"Garoto, eu voei de um lado da galáxia ao outro, e eu vi muita coisa estranha, mas eu nunca presenciei nada que me fizesse acreditar que existe uma única e poderosa Força controlando tudo. Porque nenhum campo místico de energia controla o meu destino. É tudo um monte de truques simples e baboseiras." - Han Solo
Chegamos à terceira e última parte da resenha do Edge of the Empire, o primeiro dos três Core Rulebooks do sistema de RPG no universo do Star Wars que está sendo publicado para Fantasy Flight Games. Para quem quiser conferir as duas primeira partes, é só seguir os links adiante. A primeira parte trata principalmente das regras básicas do jogo e da criação de personagens, e a segunda abordou regras de combate, tanto entre personagens quanto entre veículos, assim como o uso de equipamentos, e outros itens. Hoje vou começar falando de um capítulo que trata de algo bem característico do universo do Guerra nas Estrelas.
O capítulo oito, The Force (A Força), apresenta regras e explicações sobre o funcionamento da Força no jogo e o seu papel no Edge of the Empire (EotE. Como sabem, esse não é um jogo de Jedis lutando por justiça e paz, mas sim sobre aventureiros, contrabandista, caçadores de recompensas e outros tipos sobrevivendo nas fronteiras da galaxia. Além disso, assume-se que estamos na Era dos Rebeldes e do Império, e que Palpatine junto com seus asseclas se esforçou para eliminar todos os Jedis e outros usuários da Força. É claro que alguns sobreviverem, escondidos, ou desconhecidos. No entanto, o conhecimento e domínio da Força se perdeu, e os personagens que conseguem manipulá-la tem apenas um conhecimento parcial.
No EotE, para um personagem ser um usário da Força, ele precisa adquirir uma Especialização extra com pontos de experiência (que podem ser os pontos de Experiência iniciais). Dessa força ele passa a ter acesso a alguns talentos exclusivos, obtém um Force Rating (que significa quantos dados de força ele pode usar para ativar poderes), e pode comprar Poderes de Força (que funcionam de forma parecida com talentos mas focados totalmente em poderes místicos). No livro é apresentado somente uma especialização desse tipo, o Force Sensitive Exile, que basicamente é um usuário da Força que se exilou, fugindo do Império. Ele pode até ser um ex-padawan com um Lightsaber (se o mestre deixar). Com certeza outros suplementos trarão mais informações sobre a Força, outras especializações e poderes.
De forma geral, os usuários da Força no EotE não são muito poderosos e suas habilidades tendem mais para a furtividade, manipulação e outras cosias que ajudariam eles a se manterem longe do alcance daqueles que os caçam. Os poderesm tendem a melhorar algumas perícias ou permitir alguns usos inusitados das mesmas, assim como coisas como movimentar objetos a distância, perceber coisas extra-sensorialmente e outros "Jedi tricks".
A partir do capítulo seguinte, The Game Master (O Mestre do Jogo), o livro se volta principalmente para a pessoa que vai conduzir a mesa efetivamente. Esta parte, especificamente, traz informações tanto para narradores iniciantes como experientes, indicando tudo que é preciso para preparar e conduzir uma sessão e Edge of the Empire, desde o recrutamento de jogadores, a criação de personagens, o aprendizado do jogo, e tudo mais. O texto aborda as diferenças entre uma sessão de Edge of the Empire para uma história mais comum de Star Wars, focando no lado mais rústico, sujo, e fronteiriço do EotE. Fala-se sobre o uso de aventuras prontas, sobre como aproveitar as obrigações e motivações dos personagens em aventuras, além de trazer dicas sobre como incentivar o uso e o fluxo de Pontos de Destino, condução de campanhas, e até algumas regras alternativas.
Em seguida, The Galaxy (A Galaxia), traz um guia compacto mas bastante explicativo do universo de Guerra nas Estrelas na época do Império. Há descrições das principais regiões, falando dos planetas em destaque em cada uma delas, assim como seus ocupantes. Tudo isso com informações sobre que tipo de trabalhos e aventuras um grupo de mercenários, contrabandistas e caçadores de recompensas poderia ter por ali. Vale um destaque especial para ar regiões do Mid Rim, Outer Rim, Hutt Space, e Coroporate Sector, que são lugares com menos influência do Impéiro, e maiores oportunidades para os personagens do Edge of the Empire. No final, alguns planetas são olhados mais de perto, com um descrição mais completa e alguns ganchos de aventuras.
O capítulo onze, Law & Society (Lei e Sociedade), complemente o guia quase "geográfico" do capítulo anterior trazendo informações sobre leis, costumes, sociedades e organizações da galáxia. Obviamente há grandes seções tratando do Império Galáctico e da Aliança Rebelde, mas outras organizações também são bem abordadas, como os Clãs Hutts, a Black Sun (uma organização criminosa poderosíssima), e a Corporate Secto Authoroty, justamente por serem entidades que por sua natureza tenderão a se envolver nas histórias dos personagens mais escusos desse jogo.
