sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Resenha - Once Upon a Time - Jogo de Cartas Narrativo de Contos de Fadas

Era uma vez uma menina órfã que vivia numa grande cidade. E nesta cidade tinha um monstro que vivia escondido nos esgostos. Esse monstro se sentia muito sozinho e viu na menina, que também não tinha amigos a oportunidade de encontrar uma alma amiga...

E assim vai se formando uma história com o premiado jogo de cartas narrativo Once Upon a Time, da Atlas Games. Cada jogador contribui e constrói em cima do que é criado antes a fim de formar um divertido e interessante conto de fadas, com direito a monstros, bruxas, dragões, princesas e tudo mais.

O objetivo do jogo, acima de tudo, é criar e contar uma história satisfatoriamente utilizando as cartas que apresentam elementos narrativos típicos de contos de fadas. Existem cartas de história, que trazem esses elementos para contar um narrativa, e cartas de final, que cada jogador recebe uma e tenta levar o jogo em sua direção. O jogador que usar todas as suas cartas e conseguir terminar a história com sua carta de final (fazendo sentido, obviamente) vence o jogo.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Esquema de Aventura - O Baile dos Mortos

Minha campanha de Bruxos & Bárbaros anda meio lenta mas, recentemente, o grupo terminou outra aventura criada por mim mesmo naquele estilo "breves anotações e improvisação com base nelas". Depois de lidarem com o Culto do Príncipe do Abismo em Mezanthia (que tem esse esquema de aventura aqui), eles aceitaram um novo trabalho: Recuperar uma antiga harpa zartariana que o lorde Mihael acredita ficar em umas ruínas a oeste da cidade, nos pés das Montanhs Escuras.

A ideia era preparar uma aventura diferente para os jogadores e bem no clima Weird Fantasy, com oportunidade para roleplay, intriga e resolução dos problemas sem, necessariamente, ter que partir para "porrada". A tal harpa está em uma ruína amaldiçoada pelo espírito de uma antiga nobre zartariana que viveu lá milhares de anos atrás. Assim que os jogadores adentrassem o local, eles seriam levados de volta no tempo para o dia em que a maldição foi posta sobre o lugar e teriam que tentar resolver o problema de forma a quebrar a maldição para saírem de lá com o que vieram buscar. Abaixo apresento as minhas anotações no esquema que ensinei a fazer nessa postagem.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Reporte de Sessão - Edge of the Empire no Saia da Masmorra

No sábado, dia 11 de outubro desse ano, eu fui ao Saia da Masmorra para mestrar uma aventura do novo RPG do Star Wars, o Edge of the Empire. Para quem não conhece ainda, esse é um dos novos RPGs (todos usando o mesmo sistema) da franquia do universo criado por George Lucas lançado pela Fantasy Flight Games no ano passado. Quem quiser conferir uma resenha completa do jogo (em três partes) é só ir nesse link.

Pois bem, no encontro tivemos 4 jogadores que escolheram forma a tripulação com 4 personagens: Gavon Nah, um Fringer sobrevivente usuário da força; Misla Nah, sua irmã caçadora de recompensas que saiu da guilda para proteger seu irmão; Kreet, um Rodian contrabandista que deve bastante dinheiro a um Hutt; e Darius Saiut, um Slicer Bothan que foi traído por um rival e quase pego pelo Império por traição.

O jogo começou com o grupo em Bespin, em um cassino chamado Dragão de Bespin, onde eles encontrariam o Devaroniano Trevon para entregar uma carga de produtos químicos proibidos e pegar o pagamento combinado. Acontece que um dos jogadores, o que controlava o Rodian Kreet, talvez não entendendo um pouco o clima do jogo, anunciou para todos que eles estavam com um carregamento de drogas e que era para todo mundo experimentar e ficar "doidão".

domingo, 26 de outubro de 2014

O meu RPG favorito de todos os tempos - #RPGaDay

Finalmente cheguei na última postagem do blogsfest #RPG a day, mesmo com, sei lá, 2 meses de atraso! Hoje vou falar sobre o meu RPG favorito de todos os tempo e porque eu gosto tanto dele assim. Eu gosto de muitos jogos diferentes mas tem um que eu coloco acima de qualquer outro. Aliás, vocês até já devem saber qual é, né?

