segunda-feira, 11 de maio de 2015

Dilema de Alinhamentos - Eliminando o Mal pela Raiz

Os 9 alinhamentos e suas confusões...
Como devem saber alguns de vocês, voltei a jogar AD&D 2ª edição, e o AD&D tem algo que outros RPGs Old School que costumo jogar não possuem, nove alinhamentos. E isso, meus amigos, sempre leva a alguma discussão sobre se "tal ato" condiz com "tal" alinhamento ou não. É claro que não poderíamos deixar de ter algo assim no nosso jogo.

A situação foi a seguinte. No nosso mundo, no nosso tempo (sim, tenho que falar de tempo porque a coisa toda envolve viagem temporal), tínhamos sido contratados para encontrar um tal garoto "escolhido" que iria trazer equilíbrio pro mundo enfrentando um necromante lá (tínhamos que achar o Anakin antes que o Palpatine encontrasse ele, resumidamente). Acontece que chegamos tarde demais e o Anakin virou Darth Vader, quer dizer, o escolhido se corrompeu e o mundo virou uma merda caótica, escura e tal. Só que aconteceu uma coisa, nós acordamos, algum tempo depois (depois ou antes?), no passado, quando o garoto ainda estava para nascer.

Aí, então, vem o dilema. Fora proposto duas soluções: matar o garoto antes de nascer, evitando que ele se torne o que ele, potencialmente, pode se tornar; ou ir atrás daquelas coisas que o corromperam para evitar que ele siga aquele caminho, indo para o lado bom da Força naturalmente. Sinceramente, tendo a opção de deixar o garoto vivo, alguém consegue ver alguma possibilidade de um personagem com "bom" no alinhamento querer matar a criança? Eu não, mas parece que algumas pessoas sim.

O meu personagem, particularmente, é Caótico e Neutro. Eu prezo pela minha própria liberdade e pelos meus interesses, ponto. Mas também não sou nenhum cara que está disposto a fazer tudo e ferrar todos em busca deles. Se eu poder não prejudicar ninguém, melhor ainda. Além disso, eu prezo pela liberdade, então matar uma criança sem dar a chance dela escolher seu próprio caminho, sem ter absoluta certeza de que ela vai se tornar o mal que destruirá tudo, não parece certo pra mim, como caótico neutro, imagino para quem seja caótico bom ou qualquer coisa bom.

Algumas pessoas argumentaram que um Paladino não pensaria duas vezes e saberia que, por um bem maior, matar a criança seria melhor. Eu discordo veementemente disso. Ser um paladino não é tão simples assim. Ser um paladino, eu imagino, é escolher sempre o caminho do bem absoluto, sem sacrificar a vida de ninguém desnecessariamente. Se há uma chance, mínima que seja, de que a vida do garoto pode ser salva, ele nunca escolheria sacrificá-la para salvar outras.

No mínimo, para mim, essa opção deve ser feita por uma pessoa sem "bom" no alinhamento, neutra, disposta a "sujar" as mãos para se safar e salvar outros. Diga-se de passagem, eu imagino que mais de 90% das pessoas sejam neutras e se importem mais com si do que com os outros, mas até ajudariam outras pessoas se isso não as prejudicasse muito.

Essa opção, de escolher o caminho mais fácil ou mais direto, ainda que, na teoria, por um bem maior, é maligno. Estamos cansados de ver vilões de filmes e histórias que fazem atrocidades em nome de um bem maior posterior que as justifica. É o mesmo caso, acredito eu.

Mas, como isso aqui é um blog, que tal a gente bater um papo sobre isso? Para vocês? Que tipo de personagem (alinhamento) optaria por matar uma criança que, potencialmente, poderia se tornar o maior mal do mundo mas que também poderia ser algo bom se seguisse outro caminho? Alguma justificativa para um personagem bom optar por matá-la sabendo que há outras opções, por mais difíceis que elas sejam?

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Um comentário:

  1. Que dilema hein? Acho que um personagem bom poderia tomar essa decisão sim... Mas o alinhamento do personagem mudaria logo em seguida ;)

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