Uma das coisas mais legais e interessantes de se jogar RPG é a oportunidade de visitar e viver, ainda que temporariamente, em outros mundos. Mundos diferentes do nosso, mundos fantásticos. O Mestra, então, tem a função de apresentar esse cenário aos jogadores e ter certeza de representá-lo de maneira que sejam valorizados esses elementos que os diferenciam tanto do nosso mundo.
É tentador, sem dúvidas, explorar esses elementos mágicos e diferentes dos mundos de fantasia ao extremo, na tentativa de mostrar o quão legais e diferentes eles são, mas isso facilmente esgotará seus encantos. Para algo ser fantástico, deve haver algo mundano ao seu lado fazendo o contraste. Para algo ser especial e raro, essa coisa não pode estar em toda cidade e a cada esquina. Sendo assim, na hora de criar ou retratar um mundo de fantasia que tenha a intenção de ser fantástico, onde a magia é algo raro e diferente, algumas dicas podem ajudar.
Para ser fantástico, deve ser raro: Deixe que os elementos fantásticos apareçam em suas mesas em momentos específicos e dramáticos. Não insira o fantasioso a todo momento. As cidades não precisam de lâmpadas mágicas em cada esquina para sabermos que estamos em um mundo de fantasia. Se o sobrenatural for constante no cenário, ele passará ser mundano e normal.
Contraste: Enfatize o contraste entre o mágico e o sobrenatural com o mundano e normal que deve ser o padrão do mundo. Isso deriva um pouco da sugestão anterior. Para algo ser fantástico, ele deve se contrastar com o mundano de forma gritante. Em um mundo onde o fantástico e o mágico estão por todos os lados esse contraste fica muito pouco visível. Imagine uma cidade comum, com casas de madeira e pedra onde, de repente, surge uma torre estranha, feita de uma pedra escura flutuando sobre o centro do local. Ela seria única. Mas e em uma cidade onde as próprias construções já flutuassem com magia própria, tudo fosse iluminado por luz mágica, quando surgisse essa torre, será que faria tanto impacto?
Monstros não não comuns: Monstros e outras criaturas fantásticas são raras e, possivelmente, únicas. Escrevi uma postagem falando exclusivamente sobre isso há alguns meses. Em suma, quanto mais raros e menos homogêneos forem os monstros de seu mundo, mas terríveis e estranhos eles serão. Um dragão não precisa ser mais um dragão no jogo, mas pode ser O Dragão do mundo. Descreva-os por sua aparência e ações e evite falar o nome deles a qualquer custo, pois isso os reduz a uma mera palavra padronizada.
Mistérios e segredos: Nem tudo precisa ser explicado e sabido sobre o mundo e seu funcionamento. Quem e como foi construídas as piramides de ouro no Pântano Negro? Que criaturas são aquelas que tiveram suas formas esculpidas na Grande Muralha? Como o Barão de Kael se mantém vivo por mais de mil anos? Esses e outros mistérios e segredos do seu cenário não precisam de respostas imediatas e os jogadores vão adorar especular sobre como essas coisas são possíveis. Manter aspectos não explicáveis no cenário permeia-o de magia e faz as pessoas pensarem nele por muito mais tempo.
História perdida: A história completa sobre o mundo não precisa ser amplamente conhecida. O passado pode ser envolto em mistérios que as civilizações atuais não conseguem desvendar. O que veio antes dos reinos atuais? Como as civilizações antigas desapareceram? O que aconteceu com o Império altamente desenvolvido a que se referem tantas escrituras mas que nenhum traço dele é encontrado no mundo?
Meias verdade e várias versões: Mesmo existindo mistérios e segredos pelo mundo, nada impede de existir lendas e rumores tentando explicá-los. Aliás, vários deles, com versões e explicações diferentes e contraditórias. Isso vai fazer os jogadores verem que apesar de não existirem verdades absolutas, há lendas, rumores e pessoas pensando sobre aquilo. Talvez eles mesmo tentem desvendar esses mistérios e botar essas teorias para testar.
Obviamente, não existe uma fórmula mágica para transformar o seu mundo no mais fantástico e misterioso possível, mas essas dicas, com certeza, vão ajudar. É bom deixar claro que não há nada de errado em cenários de alta magia, muito carregados de elementos fantasiosos que tem se tornado comum nos dias atuais, mas para quem quer um clima mais parecido com a literatura de fantasia clássica, uma boa dosagem de mundano para realçar o fantástico é fundamental.
