Um blog pessoal sobre algo, às vezes, funciona como uma mídia catártica para desabafos e reflexões pessoais das experiências de seus autores, e essa postagem é sobre uma delas. Sobre como a minha experiência de falar abertamente sobre o meu hobby, acredito eu, ajudou a disseminá-lo e trazer atenção para o mesmo.
Volta e meia a gente ouve por aí coisa que "você" deve fazer para manter o hobby vivo e crescendo. É muito comum sair um jogo novo e começar o papo de que nós temos que suportar a industria para o hobby não morrer. Eu não sei não. Acho que há alguns anos isso até podia ser verdade, já que não havia outras maneiras de se entrar em contato com o hobby se não por consumo de produtos mas, na época atual em que a internet te leva a qualquer lugar e diversos jogos são acessíveis sem gastar 1 centavo, isso pode não fazer mais tanto sentido.
Para mim, o fundamental para mantermos o hobby vivo e até mesmo crescendo é a sua exposição e demonstração do mesmo por nós jogadores para o público que o desconhece. Mas nem sempre isso é fácil, né? Admito que, eu mesmo, às vezes tive vergonha ou receio de falar que jogo esse jogo estranho que é o RPG para alguma pessoas.
Eu lembro bem de quando eu era adolescente de como eu fazia questão de esconder das meninas que eu "ficava" que eu jogava RPG. Lembro de como isso afastou alguma delas. Era um saco, mas fazes, o quê? Eu não sabia explicar como isso não era nada demais e é como qualquer outro hobby ou atividade que uma pessoa pode ter. Afinal, as pessoas não acham estranho um cara se reunir com seus amigos para jogar futebol todo final de semana.
Aliado isso a como muita gente via o meu habito e o dos meus amigos de jogar RPG como algo esquisito e "de nerd" na época de colégio e tal, eu nunca me senti muito a vontade de falar abertamente sobre o meyu hobby. Aliás, por causa disso, do isolamento que acabava se criando, meus pais não gostavam nem um pouco que eu jogasse. Eles acreditavam que isso me tornava menos sociável (o que é um tanto ilógico, já que esse é um jogo bastante social). Nos olhos deles, o problema não era o preconceito, mas o que eu estava fazendo.
Mas, com o tempo, eu aprendi que só me expondo e falando abertamente sobre isso é que essa visão tem alguma chance de mudar. Deixar o hobby como algo secreto só ajuda o preconceito e faz parecer que eu tenho vergonha de algo, o que não é verdade. Acho que muitos de nós tem é orgulho de ser RPGista e jogar um jogo tão criativo, inteligente e divertido.
Além disso, é importante falar sobre o hobby de forma natural e aberta como se não houvesse nada de estranho nele (e não há). Ele é um passa-tempo como qualquer outro. É como ir ao cinema, ou jogar futebol. Você reúne amigos, falam sobre suas vidas, jogam conversa fora, comem e bebem, e jogam um jogo em conjunto. O jogo, em si, pode ser diferente, assim como assistir um filme é diferente de jogar bola, mas a essência da atividade é a mesma: se divertir com seus amigos.
De um tempo pra cá, alguns anos já, eu resolvi experimentar isso. Afinal, eu já sei quem eu sou, não devo nada a ninguém e não preciso de pessoas preconceituosas ao meu lado. Eu trabalho, hoje, como servidor público e comento e falo sobre o jogo para quem quiser ouvir no trabalho. Assim, já descobri umas 4 pessoas que já jogaram o jogo e consegui fazer 2 voltarem a jogar com o meu grupo normal. Outras mostraram curiosidade sobre o jogo e, talvez, eu consiga mostrar algum sistema simples e rápido para que vejam como isso pode ser algo legal.
Recentemente, em um treinamento que estou fazendo para gerentes, quando fomos nos apresentar, a instrução era para que falássemos nosso nome, onde trabalhávamos e o que gostávamos de fazer em nosso tempo livre. 85% das respostas foi "ir a praia" e "jogar futebol" e eu, obviamente, falei "Eu jogo RPG". Eu achei que isso levantaria perguntas sobre o que seria isso, mas ninguém falou nada. Para minha surpresa, ao longo do treinamento, com minha participação e interação com as pessoas, uma conclusão surgiu: eu era um cara muito criativo e que, provavelmente, o RPG me ajudou com isso. Ouvindo isso de pessoas que não jogam e não conhecem direito o nosso hobby é fantástico. Quem sabe alguém não acredito nisso o suficiente para querem presentear um filho ou sobrinho com um RPG.
Disso tudo, eu posso tirar algumas conclusões. Mais importante do que "ajudar" as coitadinhas das empresas de RPG, a gente precisa expor o hobby onde quer que nós estejamos. Devemos encarar a apresentar o mesmo como uma atividade normal, natural, social e divertida que ele é, sem se sentir constrangido ou ficar dando desculpas como "é, eu sei que é coisa de nerd". Convide quem se mostrar curioso a experimentar com um jogo simples e rápido com pessoas que você conheça. Enfim, fale sobre o jogo, aumente a exposição dele e faça as pessoas se darem conta de que ele existe e que você não precisa ser um bicho do mato para jogá-lo.