É o Dungeon Crawl Classics Roleplaying Game (DCC RPG)! Este RPG, para mim, me fez redescobrir os jogos de fantasia clássicos e me fez sentir como se estivesse jogando RPGs pela primeira vez novamente. Tudo é novo, fantástico, esquisito e emocionando novamente. Este jogo, lançado em 2012 faz um resgate da fantasia pulp praticamente esquecida nos últimos 20 anos e utiliza um sistema bastante simples e apropriado para aventuras, um jogo ao mesmo tempo familiar e surpreendentemente inovador.

Algumas pessoas podem achar que o DCC RPG utiliza o d20 system (porque, afinal, ela usa um dado de 20 faces para resolver a maioria dos rolamentos) mas ele não é. Este jogo tem um sistema próprio que parte de uma base do d20 system extremamente simplificado (sem skills, sem feats, sem prestige classes, sem inflação de números) e acrescenta elementos novos, mais caóticos e que inserem surpresas ao longo do jogo, mantendo-o sempre desafiador e com bastante espaço para criatividade e descobertas novas.

sábado, 25 de outubro de 2014

Gerador de Aventuras para Edge of the Empire (Fronteiras do Império)!

Eu sei que eu posso ser uma exceção entre tantos RPGistas, mas eu amo tabelas. Não tabelas de regras e tal, mas tabelas de elementos que podem contribuir para criar coisas. Tipo tabela para gerar características físicas de NPCs, de lugares e outras coisas. Acredito que elas podem ser um trampolim para a nossa criatividade muito efetivas.

Por causa disso, há algum tempo, eu publiquei por aqui um Gerador de Aventuras de Espada & Feitiçaria (que inclusive faz parte do texto do meu RPG Bruxos & Bárbaros) que agradou muita gente e já me ajudou a criar algumas aventuras algumas vezes. Acho ele particularmente útil para gerar vários esquemas e colocá-los em vários lugares pelo mundo dando diversas opções e ganchos paras os jogadores perseguirem como quiser. Foi então que reparei que o Edge of the Empire, o RPG da linha nova do Star Wars que foca no submundo da galáxia, poderia se beneficiar bastante com uma ferramenta dessas que gerasse "trabalhos" para o mestre ir espalhando por aí ou apresentando aos jogadores.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Dungeon Crawl Classics RPG - Ficha Feita a Mão e em Português!

Fala gente, tudo certo? Não sei se vocês lembram mas um tempo atrás eu postei por aqui uma ficha de personagem que fiz para o Dungeon Crawl Classics RPG, o RPG de fantasia pulp da Goodman Games. Só que na época eu só preparei uma versão que era em inglês e prometi uma em português para "breve". Bem, o breve chegou. Abaixo reproduzo texto da postagem original e, no final, coloco o link para a ficha em português que vou usar lá no World RPG Fest!

Acho que quem já conhece esse blog há algum tempo percebe que eu gosto bastante de fazer uma fichas de personagens para os meus RPGs favoritos que seja mais... "autorais". Como eu gosto de desenhar e às vezes as fichas de alguns RPGs não são muito atraentes ou mesmo não possuem tudo que eu posso querer delas durante o jogo, eu me debruço sobre o problema e tento resolvê-lo da minha maneira. O que, eventualmente, resulta em uma nova ficha de personagem que eu compartilho por aqui. 
Eu nem sei se vou me lembrar de todas que eu já fiz para colocar por aqui. Mas eu já fiz uma para Barbarians of Lemuria; uma para o simples e divertido X-Plorers; outra para o nosso Retro-Jogo nacional, o Old Dragon; uma para minha edição favorita de Dungeons & Dragons (D&D B/X); fiz também para o RPG de sobrevivência zumbi do John Wich, o Shotgun Diaries; uma para o meu RPG da Terra-Média favorito, The One Ring; e, é claro, um para o meu Bruxos & Bárbaros. Mas sempre faltou fazer a ficha para, talvez, o meu RPG favorito: Dungeon Crawl Classics RPG