Depois disso, o livro apresenta uma seção com Adversários de diversos tipos, e origens. São robôs, soldados imperiais, stormtroopers, caçadores de recompensas, piratas, contrabandistas rivais, lordes do crime, Hutts, e tantas outras coisas. O jogo trabalha basicamente com três tipos de inimigos: Minions (que servem basicamente para serem derrotados facilmente e demonstrar como são habilidosos os personagens); Rivals (que servem para desafiar os personagens dos jogadores sem sobrecarregá-los totalmente); e os Nemesis (que são os grandes vilões, que podem ser recorrentes por várias sessões e oferece um perigo grande aos jogadores).
O livro ainda vem com uma aventura pronta bem interessante (muito melhor que a aventura do Begginer's Box), onde os jogadores acabam se envolvendo com um grupo de piratas, um caçador de recompensas, e até com o exército Imperial, se algo der errado. A aventura é bem modular e é possível abordá-la de diversas maneira diferentes, o que é bastante interessante. Nas últimas páginas, há um Index para consulta, fichas de personagens, fichas de naves (que é algo bastante importante, já que o jogo assume que o grupo possuirá um nava como sua base de operações), e uma ficha do grupo.
De modo geral, eu achei a leitura do livro excelente. Ele flui muito bem e a todo momento você fica com vontade de querer jogar. Eu ainda experimentei muito pouco do jogo, só algumas coisas rápidas do Begginer's Box, mas acredito que ele tem tudo para ser um excelente RPG, e um grande Jogo da franquia do Guerra nas Estrelas. A ponto, até, de rivalizar com o saudoso Star Wars D6 da West End Games, já que ele é bastante flexível, ágil e intuitivo como o primeiro. A opção por evitar parametrização de tudo, trabalhar com uma escala abstrata e ter uma mecânica de dados que incentiva a interpretação e imaginação foi um grande acerto. Espero ansioso pelos outros livros desse RPG, e até mesmo pelos suplementos. Para quem quiser comprar (e não quiser esperar a Galápagos), eu recomendo comprar no The Book Depository, já que não paga frente para o Brasil e está tratando o jogo como livro (a Amazon, sei lá porquê, está tratando como brinquedo e cobrando tributos adiantados).
Se você gostou da postagem, visite a página do Pontos de Experiência no Facebook e clique em curtir. Você pode seguir o blog no Twitter também no @diogoxp.
Chegamos à terceira e última parte da resenha do Edge of the Empire, o primeiro dos três Core Rulebooks do sistema de RPG no universo do Star Wars que está sendo publicado para Fantasy Flight Games. Para quem quiser conferir as duas primeira partes, é só seguir os links adiante. A primeira parte trata principalmente das regras básicas do jogo e da criação de personagens, e a segunda abordou regras de combate, tanto entre personagens quanto entre veículos, assim como o uso de equipamentos, e outros itens. Hoje vou começar falando de um capítulo que trata de algo bem característico do universo do Guerra nas Estrelas.
O capítulo oito, The Force (A Força), apresenta regras e explicações sobre o funcionamento da Força no jogo e o seu papel no Edge of the Empire (EotE. Como sabem, esse não é um jogo de Jedis lutando por justiça e paz, mas sim sobre aventureiros, contrabandista, caçadores de recompensas e outros tipos sobrevivendo nas fronteiras da galaxia. Além disso, assume-se que estamos na Era dos Rebeldes e do Império, e que Palpatine junto com seus asseclas se esforçou para eliminar todos os Jedis e outros usuários da Força. É claro que alguns sobreviverem, escondidos, ou desconhecidos. No entanto, o conhecimento e domínio da Força se perdeu, e os personagens que conseguem manipulá-la tem apenas um conhecimento parcial.
No EotE, para um personagem ser um usário da Força, ele precisa adquirir uma Especialização extra com pontos de experiência (que podem ser os pontos de Experiência iniciais). Dessa força ele passa a ter acesso a alguns talentos exclusivos, obtém um Force Rating (que significa quantos dados de força ele pode usar para ativar poderes), e pode comprar Poderes de Força (que funcionam de forma parecida com talentos mas focados totalmente em poderes místicos). No livro é apresentado somente uma especialização desse tipo, o Force Sensitive Exile, que basicamente é um usuário da Força que se exilou, fugindo do Império. Ele pode até ser um ex-padawan com um Lightsaber (se o mestre deixar). Com certeza outros suplementos trarão mais informações sobre a Força, outras especializações e poderes.
