sábado, 18 de agosto de 2012

O Um Anel - As Terras Ermas no ano de 2946 da Terceira Era

Todo mundo sabe (acredito eu) que o cenário de campanha d'O Um Anel (The One Ring), o RPG da Cubicle 7 a ser lançado pela Devir aqui no Brasil, é a Terra-Média do professor J. R. R. Tolkien. Um mundo conhecido por muita pessoas, consagrado por livros como "O Simarillion", a trilogia "O Senhor dos Anéis" (e sua respectiva franquia cinematográfica) e, aquele que começou tudo, "O Hobbit".

Para ser mais preciso, esse RPG tem como cenário padrão uma região específica de Terra-Média, em uma época determinada, as Terras Ermas no ano de 2.946 da Terceira Era, precisamente cinco anos após os acontecimentos do livro "O Hobbit" e mais de sessenta anos antes dos acontecimentos do "Senhor dos Anéis".

Não vou, aqui, explicar toda a história e cronologia da Terra-Média até este ponto, isso seria impossível, mas vou tentar explicar quais as circunstâncias atuais no cenário do jogo, seus povos, seus problemas e possibilidades de aventuras para o jogo. As Terras Ermas, apesar de serem o região em foco no "O Hobbit" é praticamente esquecida no "Senhor dos Anéis" e pouco se sabe sobre o que aconteceu lá, antes e depois da história de Frodo e seus companheiros.

Para contextualizar os acontecimentos atuais, é importante sabermos como eram as Terras Ermas cinco anos antes, quando Smaug, o Terrível (o Dragão que tomara Erebor, o Reino dos Anões) e o Necromante de Dul Goldur (Na verdade, Sauron disfarçado) ainda estavam por lá, intocados. Como o próprio nome diz, esta era uma região inóspita, selvagem e desolada. A Desolação de Smaug, um grande território ao redor da Montanha Solitária, onde fica Erebor, era marcada por terras devastadas, colinas cinzentas e campos mortos, sem nenhuma vida, nem animal nem vegetal. O medo e a desolação andavam lado a lado por uma grande parte da região nordeste dessa terra. Uma única cidade, Esgaroth, a Cidade do Lago, permanecia em pé (apesar de existirem vilarejos isolados em alguns lugares). Seu povo, principalmente homens do norte, sobrevivendo parcamente de pesca e comércio com os povos do sul, sem contato com os outros Povos Livres do Norte. Na Floresta das Trevas, os elfos vivem escondidos em Reino quase subterrâneo, lutando para manter a parte norte da antiga Grande Floresta Verde das Escuridão que parece se estender por quase toda sua extensão. No grande Vale do Anduin, pequenas populações de homens do norte vivem em vilarejos e vilas, lutando para sobreviver como podem, enfrentando orcs e goblins das Montanhas da Névoas e se escondendo das forças do Necromante de Dul Goldur. Os anões, sem seu reino principal, Erebor, vivem expalhados. Thorin, filho de Thráin, herdeiro do trone de Erebor, vivem em peregrinação, sonhando um dia reconquistar o trono de seu povo e se tornar O Rei Sobre a Montanha. Sonho esse, que lutou até a morte para alcançar. Enfim, é uma região desolada, com os Povos Livres isolados e fragmentados, cercados de ameaças e em completo declínio.