terça-feira, 21 de outubro de 2014

O RPG mais raro que tenho - #RPGaDay

Penúltima postagem para o antigo blogfest #RPGaDay! Hoje vou falar um pouquinho de um dos RPGs mais raros que eu tenho por aqui. Acredito que eu tenha uns exemplares bem difíceis de encontrar, mas não saberia o quão raros cada um deles é, por isso vou escolher um jogo do qual eu ainda não tenha falado nessas séries de postagens.

Então, a minha escolha foi a de falar sobre outro RPG da TSR do início dos anos 80, o GangBusters! Lançado em 1982 em um Boxed Set (que bela tradição que se perdeu com o tempo), esse RPG foca no tema da criminalidade nos Estados Unidos nos anos de 1920, com personagens sendo criminosos, gangsters, policiais, investigadores, repórteres e coisas do tipo. Imagine o RPG do filme "Caça aos Gangsters" e você já tem uma ideia.

Como de costume, na época, a criação dos personagens tinha elementos aleatórios associados a escolhas com base nesse sorteio. Os atributos são modificados de forma temática para o jogo (como Músculos, Direção e Sorte) e são gerados com o auxílio de dados (esse jogo utiliza dados de 10 faces apenas e é baseado em porcentagens). A partir daí, cabe aos jogadores a escolha de uma carreira (que funciona como classe de personagem). As carreiras básicas disponíveis são: Policial, Criminoso, Repórter, Agente do FBI, Agente da Proibição e Detetive Particular. Cada classe, claro, possui habilidades únicas e fraquezas que as diferenciam e ditam o tipo de história que vai rolar no jogo.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Tornando Combates mais Interessantes

Aventuras de RPG são histórias que se desenvolvem coletivamente na mesa de jogo, algumas com mais cenas de exploração, investigação, "roleplay" e intriga do que outras mas, invariavelmente, todas acabam tendo um confronto em algum ponto. Combates são algo recorrente em RPGs e, geralmente, são onde grandes conflitos são resolvidos em um clímax emocionante ou, ao menos, era assim que deveria ser.

Algumas vezes, devido ao cansaço, preguiça ou conformismo, alguns combates acabam caindo na mesmice e armadilha da simples troca de "eu ataco, 3 de dano" de um lado para o outro. A falta de experiência ou mesmo a demasiada atenção às regras em detrimento ao caos que é um combate pode levar a efeitos similares e aquela luta que deveria ser o ápice da aventura, cheia de emoção, perigo e empolgação se torna um campeonato muito chato de rolamento de dados. Eu até já dei algumas dicas por aqui sobre como a própria narrativa de um combate pode torná-lo mais interessante (veja aqui) mas hoje vou falar um pouco de como o mestre pode preparar ou improvisar dentro das regras do jogo para deixar esses encontros menos tediosos e mais interessantes.

sábado, 18 de outubro de 2014

Aventura para Edge of the Empire - A Carga mais Procurada

No sábado passado, eu levei uma mesa de Edge of the Empire, o atual RPG da franquia Star Wars publicado pela Fantasy Flight Games, para o Saia da Masmorra, um encontro de jogadores de RPG aqui no Rio de Janeiro. O jogo foca em personagens mais escusos, membros da sociedade periférica da galáxia: Caçadores de recompensas, contrabandistas, ladrões, trapaceiros, mercenários e outros tipos que vivem entre o Império e a Aliança tentando sobreviver.

