sábado, 31 de agosto de 2013

Bruxos & Bárbaros - Culturas - Ongkheseanos

Voltando a trazer material que virá no próximo "Jogo Rápido" do Bruxos & Bárbaros, hoje apresento mais uma cultura inicial deste RPG. Para quem não está acompanhando, foram disponibilizados novos arquivos, com algumas correções para o Jogo Rápido do Bruxos & Bárbaros - O Crânio de Tuhan. Enquanto isso, eu vou continuando a traduzir minhas anotações em algo apresentável, trazendo o conteúdo que vira no próximo Jogo Rápido e na versão final do jogo. Já vimos como será a Geração de Atributos e Augúrios, trouxe as culturas Arthasiana, Athiggnu, Eleana, Kollichiana, assim como as Complicações, que dão um toque especial ao personagem.

Mas hoje, o assunto é os Ongkheseanos, um povo místico e espiritualizado que também veio do oriente, mas em busca de respostas e sinais de seus Deuses das Estrelas. Acreditando que são descendentes de seres mais evoluídos de outros planos e mundos, esse povo se dividiu em castas baseadas na evolução espiritual de seus membros, e a única chance de acensão social em sua sociedade é através da ordem dos Sacerdotes de Baitan, que servem os Deuses de outros mundos. Agora, nos vales centrais de Arthasia, esse povo chega guiado por visões estranhas em busca de um jeito de se encontrar com seus Deuses das Estrelas e voltar para "casa".

Ongkheseanos

Um povo místico e espiritualizado vindo do oriente, chegou recentemente na região central de Anttelius em busca de respostas e artefatos enviados por seus Deuses. Chamados de Reencarnados, os Onghkeseanos acreditam que todo homem tem seu destino pré-determinado nas estrelas, e são oriundos do outro mundo, reencarnados em corpos terrenos. Eles cultuam os Deuses das Estrelas, que, segundo seus sacerdotes, um dia virão a Anttelius para os levar ao paraíso. Por causa disso, acreditam que são os escolhidos desses Deuses e que todos os outros povos são inferiores a eles. Essa cultura trata os elefantes, mamutes e outros animais dessa família como sagrados, pois acreditam que eles são descendentes dessas entidades.

Origem: A origem desse povo está perdida na tempo. Membros da Ordem dos Cronistas de Mezanthia acreditam que eles tiveram origem de um grupo de Zartarianos que fugiu para o leste quando seu império era devastado, se refugiando nas montanhas de Baitang. Lá, depois de centenas de anos, esquecendo parte de sua cultura, sacerdotes que outrora adoravam o deus anfíbio Xzagoth, passaram a oferecer suas preces às estrelas a às criaturas que viam no céu escuro. Esse povo, guiado pelas visões desses homens e mulheres, passou a dominar as tribos bárbaras locais, e a miscigenação com elas originou o povo Onghkeseano. Os mais puros, com sangue mais Zartariano, eram considerados os escolhidos pelos Deuses das Estrelas, com mais direitos e poderes. Aqueles, com o sangue mais misturado, eram das classes inferiores, servos, soldados e escravos. A sociedade, então, foi se dividindo em castas, com os nobres e sacerdotes no topo, seguido dos ricos comerciantes e donos de terras, artesões, homens livres e escravos. A única forma de ascensão social que um Ongkheseano possui é através da ordem sacerdotal dos Baitaneos, os Sacerdotes das Estrelas.

Aparência: Os Onghkeseanos tem uma aparência variada, de acordo com o quão próximos ou distantes da descendência Zartariana. Alguns são altos, magros, e de pele bem branca, com poucos pelos pelo corpo, geralmente carecas e com bigodes ralos. Outros são mais morenos e compactos, ainda que com poucos pelos e cabelo ralo. Os olhos desse povo tendem a ser puxados, graças a miscigenação que tiveram com as tribos bárbaros em seu passado, com íris de cor castanho claro, mas há indivíduos com olhos de cores estranhas, como violeta, rosa, roxo. Usam roupas decoradas com estampas escuras, muitos panos e com cores, adornos e joias que denotem sua casta. Quanto mais alta, mais vivas as cores, e mais joias pelo corpo. Os Baitaneos usam vestes azul escuras, com desenhos de constelações costurados em fios de prata.