De forma geral, os usuários da Força no EotE não são muito poderosos e suas habilidades tendem mais para a furtividade, manipulação e outras cosias que ajudariam eles a se manterem longe do alcance daqueles que os caçam. Os poderesm tendem a melhorar algumas perícias ou permitir alguns usos inusitados das mesmas, assim como coisas como movimentar objetos a distância, perceber coisas extra-sensorialmente e outros "Jedi tricks".
A partir do capítulo seguinte, The Game Master (O Mestre do Jogo), o livro se volta principalmente para a pessoa que vai conduzir a mesa efetivamente. Esta parte, especificamente, traz informações tanto para narradores iniciantes como experientes, indicando tudo que é preciso para preparar e conduzir uma sessão e Edge of the Empire, desde o recrutamento de jogadores, a criação de personagens, o aprendizado do jogo, e tudo mais. O texto aborda as diferenças entre uma sessão de Edge of the Empire para uma história mais comum de Star Wars, focando no lado mais rústico, sujo, e fronteiriço do EotE. Fala-se sobre o uso de aventuras prontas, sobre como aproveitar as obrigações e motivações dos personagens em aventuras, além de trazer dicas sobre como incentivar o uso e o fluxo de Pontos de Destino, condução de campanhas, e até algumas regras alternativas.
Em seguida, The Galaxy (A Galaxia), traz um guia compacto mas bastante explicativo do universo de Guerra nas Estrelas na época do Império. Há descrições das principais regiões, falando dos planetas em destaque em cada uma delas, assim como seus ocupantes. Tudo isso com informações sobre que tipo de trabalhos e aventuras um grupo de mercenários, contrabandistas e caçadores de recompensas poderia ter por ali. Vale um destaque especial para ar regiões do Mid Rim, Outer Rim, Hutt Space, e Coroporate Sector, que são lugares com menos influência do Impéiro, e maiores oportunidades para os personagens do Edge of the Empire. No final, alguns planetas são olhados mais de perto, com um descrição mais completa e alguns ganchos de aventuras.
O capítulo onze, Law & Society (Lei e Sociedade), complemente o guia quase "geográfico" do capítulo anterior trazendo informações sobre leis, costumes, sociedades e organizações da galáxia. Obviamente há grandes seções tratando do Império Galáctico e da Aliança Rebelde, mas outras organizações também são bem abordadas, como os Clãs Hutts, a Black Sun (uma organização criminosa poderosíssima), e a Corporate Secto Authoroty, justamente por serem entidades que por sua natureza tenderão a se envolver nas histórias dos personagens mais escusos desse jogo.
Depois disso, o livro apresenta uma seção com Adversários de diversos tipos, e origens. São robôs, soldados imperiais, stormtroopers, caçadores de recompensas, piratas, contrabandistas rivais, lordes do crime, Hutts, e tantas outras coisas. O jogo trabalha basicamente com três tipos de inimigos: Minions (que servem basicamente para serem derrotados facilmente e demonstrar como são habilidosos os personagens); Rivals (que servem para desafiar os personagens dos jogadores sem sobrecarregá-los totalmente); e os Nemesis (que são os grandes vilões, que podem ser recorrentes por várias sessões e oferece um perigo grande aos jogadores).
O livro ainda vem com uma aventura pronta bem interessante (muito melhor que a aventura do Begginer's Box), onde os jogadores acabam se envolvendo com um grupo de piratas, um caçador de recompensas, e até com o exército Imperial, se algo der errado. A aventura é bem modular e é possível abordá-la de diversas maneira diferentes, o que é bastante interessante. Nas últimas páginas, há um Index para consulta, fichas de personagens, fichas de naves (que é algo bastante importante, já que o jogo assume que o grupo possuirá um nava como sua base de operações), e uma ficha do grupo.
De modo geral, eu achei a leitura do livro excelente. Ele flui muito bem e a todo momento você fica com vontade de querer jogar. Eu ainda experimentei muito pouco do jogo, só algumas coisas rápidas do Begginer's Box, mas acredito que ele tem tudo para ser um excelente RPG, e um grande Jogo da franquia do Guerra nas Estrelas. A ponto, até, de rivalizar com o saudoso Star Wars D6 da West End Games, já que ele é bastante flexível, ágil e intuitivo como o primeiro. A opção por evitar parametrização de tudo, trabalhar com uma escala abstrata e ter uma mecânica de dados que incentiva a interpretação e imaginação foi um grande acerto. Espero ansioso pelos outros livros desse RPG, e até mesmo pelos suplementos. Para quem quiser comprar (e não quiser esperar a Galápagos), eu recomendo comprar no The Book Depository, já que não paga frente para o Brasil e está tratando o jogo como livro (a Amazon, sei lá porquê, está tratando como brinquedo e cobrando tributos adiantados).
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