Pensando em que aventura mestrar, sem querer que alguém já tivesse lido as aventuras que vem no livro, resolvi criar uma aventura rápida no estilo das que eu expliquei como fazer aqui. Preparei uma estrutura apresentando a situação problema, reviravoltas possíveis, personagens mais importantes envolvidos, localidades em que a aventura se passaria e muito espaço para improvisar dependendo do plano dos jogadores. O resultado é esse aqui que mostro pra vocês.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Encontro mais memorável que tive em um RPG - #RPGaDay

São, literalmente, 20 anos jogando RPG e muitas e muitas aventursa. Tanto do lado dos jogadores, como no lado de mestre de jogo. Algumas são meras lembranças, mais pelos amigos que participaram do que pelos acontecimentos na história do jogo. Outras, no entanto, ficam marcadas como grandes histórias, rivais até dos livros de fantasio dos quais sou fã.

A postagem de hoje é para falar de um dos encontros (ou cenas) mais memoráveis que tive em uma mesa de jogo. De fato, eu tenho vários que classificaria como inesquecíveis. Mas tem um que me deixa empolgado e orgulhoso, não só por mim, mas por todo o grupo que participou. Há uns 2 anos, eu mestrava uma campanha semanal de The One Ring, o atual RPG da franquia do Senhor dos Anéis e o Hobbit que tratava da caça de alguma relíquias malignas de Angmar para serem destruídas antes que um Feiticieiro Numenoreano Negro as conseguisse. Uma delas o grupo descobrira que tinha sido levada para dentro das catacumbas de uma fortaleza élfica na Floresta das Sombras (Mirkwood) por uma família de elfos que fora seduzida pelas Sombras e o grupo tinha ido lá para recuperar o objeto e levá-lo para que Saruman o destruísse (ninguém há época sabia que o Mago Branco também estava sendo seduzido pela Escuridão). Os jogadores sabiam o nome da família traidora e as cores de sua casa, o Cinza e o Negro.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Sendo Mestre de Jogo - Os Vários Papeis

Parece muito simples responder à pergunta "o que faz um mestre de jogo?". Ora, ele mestra aventuras de RPG para um grupo de jogadores. Mas o que é fazer isso? Essa é a pergunta mais complexa e de difícil explicação rápida. Não é de se assustar que muitos jogadores, embora tenham vontade de se arriscar como mestres de jogo, exitem e tenham receio de tentar ocupar esse papel.

Apesar disso, esse não é um desafio insuperável. Ele, sem dúvida, exige mais do participante do que ser um jogador normal, mas as recompensas e a satisfação, ao meu ver, são igualmente maiores. Um dos passos que devemos tomar para compreendermos melhor o papel de um mestre de jogo e sermos capazes de assumir essa função da melhor maneira, é compreender as suas diversas funções em uma sessão de RPG. Entendendo e internalizando isso, assumir essa responsabilidade se torna bem mais fácil. Sendo assim, abaixo apresentamos os principais papeis de um mestre de jogo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O RPG mais assustador que já joguei - #RPGaDay

Sim, quase dois meses depois eu ainda estou terminando minhas postagens do #RPGaDay! Hoje é dia de falar sobre RPGs assustadores, aqueles que te causam um desconforto jogando, em que você teme tanto pelo seu personagem que fica ansioso, receoso e praticamente quer levantar e ir embora mas é um tipo de sensação tão legal que você fica preso à mesa!

Existem muitos RPGs de horror por aí, projetados para instigar essas sensações, inclusive com mecânicas que reforçam as sensações de medo, terror e horror nos personagens. Call of Cthulhu talvez seja o mais famoso, mas confesso que não o conheço tanto. Joguei poucas vezes, meus personagens, invariavelmente, morreram ou ficaram loucos mas eu nunca me senti ansioso ou com medo. Era algo que eu já esperava e era traduzido mecanicamente no jogo com a Sanidade se esvaindo. Talvez por isso eu não tenha internalizado tanto o sentimento.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Resenha - Gamma World 1ª Edição - Ruínas, Radiação e Mutantes!