Se você gostou da postagem, visite a página do Pontos de Experiência no Facebook e clique em curtir. Você pode seguir o blog no Twitter também no @diogoxp.
Volta e meia a gente ouve por aí coisa que "você" deve fazer para manter o hobby vivo e crescendo. É muito comum sair um jogo novo e começar o papo de que nós temos que suportar a industria para o hobby não morrer. Eu não sei não. Acho que há alguns anos isso até podia ser verdade, já que não havia outras maneiras de se entrar em contato com o hobby se não por consumo de produtos mas, na época atual em que a internet te leva a qualquer lugar e diversos jogos são acessíveis sem gastar 1 centavo, isso pode não fazer mais tanto sentido.
Para mim, o fundamental para mantermos o hobby vivo e até mesmo crescendo é a sua exposição e demonstração do mesmo por nós jogadores para o público que o desconhece. Mas nem sempre isso é fácil, né? Admito que, eu mesmo, às vezes tive vergonha ou receio de falar que jogo esse jogo estranho que é o RPG para alguma pessoas.
Eu lembro bem de quando eu era adolescente de como eu fazia questão de esconder das meninas que eu "ficava" que eu jogava RPG. Lembro de como isso afastou alguma delas. Era um saco, mas fazes, o quê? Eu não sabia explicar como isso não era nada demais e é como qualquer outro hobby ou atividade que uma pessoa pode ter. Afinal, as pessoas não acham estranho um cara se reunir com seus amigos para jogar futebol todo final de semana.
Aliado isso a como muita gente via o meu habito e o dos meus amigos de jogar RPG como algo esquisito e "de nerd" na época de colégio e tal, eu nunca me senti muito a vontade de falar abertamente sobre o meyu hobby. Aliás, por causa disso, do isolamento que acabava se criando, meus pais não gostavam nem um pouco que eu jogasse. Eles acreditavam que isso me tornava menos sociável (o que é um tanto ilógico, já que esse é um jogo bastante social). Nos olhos deles, o problema não era o preconceito, mas o que eu estava fazendo.
Mas, com o tempo, eu aprendi que só me expondo e falando abertamente sobre isso é que essa visão tem alguma chance de mudar. Deixar o hobby como algo secreto só ajuda o preconceito e faz parecer que eu tenho vergonha de algo, o que não é verdade. Acho que muitos de nós tem é orgulho de ser RPGista e jogar um jogo tão criativo, inteligente e divertido.
Além disso, é importante falar sobre o hobby de forma natural e aberta como se não houvesse nada de estranho nele (e não há). Ele é um passa-tempo como qualquer outro. É como ir ao cinema, ou jogar futebol. Você reúne amigos, falam sobre suas vidas, jogam conversa fora, comem e bebem, e jogam um jogo em conjunto. O jogo, em si, pode ser diferente, assim como assistir um filme é diferente de jogar bola, mas a essência da atividade é a mesma: se divertir com seus amigos.
De um tempo pra cá, alguns anos já, eu resolvi experimentar isso. Afinal, eu já sei quem eu sou, não devo nada a ninguém e não preciso de pessoas preconceituosas ao meu lado. Eu trabalho, hoje, como servidor público e comento e falo sobre o jogo para quem quiser ouvir no trabalho. Assim, já descobri umas 4 pessoas que já jogaram o jogo e consegui fazer 2 voltarem a jogar com o meu grupo normal. Outras mostraram curiosidade sobre o jogo e, talvez, eu consiga mostrar algum sistema simples e rápido para que vejam como isso pode ser algo legal.
Recentemente, em um treinamento que estou fazendo para gerentes, quando fomos nos apresentar, a instrução era para que falássemos nosso nome, onde trabalhávamos e o que gostávamos de fazer em nosso tempo livre. 85% das respostas foi "ir a praia" e "jogar futebol" e eu, obviamente, falei "Eu jogo RPG". Eu achei que isso levantaria perguntas sobre o que seria isso, mas ninguém falou nada. Para minha surpresa, ao longo do treinamento, com minha participação e interação com as pessoas, uma conclusão surgiu: eu era um cara muito criativo e que, provavelmente, o RPG me ajudou com isso. Ouvindo isso de pessoas que não jogam e não conhecem direito o nosso hobby é fantástico. Quem sabe alguém não acredito nisso o suficiente para querem presentear um filho ou sobrinho com um RPG.
Disso tudo, eu posso tirar algumas conclusões. Mais importante do que "ajudar" as coitadinhas das empresas de RPG, a gente precisa expor o hobby onde quer que nós estejamos. Devemos encarar a apresentar o mesmo como uma atividade normal, natural, social e divertida que ele é, sem se sentir constrangido ou ficar dando desculpas como "é, eu sei que é coisa de nerd". Convide quem se mostrar curioso a experimentar com um jogo simples e rápido com pessoas que você conheça. Enfim, fale sobre o jogo, aumente a exposição dele e faça as pessoas se darem conta de que ele existe e que você não precisa ser um bicho do mato para jogá-lo.
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