No ano de 2941 de Terceira Era, Thorin e mais doze outros anões leais a ele buscaram a ajuda do Peregrino Cinzento, conhecido por muitos como Gandalf, para uma missão de reconquista da Montanha Solitária, a fim de reestabelecer o Reino de Erebor. O mago Gandalf, para isso, achou apropriado que eles recrutassem um ladrão, e não havia melhor ladrão que um hobbit, especialmente Bilbo Bolseiro, descendente de um dos poucos hobbits aventureiros que existiram. Os quatorze, unidos, foram, então, responsáveis por uma série de mudanças na região, ao longa de sua jornada. Por onde passaram, ventos de mudança os acompanharam. O Necromante da Floresta das Trevas foi expulso de sua fortaleza, graças aos esforços de Gandalf, aliviando o domínio das Sombras no local, e permitindo que antigos caminhos fossem novamente atravessados. Thorin, Bilbo e os outros anões, chegaram a Erebor e despetaram o terrível Smaug de seu sono, causando um grande estrago na Região. Isso fez com que o povo de Esgaroth tivesse que se defender, e um homem corajoso conseguiu acertar uma flecha certeira no coração da besta, derrubando-a para sempre no Lago Comprido. Percebendo que a ausência de Smaug significava que um grande tesouro estava sem dono na Montanha Solitária (tesouro esse que não era só dos anões, já que boa parte dele fora saqueada dos Povos que viviam na região pelo dragão), homens, elfos e anões reuniram seus exércitos para reclamar a parte que lhes era devida. Um grande conflito entre os Povos Livres só não ocorreu porque as forças da Escuridão também reagiram contra as mudanças que estava ocorrendo e para retomar aquelas terras. Um grande contingente de goblins e wargs (lobos malignos) marchou para o local, fazendo com que homens, elfos e anões se unissem contra essas criaturas vis. Esse confronto, conhecido como AGuerra dos Cinco Exércitos, terminou com a vitória da Luz contra as Trevas, mas com uma custo elevado. Thorin, o Rei Sobre a Montanha foi ferido mortalmente, e nunca viu seu reino reerguido. Com a vitória, as Terras Ermas se vira livre de uma grande sombra que a encobria a quase dois mil anos. Elfos, homens e anões estavam unidos novamente, lutando contra um inimigo comum, e agora podiam reerguer a região.

Desde então, as Terras Ermas experimentaram um período de prosperidade de paz, não visto na região há dois mil anos. Povos que não tinham mais contato entre si restabeleceram diálogos; estradas abandonadas voltaram a ter movimento; trilhas esquecidas voltaram a ser seguidas, ruínas abandonadas estão sendo resgatadas. Dale, a grande cidade que integrava os homens do norte com o povo de Durin (os anões) foi reerguida. Os homens do Vale do Anduin se uniram em dois povos, sobre a tutela de importantes personalidades, como o corajoso Beorn e o Sábio Radagast. Os elfos da Floresta das Trevas se aventuram para fora de seu reino, redescobrindo a floresta que fora deles. Além disso, hobbits, habitantes do Condado, no longínquo e pacato oeste estão começando a se tornar menos incomuns por essas terras, atraídos pelas oportunidades e pelas histórias que ouviram do velho Bilbo Bolseiro. É um tempo de prosperidade, aventura e esperança para os Povos Livres do Norte. As Terras Ermas, finalmente, são deles para explorar, redescobrir e conquistar. Ainda há, no entanto, pontos de escuridão pelas Terras Ermas, goblins ainda se escondem nas montanhas e buracos escuros. As aranhas gigantes da Floresta das Trevas ainda tecem suas teias nojentas na esperança de conseguir uma refeição suculenta, e coisas ainda mais terríveis e antigas ainda adormecem em seus leitos, esperando o momento de despertar. A quem diga que uma nova nuvem escura se aproxima, pronta para acabar com toda a esperança conquistada nesses últimos anos pelos Povos Livres do Norte, mas são poucos os que dão ouvidos a esses avisos pessimistas.

Assim, Elfos, Homens, Anões e Hobbits estão prontos para explorar todos os lugares esquecidos do norte, buscando tesouros perdidos, conhecimentos esquecidos, e outras coisas. É uma terra pronto para receber aventureiros e heróis de todos os povos, cheia de oportunidades, segredos e perigos. Um cenário perfeiro para um RPG, concordam?

Que tal então se aventurar nesse mundo fantástico dia 26 de Agosto, domingo, no encontro do Dungeon Carioca? Eu estarei mestrando uma mesa desse fantástico RPG lá. Não percam! Maiores informações na grupo do evento no Facebook.

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3 comentários:

  1. Quem me dera participar do evento Diogo, seria muito bacana mesmo, mas terei que esperar o lançamento desse incrível RPG. Muito legal sua postagem, parabéns!

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  2. Muito bom o post Diogo. Bem legal essa ambientação.

    Você sabe se a Devir vai lançar o jogo como é no original, colorido, em caixa, com os dados no estilo do jogo?

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  3. Essa ilustração mostrada é da capa da versão que sairá pela Devir?

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