Costumes: Uma das principais características dessa cultura é a divisão da sociedade em castas. Acreditando que tudo acontece por uma razão e que as pessoas já nascem com seu destino traçado, se uma pessoa nasceu de escravos, escrava ela deve ser, pois essa foi a posição escolhida pelos Deuses das Estrelas para aquela alma reencarnada. Isso se explica pela crença na compensação cósmica do Universo. Cada alma recebe de volta aquilo que merece por suas vidas passadas e é premiada ou não com uma reencarnação em uma raça evoluída, como a deles, e em uma casta. Como dito anteriormente, a única forma de ascensão social na sociedade dos Ongkheseanos é por meio da Ordem dos Baitaneos, os sacerdotes dos deuses estrelares. Essa ordem é liderada por um Sumo-Sacerdote, considerado a reencarnação do Imperador Raunng, do distante planeta Darath. Eles pregam que o homem é descendente de uma raça vinda do além, do infinito, e que um dia eles retornarão para o lugar de onde vieram. Cada pessoa já teve diversas vidas e, aquelas que são evoluídas espiritualmente, são capazes de relembrar parte delas. Este, também, é um dos poucos povos onde a feitiçaria é mais aceita. Por acreditarem que são descendentes de seres de outros mundos, os Ongkheseanos consideram a feitiçaria uma extensão de suas habilidades extraterrestres.

Organização: Depois de centenas de anos vivendo em tribos selvagens, que lutavam entre si por território, água e comida, nas colinas áridas que hoje compõem o Reino de Serykat, os Sacerdotes de Baitan conseguiram unir as tribos sobre uma religião forte, que explicava muito de suas dificuldades e propunha um caminho para a ordem e evolução de seu povo. Hoje, o reino é governado por uma teocracia forte e aceita por quase todos, salvo algumas tribos independentes que se recusam a aceitar o sistema de castas. O exército é fortemente treinado para repelir invasões e o reino está pronto para expandir-se e levar a palavra dos Deuses das Estrelas para todos de Anttelius. A liderança regional é exercida por membros das castas mais elevadas, normalmente feiticeiros habilidosos, e com um conhecimento sobre os outros mundos. Esses e outros de sangue puro coordenam e estabelecem políticas de acordo com a vontade de Silaya. Ao lado deles, os Sacerdotes de Baitan são tidos como homens e mulheres de alto poder e autoridade, mesmo se tiverem origem em castas inferiores. Muitos deles exercem cargos de autoridade nos governos regionais também.

Reputação: Vistos como um povo exótico e místico, os Ongkheseanos são respeitados por aqueles que estudam as estrelas e outros astros. O conhecimento desse povo na arte da feitiçaria é notável, e muitos os temem por isso. Sua crença nos Deuses das Estrelas e na reencarnação, no entanto, faz com que algumas pessoas os vejam como loucos, ou pelo menos ingênuos. Há ainda alguns indivíduos que acreditam fielmente nas palavras desse povo, e os procuram para pedir conselhos e ajuda para decifrar mensagens ocultas que recebem do além.

Idioma: Ongkhiano é o idioma falado por esse povo. Originário de uma linguagem antiga e ancestral, encontrada em ruínas mais antigas que qualquer raça de homens, os sacerdotes da Ordem dos Deuses das Estrelas parecem ter descoberto seus segredos através dos sonhos induzidos por flores de lótus. No entanto, nenhum outro povo sabe ao certo se eles realmente aprenderam essa língua antiga, ou se isso é apenas um truque dos sacerdotes para enganar o povo de Serykat.

Benção: Os Ongkheseanos acreditam já ter vivido diversas vidas ao longo de milênios. Alguns, inclusive, são capazes de lembrar-se de experiências passadas, adquirindo, temporariamente, habilidades que não teriam como saber se não fosse por suas encarnações anteriores. O personagem pode gastar 1 ponto de Sorte para adquirir um Aspecto diverso daqueles que já possui por 1d6 turnos, representando algo que se lembra, ou soube fazer, de uma vida passada. Assim, ele poderá realizar feitos relacionados a esta característica de maneira mais fácil, devido ao conhecimento relembrado.

Aspectos Sugeridos: Místico, Orgulhoso, Astrólogo, Estudioso, Convincente.

Assim são os Ongkheseanos, um povo estranho, misterioso, mas com acesso a verdades que poucos povos conseguem enxergar. Suas busca pode ser eterna, mas o caminho que percorrem pode ser enriquecedor para qualquer um. O que acharam?

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2 comentários:

  1. Curti bastante o povo Onghkeseano! E a mecânica das vidas passadas dá margem para a especulação se as crenças deles são verdadeiras ou não, muito bacana. =)

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    1. Então, UtarefsoN (Nosferatu ao contrário?), uma das coisas que eu pretendo fazer com a ambientação, e trazer justamente uma porção de suposições, mas poucas verdades. Assim, cada grupo e mestre define isso nas suas mesas. O objetivo é ter uma ambientação com uma base boa, cheia de ideias, mas bem aberta a interpretação, afim de que cada grupo faça o mundo de Anttelius o seu mundo. :)

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