Deuses, demônios e outras entidades sobrenaturais exercem uma influência significativa sobre o mundo de Anttelius. Seja por meio de raras intervenções diretas que violam pactos e acordos mais antigos do que qualquer consciência mortal, ou por meio da ações de agentes e servos com sangue e alma, essas entidades tem um papel forte no plano mortal.
O que diferencia um deus de um demônio ou alguma outra entidade, no entanto, depende mais de quem quer fazer essa diferenciação e suas crenças do que reais diferenças essenciais entre essas forças. Quase nenhum ser imortal é igual ao outro e cada um possuí características, qualidades e defeitos únicos que torna uma classificação dos mesmo em classes praticamente impossível. A mesma entidade pode ser, para um devoto, um Deus, e para o devoto ou servo de uma entidade rival ou inimiga, um demônio ou qualquer coisa pior.
Religiões organizadas e cultos secretos são criados ao redor destes seres em diversos formatos e organizações. Muitas vezes, a mesma entidade é adorada por grupos diferentes, com praticas dispares e muitas vezes antagônicas. É praticamente impossível catalogar e citar todas as religiões e cultos existentes em Anttelius. Novas crenças e cultos surgem a todo momento, assim como religiões esquecidas, proibidas e praticadas há milhares de anos renascem de tempos em tempos, exigindo novos sacrifícios.
Entretanto, o culto a certas entidades características é notavelmente mais comum do que outras. As culturas humanas que vivem na região central de Arthasia possuem histórias e costumes próprios, com fortes ligações com seres imortais.
Os Arthasianos, o povo comum, apenas recentemente se identificaram com uma religião predominante. Komenchan, sacerdote de Amaran, o deus do amanhecer, passou 12 anos tendo visões de um novo lugar para que seu povo pudesse viver e prosperar sem serem tratados como impuros pelos outros povos. Assim, a Igreja do Amanhecer se tornou uma forte organização em Esperas, e Amaran se tornou um símbolo de esperança e renovação para os Arthasianos.
Os Andarilhos da Noite, o povo conhecido como os Athiggnus, tem uma crença plural, com a adoração de diversas entidades esotéricas e até do espírito de seus ancestrais. Entretanto, duas entidades são o centro da maioria de suas preces e rituais: Luna (em todas as suas 4 fases) e Athigg, a filha de Luna, chamada de Brisa da Noite, que os teria libertado da escravidão e que os guia até hoje.
Os Deuses Amantes, Nolean e Iarin, são tidos como os guardiões da família, fertilidade, vida, alegria, prazer, e luxúria pelos Eleanos e são cultuados em grandes templos nas Cidades-Estados da planície de Iarin. Em algumas noites, de anos em anos, grandes festas que acabam em orgias são feitas em homenagem aos dois, e as crianças nascidas dessas ocasiões são tidas como abençoadas.
Vindo do oriente, os Kollichianos são guiados por uma forte religiosidade e seguem as visões e ensinamentos da Rainha-Profetiza Silaya. Sua fé é monoteística porém plural, já que Rullik, o Deus Supremo, se manifesta de diversas formas, sendo Silaya, sua principal agente e interprete. Pouco se sabe sobre os antigos ensinamentos desta doutrina, mas todos temem o exército sagrado desse fovo e sua devoção fervorosa.
Mas nem só da crença de Deuses se faz as religiões de Anttelius. Os Onghkeseanos são crentes dos Deuses das Estrelas, um povo ancestral, sábio e altamente evoluído, que teria visitado Anttelius há milhões de anos atrás e seriam os ancestrais deste povo. Hoje, o culto a esses ancestrais e outros seres extraterrenos domina esta cultura, que busca meios de se ligar a estas entidade e, um dia, deixar para trás o mundo de Anttelius.
Pelos mares, o culto a Ravi, o deus das ondas e da brisa do mar é dominante. Não só os Ravinai, que trouxeram esta antiga religião de seu mundo, mas muitos da população costeira de Arthasia fazem oferendas a este deus, enviando riquezas e sacrifícios em pequenas embarcações colocados no mar em dias tempestuosos, na esperanço de apaziguar a agradar esta entidade.
O culto a espíritos também esta presente am Anttelius. Os Rumânicos e os Ungawa tem praticas religiosas organizadas ao redor do culto e celebração de espíritos ao invés de deuses. Os totens animais e as qualidades que eles representam são fundamentais para a cultura Rumânica e a organização social deste povo. Cada tribo tem seu papel definido de acordo com seu espírito animal totêmico, e uma dinâmica natural é criada com base nisso. Já os Ungawa celebram a vida e a sabedoria de seus antepassados honrando seus espíritos, assim com os espíritos da natureza da selva de Yuzul.
Do outro lado do mundo, nas geleiras do extremo norte de Arthasia, onde a luz do dia brilha apenas um dia por ano, os Solsonnir mantém uma devoção a dois deuses irmãos e rivais, Solhain e Manehain, respectivamente representando o Sol e a Lua. A cada solstício de inverno, centenas de vítimas são sacrificadas nas imensas pirâmides de gelo eterno para saciar a vontade de Manehain a fim de permitir que o Solhain volte a brilhar naquelas terras e os abençoe com ouro e outras riquezas.
Por fim, restam os Maziaras e os Zartarianos, que não possuem nenhuma religião predominante. Os indivíduos desses povos, em sua maioria, preferem concentrar sua fé em si próprios, encarando entidades imortais como patronos, fontes de poder e potenciais parceiros ou inimigos. A arte da feitiçaria é uma tradição fortíssima em ambos os povos, o que os leva a encarar seres sobrenaturais com uma outra perspectiva, diferente da maioria dos mortais. No entanto, se isto é benéfico ou não para eles, muitos cronistas ainda debatem.
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