O grande dia chegara. Dezenas de jovens das tribos locais foram reunidos para o grande ritual de iniciação, quando deveriam deixar suas famílias e a relativa segurança de suas comunidades para explorar as Grande Ruínas da Morte e trazer algo de lá que fosse um sinal dos Deuses Antigos. Só assim eles seriam aceitos como membros adultos e valiosos de suas famílias.

Essa poderia ser muito bem a premissa da primeira aventura de uma campanha de Gamma World, um dos primeiros RPGs de Ficção Científica e mundos pós-apocalípticos criados. Filhote do Metamorphosis Alpha, James Ward pega a estrutura do sistema e o expande para além dos limites de uma espaço-nave. Em Gamma Wolrd, os personagens são habitantes do nosso planeta terra em um futuro distante em que uma guerra nuclear transformou o mundo em uma ruína radioativa com mutantes de todos os tipo e ninguém mais lembra, exatamente, como as coisas eram. Em resumo, é como se as pessoas fossem selvagens primitivos vivendo ao lado de ruínas com monstros mutantes e tecnologia perdida.

domingo, 12 de outubro de 2014

Material para inserir Horror em Jogos Old School - Tudo de Graça!


A OSR (Old School Renaissence) não para de produzir e compartilhar material! Sistemas completos, aventuras, cenários, suplementos de todos os tipos são produzidos por jogadores e mestres e distribuídos a um preço simbólico ou mesmo gratuitamente toda hora.

Para quem gosta de um clima de horror gótico, bem estilo Ravenloft, há um blog que produz um material excelente e totalmente gratuito! Tales of the Grotesque and Dungeonesque é um blog de RPG Old School que foca em elementos de horror gótico e já tem anos de bagagem e material produzidos. Lá no blog você vai encontrar uma porção de artigos sobre vários aspectos do RPG, mas sua maioria diz respeito a elementos de horror e fantasia estranha.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Seus jogadores não seguem seu roteiro de Aventura? Melhor repensá-lo então...

Volta e meia eu vejo por aí, principalmente no Facebook, pessoas reclamando que os jogadores das mesas deles não seguem a aventura planejada, memes mostrando jogadores como pessoas maquiavélicas que querem sacanear o mestre e não seguem a aventura proposta só de zoeira. Será que isso é realmente verdade? Ou melhor, será que essa é a única verdade?

Pode ser sim que alguns jogadores façam isso só de sacanagem, para zoar com a mesa e atrapalhar o mestre sem motivo nenhum senão causar confusão mas, pela minha experiência, esses são a minoria. A maioria, simplesmente, não vê como aquilo é relevante para seu personagem e para o grupo e não entende porque deveria seguir aquele caminho e não outro. Esse é um jogo de interpretação de papeis. Sendo assim, personagens possuem ambições, motivações, objetivos e ideias próprias. Nem sempre aquela aventura que o mestre preparou vai alimentar e chamar a atenção dos personagens se ela não trabalhar com isso.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Encontro de RPG no Rio de Janeiro - Saia da Masmorra dia 11 de Outubro

Atenção cariocas, moradores do rio e pessoas que estarão nas proximidades durante esse próximo final de semana! Sábado, dia 11 de outubro de 2014, vai rolar mais um encontro de jogadores de RPG organizado pelo pessoal do Saia da Masmorra. Para quem não sabe, aqui no Rio acontecem uma porção de encontros de RPG (todos excelentes, cada um com seus méritos) e o Saia da Masmorra é o meu preferido deles.

