Algum tempo atrás eu falei por aqui sobre aposentadoria de aventureiros e como incentivar esse tipo de coisa na sua mesa de jogo. Isso é algo que raramente acontece, já que os jogadores, em sua maioria, querem mais é tornar seus personagens super poderosos e levá-los ao nível máximo do jogo do que procurar um desfecho "natural" para seus dias de aventura.
No The One Ring, o RPG atual do cenário da Terra-Média, os aventureiros não duram muito tempo no jogo devido a inevitável influência da Escuridão sobre os corações dos homens, elfos, anões e até mesmo hobbits. O jogo em si, naturalmente, faz com que a carreira de um aventureiro não seja infinita e ele ou se aposente antes que algo ruim aconteça ou se arrisque até seu coração não aguentar mais ou morrer.
Além disso, ao se aposentar, o jogo oferece uma vantagem ao jogador. Um "herdeiro", que pode ser um irmão, um filho, um sobrinho ou apenas um admirador, recebe um bônus grande de experiência devido à influência que aquele personagem teve sobre ele e os ensinamentos que teve oportunidade de ter graças à presença dele por lá. Não é a toa que Frodo é sobrinho de Bilbo, Gimle é filho de Glóin e assim por diante.
De maneira geral, até 10% do XP acumulado pelo personagem a se aposentar pode ser passado a um novo personagem caso seu "mentor" se aposente antes de algo ruim acontecer. Dessa forma, esse indivíduo passará seus dias inspirando e passando sua experiência a um novo aventureiro que seguirá seus passos e maiores serão as chances desse novo herói chegar mais longe.
Um aventureiro que é corrompido pelas sombras ou morre em aventura, no entanto, não consegue passar tudo isso ao seus sucessores. Seus feitos ainda podem inspirar novos heróis, mas apenas 5% de sua experiência passada pode ser atribuída a um novo personagem. Por não estarem mais presentes e ativos em suas comunidades de origem, sua herança heroica e seus ensinamentos não poderão passar para os outros tão facilmente.
Mas há uma outra possibilidade. O The One Ring é um RPG de heróis que combatem a crescente ameaça da Escuridão e a volta de Sauron à Terra-Média. Para Tolkien, heroísmo é mais do que simplesmente bravura, glória e bondade, mas sim o sacrifício de si próprio para um bem estar maior. Sendo assim, se um personagem no jogo morrer realizando um ato de auto-sacrifício para salvar alguém, algum lugar ou algo importante na luta contra a Escuridão, seu "herdeiro" recebe os 10% integrais como inspiração.
Mas como poderíamos aplicar isso a outros jogos, com outros focos? O RPG Old School, principalmente aqueles influenciados pelas versões originais do D&D, retrata os heróis mais como aventureiros em busca de objetivos pessoais do que sendo heróis pela pureza de seus corações. A princípio, então, eu ficaria tentado a apenas conceder um bônus desse de experiência se o indivíduo realmente se aposentasse e se estabelecesse em algum lugar no qual pudesse passar seus conhecimentos livremente, como em uma cidade, um forte, uma torre ou uma catedral.
Mas e se o personagem era um bárbaro conhecido por sua bravura e sede de glória e sangue. Quem sabe o seu último combate contra centenas de orcs, dos quais matou mais da metade antes de sucumbir não vire uma lenda entre as tribos do seu povo e isso inspire novos guerreiros a seguir seu exemplo. Com certeza essa morte é muito mais inspiradora do que se ele morresse simplesmente caindo em um poço ou soterrado em uma armadilha enquanto tentava pegar um vaso dourado.
No caso de um Paladino, é bem provável que a regra de autosacrifício tolkieniano seja mais aplicável. Já com outras classes isso poderia variar com as ambições e inspirações dos personagens. No final, caberia ao julgamento do Mestre a aplicação ou não do bônus total de 10% ou um parcial.
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No The One Ring, o RPG atual do cenário da Terra-Média, os aventureiros não duram muito tempo no jogo devido a inevitável influência da Escuridão sobre os corações dos homens, elfos, anões e até mesmo hobbits. O jogo em si, naturalmente, faz com que a carreira de um aventureiro não seja infinita e ele ou se aposente antes que algo ruim aconteça ou se arrisque até seu coração não aguentar mais ou morrer.
Além disso, ao se aposentar, o jogo oferece uma vantagem ao jogador. Um "herdeiro", que pode ser um irmão, um filho, um sobrinho ou apenas um admirador, recebe um bônus grande de experiência devido à influência que aquele personagem teve sobre ele e os ensinamentos que teve oportunidade de ter graças à presença dele por lá. Não é a toa que Frodo é sobrinho de Bilbo, Gimle é filho de Glóin e assim por diante.
De maneira geral, até 10% do XP acumulado pelo personagem a se aposentar pode ser passado a um novo personagem caso seu "mentor" se aposente antes de algo ruim acontecer. Dessa forma, esse indivíduo passará seus dias inspirando e passando sua experiência a um novo aventureiro que seguirá seus passos e maiores serão as chances desse novo herói chegar mais longe.
Um aventureiro que é corrompido pelas sombras ou morre em aventura, no entanto, não consegue passar tudo isso ao seus sucessores. Seus feitos ainda podem inspirar novos heróis, mas apenas 5% de sua experiência passada pode ser atribuída a um novo personagem. Por não estarem mais presentes e ativos em suas comunidades de origem, sua herança heroica e seus ensinamentos não poderão passar para os outros tão facilmente.
Mas há uma outra possibilidade. O The One Ring é um RPG de heróis que combatem a crescente ameaça da Escuridão e a volta de Sauron à Terra-Média. Para Tolkien, heroísmo é mais do que simplesmente bravura, glória e bondade, mas sim o sacrifício de si próprio para um bem estar maior. Sendo assim, se um personagem no jogo morrer realizando um ato de auto-sacrifício para salvar alguém, algum lugar ou algo importante na luta contra a Escuridão, seu "herdeiro" recebe os 10% integrais como inspiração.
Mas como poderíamos aplicar isso a outros jogos, com outros focos? O RPG Old School, principalmente aqueles influenciados pelas versões originais do D&D, retrata os heróis mais como aventureiros em busca de objetivos pessoais do que sendo heróis pela pureza de seus corações. A princípio, então, eu ficaria tentado a apenas conceder um bônus desse de experiência se o indivíduo realmente se aposentasse e se estabelecesse em algum lugar no qual pudesse passar seus conhecimentos livremente, como em uma cidade, um forte, uma torre ou uma catedral.
Mas e se o personagem era um bárbaro conhecido por sua bravura e sede de glória e sangue. Quem sabe o seu último combate contra centenas de orcs, dos quais matou mais da metade antes de sucumbir não vire uma lenda entre as tribos do seu povo e isso inspire novos guerreiros a seguir seu exemplo. Com certeza essa morte é muito mais inspiradora do que se ele morresse simplesmente caindo em um poço ou soterrado em uma armadilha enquanto tentava pegar um vaso dourado.
No caso de um Paladino, é bem provável que a regra de autosacrifício tolkieniano seja mais aplicável. Já com outras classes isso poderia variar com as ambições e inspirações dos personagens. No final, caberia ao julgamento do Mestre a aplicação ou não do bônus total de 10% ou um parcial.
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