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É tentador, sem dúvidas, explorar esses elementos mágicos e diferentes dos mundos de fantasia ao extremo, na tentativa de mostrar o quão legais e diferentes eles são, mas isso facilmente esgotará seus encantos. Para algo ser fantástico, deve haver algo mundano ao seu lado fazendo o contraste. Para algo ser especial e raro, essa coisa não pode estar em toda cidade e a cada esquina. Sendo assim, na hora de criar ou retratar um mundo de fantasia que tenha a intenção de ser fantástico, onde a magia é algo raro e diferente, algumas dicas podem ajudar.
Para ser fantástico, deve ser raro: Deixe que os elementos fantásticos apareçam em suas mesas em momentos específicos e dramáticos. Não insira o fantasioso a todo momento. As cidades não precisam de lâmpadas mágicas em cada esquina para sabermos que estamos em um mundo de fantasia. Se o sobrenatural for constante no cenário, ele passará ser mundano e normal.
Contraste: Enfatize o contraste entre o mágico e o sobrenatural com o mundano e normal que deve ser o padrão do mundo. Isso deriva um pouco da sugestão anterior. Para algo ser fantástico, ele deve se contrastar com o mundano de forma gritante. Em um mundo onde o fantástico e o mágico estão por todos os lados esse contraste fica muito pouco visível. Imagine uma cidade comum, com casas de madeira e pedra onde, de repente, surge uma torre estranha, feita de uma pedra escura flutuando sobre o centro do local. Ela seria única. Mas e em uma cidade onde as próprias construções já flutuassem com magia própria, tudo fosse iluminado por luz mágica, quando surgisse essa torre, será que faria tanto impacto?
Monstros não não comuns: Monstros e outras criaturas fantásticas são raras e, possivelmente, únicas. Escrevi uma postagem falando exclusivamente sobre isso há alguns meses. Em suma, quanto mais raros e menos homogêneos forem os monstros de seu mundo, mas terríveis e estranhos eles serão. Um dragão não precisa ser mais um dragão no jogo, mas pode ser O Dragão do mundo. Descreva-os por sua aparência e ações e evite falar o nome deles a qualquer custo, pois isso os reduz a uma mera palavra padronizada.
Mistérios e segredos: Nem tudo precisa ser explicado e sabido sobre o mundo e seu funcionamento. Quem e como foi construídas as piramides de ouro no Pântano Negro? Que criaturas são aquelas que tiveram suas formas esculpidas na Grande Muralha? Como o Barão de Kael se mantém vivo por mais de mil anos? Esses e outros mistérios e segredos do seu cenário não precisam de respostas imediatas e os jogadores vão adorar especular sobre como essas coisas são possíveis. Manter aspectos não explicáveis no cenário permeia-o de magia e faz as pessoas pensarem nele por muito mais tempo.
História perdida: A história completa sobre o mundo não precisa ser amplamente conhecida. O passado pode ser envolto em mistérios que as civilizações atuais não conseguem desvendar. O que veio antes dos reinos atuais? Como as civilizações antigas desapareceram? O que aconteceu com o Império altamente desenvolvido a que se referem tantas escrituras mas que nenhum traço dele é encontrado no mundo?
Meias verdade e várias versões: Mesmo existindo mistérios e segredos pelo mundo, nada impede de existir lendas e rumores tentando explicá-los. Aliás, vários deles, com versões e explicações diferentes e contraditórias. Isso vai fazer os jogadores verem que apesar de não existirem verdades absolutas, há lendas, rumores e pessoas pensando sobre aquilo. Talvez eles mesmo tentem desvendar esses mistérios e botar essas teorias para testar.
Obviamente, não existe uma fórmula mágica para transformar o seu mundo no mais fantástico e misterioso possível, mas essas dicas, com certeza, vão ajudar. É bom deixar claro que não há nada de errado em cenários de alta magia, muito carregados de elementos fantasiosos que tem se tornado comum nos dias atuais, mas para quem quer um clima mais parecido com a literatura de fantasia clássica, uma boa dosagem de mundano para realçar o fantástico é fundamental.
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