para personagens "anti-heróis". Os Arthasianos são um povo legal para personagens ainda tentando descobrir o seu papel, em busca de um destino. Na próxima e última postagem das culturas falaremos de dois povos que chegaram recentemente na região central de Arthasia, um querendo conquistar e o outro querendo encontrar o caminho de casa.

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Um comentário:

  1. eu nao sei pq, mas cada vez q leio as culturas, mais me amarro nelas hehehe... com certeza uma das partes mais gosta do nosso trabalho foi criar estas culturas....

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