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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Fichas de Nível Zero para DCC RPG Feitas a Mão! (Em Inglês)

Não sei se vocês sabem, mas eu adoro criar fichas de personagens personalizadas para as minhas mesas, desenhando-as de acordo com o tema do jogo. Já fiz isso para vários RPGs e postei por aqui as fichas (você pode achar algumas aqui). Para DCC RPG, eu fiz esta ficha aqui há algum tempo. Eu uso essas fichas na minha mesa até hoje e muita gente já me disse que usa nas delas também, inclusive uma galera da própria Goodman Games (a editora que publica o jogo).

Foi então que, com o maior prazer e surpresa, fui convidado por eles para fazer uma ficha no mesmo estilo para personagens de nível Zero, colocando quatro delas por folha ofício, para ser distribuído na World Tour de 2016! Isso foi ano passado, e algumas pessoas na GENCON pegaram blocos dessas fichas lá. Aliás, no financiamento da 4ª impressão do livro básico do Dungeon Crawl Classics, uma das metas extras foi justamente liberar um bloco dessas fichas para os financiadores. Então, se você participou do financiamento, você receberá um bloco destas fichas que desenhei.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Você não é especial – Sobre personagens em RPGs Old School

Uma das maiores dificuldades que um jogador acostumado com RPGs mais populares hoje em dia tem com RPGs Old School é a mudança de paradigma que eles se deparam no quesito “como estes jogos lidam com os personagens dos jogadores”. A maioria dos jogos atuais trata os personagens dos jogadores como indivíduos especiais, únicos, com coisas que is diferenciam de todos aqueles ao seu redor, isso mesmo antes do jogo começar. Os jogos Old School, por outro lado, fazem diferente.

Na maioria deles, os personagens são praticamente pessoas comuns no começo do jogo. Eles não são únicos, especiais ou predestinados a algo glorioso. Eles são aventureiros não porque tem poderes super-especiais, mas porque possuem a vontade e a coragem necessária para deixar suas vidas comuns para trás e partir em busca de aventuras. Personagens iniciais podem ter uma ou outra vantagem sobre o homem comum, mas não muito mais do que isso. No RPG Old School, o que você é não importa tanto como o que você faz. E o jogo é todo pensado dessa forma.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Jogando com vários personagens ao mesmo tempo

No Dungeon Crawl Classics RPG (e em alguns outros poucos RPGs) é comum que os jogadores joguem com mais de um personagem ao mesmo tempo. Isto é uma herança do início do nosso hobby e pode causa estranhamento em alguns jogadores mais acostumados com os RPGs mais recentes. No DCC RPG, por exemplo, todos os jogadores começam o jogo com 3 ou 4 personagens que são jogados ao mesmo tempo. Isso pode parecer desafiador, ainda mais para as pessoas que se dedicam muito a transformar esses personagens em verdadeiras personalidades.

Como distinguir, então, entre todos esses personagens na hora do jogo? Pode parecer bastante confuso em uma mesa aventura ter que interpretar 4 pessoas diferentes ao mesmo tempo. E para ser sincero, não é uma das coisas mais simples. Mas ninguém vai esperar que você tenha uma atuação digna de um Oscar ou que passe meia hora fazendo um monólogo de suas várias personalidades conversando entre si. No entanto, algumas coisinhas podem deixar a interpretação e representação desses indivíduos mais divertida e individualizada.

quarta-feira, 4 de março de 2015

A criação de personagens no Dungeon Crawl Classics RPG

Uma espada ensanguentada cria uma aventureiro rico...

A frase acima resume bem o processo de criação de um personagem no Dungeon Crawl Classics RPG (e é a frase de introdução do capítulo de combate do livro de regras). Diferente de outros jogos em que a criação de personagens é feita inteiramente fora do jogo, tomando uma boa parte do tempo das sessões, o DCC RPG opta por uma abordagem anacrônica e faz você gastar o menor tempo possível longe da mesa de jogo, criando apenas os alicerces mais básicos do personagem e deixando ele ser criado e moldado pela experiência da aventura que ele se insere.

Os personagens começam nesse jogo com apenas o mínimo necessário para embarcar em uma aventura mortal e emocionante. Eles ainda não são guerreiros, magos, clérigos, ladrões ou qualquer outra coisa. Eles são como eu ou você, pessoas comuns, com profissões comuns mas com um diferencial, coragem para deixar essa existência patética para trás e arriscar suas vidas em uma aventura e, quem sabe, sair de lá maiores do que entraram. Em termos de jogo você, basicamente, só gera valores aleatórios para os seis atributos bases (Força, Agilidade, Vigor, Personalidade, Inteligência e Sorte), determina sua ocupação antes de partir em busca de aventuras (coisas como coveiro, coletor de impostos, soldado, sapateiro, elfo navegador, halfling cigano, anão caçador de ratos) e uma peça de equipamento aleatória. Obviamente você ainda escolhe o nome do personagem e seu alinhamento, mas é basicamente só isso.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Conhecendo o "funil de personagens" do Dungeon Crawl Classics RPG

Uma das coisas mais legais e diferentes do sistema de criação de personagens do Dungeon Crawl Classics RPG é o que o autor chama de "funil de personagens". O conceito é quase auto-explicativo: um grupo grande de personagens entram mas só um pouco sai do outro lado. Ao contrário do que acontece com um funil de verdade, onde o conteúdo inteiro eventualmente sai, no "funil de personagens" do DCC RPG, a maior parte deles fica para trás, mortos e esquecido em uma masmorra gelada e antiga.

Diferente de outros RPGs, o DCC RPG não busca equilíbrio por meio de regras complexas e uma profusão de escolhas e customizações de personagem. O jogo prefere uma abordagem mais caótica e tenta obter esse "equilíbrio" por meio da aleatoriedade e pelas escolhas que os jogadores fazem durante o jogo e não antes dele. Cada jogador cria 3 ou 4 personagens de nível 0 com pouquíssimas rolagens de dados, gerando 6 valores de atributos, uma ocupação e uma peca de equipamento aleatório. O processo todo demora cerca de uns 10 minutos. Ninguém passa horas otimizando o personagem, pensando em que perícias comprar, qual nível de que classe vai pegar tal habilidade ou nem mesmo fica escrevendo páginas e mais páginas de histórico. O objetivo é ter um grupo de uns 12 a 20 personagens de nível zero, "zés ninguéns", que passam por uma aventura fantástica e mortal e, aqueles que sobrevivem a essa experiência, se tornam personagens de 1º nível, verdadeiros aventureiros.