O encontro rola sempre (ou quase sempre) no segundo sábado de todo mês lá na Point HQ de Ipanema (na verdade do lado de fora, na galeria) e reúne um público fiel, assim como qualquer um que queira passar uma tarde rolando dados, dando risadas e criando histórias. O foco deste encontro são jogos de RPG que não seja aqueles mais conhecidos e jogados em 3 de cada 5 grupos de RPG no Brasil. Assim, raramente você verá uma mesa de Dungeons & Dragons (as edições mais velhas ainda aparecem mais, já que não são tão jogadas assim), Pathfinder ou Storyteller. Em compensação já rolou muita coisa legal, desde jogos antigos da década de 70 (eu levei Metamorphosis Alpha lá), jogos da OSR (vivo levando coisas do tipo), Story Games, e jogos menos populares mais ainda sensacionais. O blog do pessoal volta e meia tenta compilar uma lista com os jogos levados pra lá.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Eu gostaria de ver uma nova edição desse RPG - #RPGaDay

Vamos lá, falta cada vez menos para terminar as postagens do blog fest #RPGaDay e hoje é dia de falar sobre um RPG do qual eu gostaria que saísse uma nova edição revisada e melhorada. Como todo mundo sabe e percebe, alguns RPGs são revisados e modificados constantemente e já possuem mais de 10 versões (D&D não está na 5ª edição, mas na 11ª versão). No entanto, outros RPGs são esquecidos e desaparecem na versão que foram lançados há anos atrás.

E gente, há muitos bons RPGs esquecidos nas areias do tempo: Gamma World, Gang Busters, Warlock, Booty Hill, e vários outros. Outros jogos que desaparecem por um bom tempo e às vezes ressurgem das cinzas são aqueles baseados em licenças, como RPGs do Star Wars, Senhor do Anéis e, o um que eu gostaria de ver uma nova versão, do Conan.

Sendo um personagem tão icônico e uma das maiores inspirações para a criação dos primeiro RPG (e com certeza de tantos outros que se seguiram), com uma rica gama de histórias e aventuras que são exemplos perfeitos de como uma partida de RPG pode ser, é de se impressionar que não tenhamos um jogo de RPG baseado no universo do bárbaro cimeriano em publicação.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Cansado de salvar o mundo!? Seus problemas só começaram...

Eu não sei quanto a vocês, mas eu cansei de salvar o mundo e ver ele sendo salvo diversas vezes por mês. Seja nos RPGs, nos quadrinhos, na televisão, no cinema, em tudo que é lugar parece que é tudo sempre épico, grandioso, que afeta o mundo, a galáxia o universo, a realidade. Tem tanta história grandiosa, em que o que está de jogo é tão grande e universal, que é difícil se importar.

O épico é "épico" porque ele é comparado com as coisas menores, os conflitos e consequências em escala mais pessoal e identificável. Se tudo for épico, grandioso, que ameace coisas infinitamente maiores do que nós, não temos com o que comparar aquilo e tudo torna-se mundano e comum. Se os conflitos são sempre tão distantes de nós, é difícil se importar com as pessoas envolvidas nele. E isso, amigos, pode acontecer em nossas mesas de jogo. Uma das coisas mais legais, para mim, é ver os jogadores envolvidos em dramas, conflitos e intrigas de maneira próxima. É claro que sempre podemos colocá-los em conflitos maiores, mas sem a referência pessoal, vai ser difícil se importar com ele.

domingo, 5 de outubro de 2014

A ficha de personagem mais legal que já vi - #RPGaDay

Eu não sei quanto a vocês, mas uma das coisas que eu acho mais importantes em um jogo de RPG é a ficha de personagem. Mas não é porque ela tem todas as regras, estatísticas e detalhes possíveis ou necessários do jogo. Porque ela é um meio físico de contato dos jogadores com o mundo de campanha e, ao mesmo tempo, dá a eles uma ideia do quão detalhada é ou não o jogo e como ele pode interagir com ele. Confesso que tem muito jogo que antes de decidir se vou ler o livro ou mesmo jogá-lo, vejo como é a ficha de personagem dele.

A aparência de uma ficha de personagem pode ajudar os jogadores a se imergirem mais no mundo de jogo. Aquelas planilhas secas apenas com quadradinhos e espaços que mais parecem formulários burocráticos de repartição pública não me passam nenhuma emoção, empolgação e me causam um desconforto quando tenho que parar o jogo para procurar algo nelas.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Segundo John Wick D&D não é RPG... Tá de "Brincation" né?

Gary Gygax ficou chocado com essa...
Todo mundo aí conhece o John Wick? Ele é autor de uns jogos bem legais, alguns que eu gosto muito, inclusive, como Shotgun Diaries, Cats e Blood and Honor. Mas, além de fazer jogos legais, o John Wick quer falar sobre jogos, ou melhor, evangelizar sobre os jogos que ele gosta, muitas vezes em detrimento de jogos que ele não gosta (ou não entende, aparentemente).

Recentemente ele publicou em seu site/blog um artigo (estou linkando ele ao lado para vocês darem uma olhada, embora eu não quisesse dar IBOPE a esse tipo de coisa) em que ele fala sobre o que é RPG para ele, comparando jogos que não fazem o que ele quer, "contar histórias", com Board Games, inclusive falando que D&D (mas isso não é importante, poderia ser qualquer outro RPG que não atenda à demanda específica dele) não é RPG. Ora, vejam só. Se o D&D, que criou o termo RPG, que começou toda essa indústria, não é RPG, o que é?

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Resenha - Lords of Waterdeep - Intriga, traição e manipulação em um jogo de tabuleiro!

Por trás dos eventos que transcorrem na mais importante cidade dos Reinos Esquecidos, por trás de dezenas de aventureiros que se embrenham em suas ruelas, nas profundezas de Undermountain ou no porto sombrio estão indivíduos poderosos. Pessoas com grande influência, utilizando a lábia e a esperteza para guiar os acontecimentos da maneira que lhes for mais favoráveis. São os Lordes de Waterdeep!

Eu sei, eu sei... Isso aqui é um blog de RPG mas, invariavelmente, devido ao meu recém-adquirido gosto por Jogos de Tabuleiro, algumas postagens sobre eles acabarão vindo parar no blog. Mas poxa, o jogo sobre o qual vou falar hoje até que tem bastante a ver com RPG. Inclusive ele é ambientado em uma das mais famosas cidades dos jogos de fantasia: Waterdeep de Forgotten Realms!

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Marvel Super Heroes Nth Edition - O Marvel da TSR atualizado e gratuito!

Não é só de D&D e suas derivações que vive a OSR! Muitos RPGs da década de 70 e 80 que não são D&D tem alguma participação nesse movimento extremamente heterogêneo. A própria TSR, editora original do Dungeons & Dragons publicou uma coleção de outros RPGs ao longo de sua existência e um deles foi o Marvel Super Heroes Role Playing Game.

Usando um sistema clássico da década de 80, com aquela tabela de resolução de ações similar ao que o Conan RPG usou (e por aqui nós tivemos o Tagmar no mesmo esquema), esse RPG teve uma porção de suplementos, campanhas e aventuras publicadas, talvez sendo o segundo jogo que mais teve publicações da TSR, depois do D&D, obviamente. E não foi à toa, já que ele foi um dos jogos que mais teve público e ainda tem até hoje.

Não é, então, de se surpreender que o espírito "Do it Yourself" Old School fizesse algum fã produzir material novo para o jogo mesmo depois de mais de 25 anos de sua publicação. Jason Joly resolveu atualizar o jogo para o nosso tempo, refazendo o livro de regras, o livro de poderes, a ficha de personagem, a divisória do mestre e agora trabalha em um livro com fichas de vários heróis. Mas ao contrário do jogo original, essas fichas serão dos heróis como eles são hoje em dia e não de suas versões de 1980. Quem acompanha quadrinhos sabe como isso muda muita coisa.